Saída do Peru e adição de prólogo aumentam desafios para Equipe Mitsubishi no Rali Dakar

Para compensar a saída do Peru do trajeto original do Rali Dakar, a organização optou por adicionar duas novidades: um prólogo para determinar a ordem de largada e uma “etapa maratona” – com manutenção dos carros limitada. Competição começa em 2 de janeiro

A organização do Rali Dakar foi pega de surpresa há alguns meses quando o governo do Peru se retirou do roteiro da prova, obrigando uma mudança de planos de última hora. Com isso, a ASO, empresa responsável pelo Dakar, trouxe novos desafios para o rali, já considerado o mais difícil do mundo.
 
"Todo ano dizem que é será o mais difícil. Sem dúvida este será um deles. Teremos dias mais e menos complicados, mas fácil nunca é. Só dá pra ter certeza no fim", afirmou Guilherme Spinelli, piloto da Equipe Mitsubishi Petrobras.
 
Além do roteiro, a primeira novidade será o prólogo, uma disputa em circuito fechado para definir a ordem de largada a partir da primeira especial. "Isso será fundamental", garante Guiga. Nos últimos anos, a numeração dos carros definia a ordem de largada e não necessariamente essa numeração é colocada em função de performance de cada dupla.
O Rali Dakar começa em 2 de janeiro (Foto: Mitsubishi)
"Como o Dakar começa em estradas de terra com poeira, acabamos largando atrás de pilotos mais lentos e demoramos para nos colocar entre os pilotos que andam no mesmo ritmo que a gente, por conta da dificuldade de ultrapassagem nessas condições", segue. 
 
A disputa do prólogo será realizada no dia 2 de janeiro, em um percurso com cerca de 11 quilômetros nas imediações de Buenos Aires. A partir da segunda especial, a ordem de largada é definida de acordo com o resultado do dia.
 
O Rali Dakar terá um percurso de 9.583 km entre a Argentina e Bolívia, com largada em Buenos Aires e chegada em Rosario. A Mitsubishi irá com três ASX Racing para a disputa, com as duplas: Guilherme Spinelli / Youssef Haddad e Carlos Sousa / Paulo Fiuza, pela Equipe Mitsubishi Petrobras; e João Franciosi / Gustavo Gugelmin, pela Ralliart Brasil.
 
"O roteiro está se mostrando difícil, como prevíamos. Não é o fato de não termos Chile e Peru que o Dakar será mais fácil, muito pelo contrário. Eles vão querer compensar isso de qualquer forma. É provável que os dias sejam dificílimos”, analisou Guiga.
 
Novidade e dificuldade
 
A etapa maratona – onde as equipes de apoio não podem fazer a manutenção no veículo – é comum no Rali dos Sertões e esteve presente na última edição do Dakar.
 
"Mas desde 1998 não temos um parque fechado em que as duplas não podem mexer no carro", explica o navegador Youssef Haddad. Habitualmente os competidores tem contato livre com os carros, mas, para dificultar ainda mais, a organização já avisou que essa manutenção será restrita.
 
A etapa maratona será no dia 6 de janeiro, e os competidores farão uma etapa em laço ao redor de San Salvador de Jujuy, na Argentina.
 
"Durante toda a prova, haverá uma mudança na característica da navegação, valorizando o  instinto de navegação, como a organização está dizendo. Será mais por road book e planilha, como temos no Rali dos Sertões", finalizou Youssef.  
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