5 coisas que aprendemos no GP do Catar, 4ª etapa da MotoGP 2025
Da estratégia perfeita de Marc Márquez ao novo drama de Jorge Martín, o GP do Catar juntou histórias interessantes para a temporada da MotoGP. O GRANDE PRÊMIO separou cinco pontos de destaque da quarta etapa da temporada 2025
O GP do Catar foi agitado dentro e fora da pista. A quarta etapa da temporada 2025, disputada no meio do deserto, em Lusail, foi marcada pelas muitas disputadas do inicio ao fim e também pelo duelo tático entre os favoritos. No fim, Marc Márquez guardou pneus, levou a melhor e voltou a vencer no campeonato, ampliando a vantagem na tabela de pontos.
Maverick Viñales terminou na segunda posição, mas foi punido em 16s por descumprir a pressão mínima dos pneus e despencou para o 14º lugar. Com isso, Francesco Bagnaia e Franco Morbidelli fecharam o pódio no Catar.
Johann Zarco voltou a surpreender com a Honda e terminou na quarta colocação, à frente de Fermín Aldeguer. Álex Márquez, que perdeu a liderança do campeonato, foi o sexto. A prova ainda ficou marcada por nova lesão grave do campeão Jorge Martín.
O GRANDE PRÊMIO separou cinco coisas que aprendemos no GP do Catar, quarta etapa da MotoGP 2025:

Marc Márquez aplica nó tático para vencer e deixa rivais perdidos
Marc Márquez voltou a ser aquela figura dominante que nos acostumamos a ver durante a temporada 2025 da MotoGP. Fez a pole com extrema facilidade e sumiu dos rivais na corrida sprint. O domingo (14) prometia ser mais difícil, com direito a toque na largada e perda de peça da traseira.
O espanhol da Ducati, porém, preferiu guardar pneus e cozinhar os adversários durante boa parte da corrida. Quando as voltas finais se aproximaram, apertou o ritmo, superou Maverick Viñales e abriu vantagem confortável. Com isso, fez a terceira vitória no certame e se recuperou do tombo da etapa passada.
Bagnaia abusa dos erros e perde chance de levar tri na MotoGP
É muito cedo, claro, e tudo pode mudar na MotoGP. Mas também é muito difícil ver Francesco Bagnaia levar o tricampeonato da principal do Mundial de Motovelocidade em 2025, especialmente pelo desempenho modorrento exibido até aqui. Por mais que tenha mostrado algo nos primeiros treinos, caiu na classificação e largou apenas em 11º nas duas corridas do fim de semana.
Na sprint, reclamou do pneu e da falta de ação, terminando na modesta oitava posição, salvando alguns poucos pontos. Na prova principal, até reagiu bem e chegou a entrar na briga pela vitória, mas devorou os pneus cedo demais e se contentou com o terceiro lugar. Depois, deu sorte e herdou o segundo posto com a punição de Viñales. Pouco, muito pouco mesmo, para quem sonha com o título.

Martín volta, mas cai e amplia calvário no início da temporada
A grande expectativa em Lusail era ver o retorno de Jorge Martín e o desempenho do espanhol da Aprilia após as fraturas na mão esquerda. Depois de ter perdido as três primeiras corridas e ainda em adaptação ao equipamento, era esperado encontrar dificuldades. E isso não surpreendeu, sempre ocupando posições intermediárias, apesar da classificação decente.
Na corrida principal, porém, caiu sozinho e ainda foi atingido pela moto de Fabio Di Giannantonio. O drama do atual campeão mundial só aumentou: 11 costelas fraturadas, perfuração no pulmão e hospitalização por tempo indeterminado. Com isso, a possibilidade de estar na pista em Jerez, próxima etapa da MotoGP, no fim de abril, é quase nula. É hora de agradecer que ainda está vivo e se recuperar 100%, só isso.
Zarco novamente mostra força e garante a Honda na vice-liderança
Um dos grandes nomes da temporada 2025 da MotoGP atende pelo nome de Johann Zarco. O veterano francês corre pela satélite LCR, mas tem carregado a Honda nas costas em neste começo de ano e o GP do Catar foi mais uma demonstração.
Contra motos mais evoluídas, Zarco encarou adversários de igual e mostrou que se encaixou com a nova moto da Honda — que ainda precisa de muitas melhorias, vale dizer. O quarto lugar em Lusail foi um prêmio para a valentia do francês. No campeonato, é o sexto colocado, com 38 pontos, dono de 77% dos tentos obtidos pela montadora japonesa neste ano.

Viñales brilha com KTM. Acosta e Binder decepcionam de novo
A grande surpresa do fim de semana foi o desempenho de Maverick Viñales, ninguém discorda. A sexta posição no grid parecia um acidente até a corrida principal, quando liderou algumas voltas e terminou em segundo. É bem verdade que acabou punido por descumprir o limite mínimo de pressão dos pneus e caiu para 14º. Mesmo assim, mostrou que é capaz de produzir milagres com a satélite Tech3 e enche a KTM de esperança para o restante do campeonato.
Por outro lado, a equipe de fábrica da KTM viu dois fantasmas na pista mais uma vez. Em meio a grande crise financeira, a montadora austríaca esperava brigar na frente para ganhar confiança, mas tem passado muito longe. Pedro Acosta foi o oitavo no Catar, com Brad Binder em 13º. As posições medianas na prova se refletem na tabela da MotoGP e, sim, preocupam bastante.
A MotoGP volta a acelerar entre 25 e 27 de abril, com o GP da Espanha, em Jerez, para a quinta etapa da temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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