9º, Bagnaia dá à Ducati título da MotoGP. Rins vence em Valência no adeus da Suzuki
Enfim, a Ducati pode soltar o grito: Francesco Bagnaia é campeão da MotoGP 2022! Ele terminou a prova em nono, mas foi suficiente para conquistar o título tirar a marca de Borgo Panigale de um jejum de 15 anos
Enfim, a Ducati pode soltar o grito: Francesco Bagnaia é campeão da MotoGP 2022! Depois de uma recuperação verdadeiramente histórica, o piloto da moto #63 encerrou o GP da Comunidade Valenciana em nono lugar, que foi suficiente para conquistar o título. Com sete vitórias, cinco poles-position e nove pódios, Pecco se torna primeiro italiano campeão desce o triunfo de Valentino Rossi em 2009 e tira a marca de Borgo Panigale de um jejum de 15 anos.
O vencedor foi Álex Rins, após uma ótima largada. Na ‘última dança’ com a Suzuki, tomou a ponta na primeira curva e não soltou mais. Atrás dele, Brad Binder e Jorge Martín completaram o pódio.
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E Fabio Quartararo? Fez o que tinha ou dava para fazer com chances difíceis para conquistar o bi. Correu como quem realmente não tinha nada a perder, com um excelente ritmo, mas finalizou apenas na quarta posição.
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Miguel Oliveira, Joan Mir, Luca Marini, Enea Bastianini, Bagnaia e Franco Morbidelli fecham o top-10. A corrida contou com muitos abandonos: sete no total, incluindo as duas Aprilia, que retornaram aos boxes aparentemente com problemas nas motos. Marc Márquez caiu e também abandonou.
Saiba como foi o GP da Comunidade Valenciana de MotoGP:
Como aconteceu ao longo de todo o fim de semana, o sol seguiu brilhando em Cheste, o que elevou discretamente a temperatura. Às vésperas da largada, os termômetros mediam 28°C, com o asfalto chegando a 32°C. A umidade relativa do ar estava em 15%, com o vento soprando a 10 km/h no sentido leste.
Na saída dos boxes, todos os pilotos escolheram os pneus dianteiros duros, enquanto a maioria optou pelo traseiro médio, com exceção de Pol Espargaró, Takaaki Nakagami e Álex Márquez, que calçaram os macios.
Na hora da largada, os 92.166 espectadores viram o pole-position Jorge Martín não sustentar a ponta, que foi para as mãos de Álex Rins, que fez uma excelente largada. Pecco também partiu muito bem, se instalando atrás do rival pelo título logo nos primeiros metros.
Jack Miller logo começou a escalar e primeiro passou Bagnaia, depois atacando Quartararo. O francês respondeu e o #63 foi atraído para a briga. Os dois se tocaram e um pedaço da Yamaha acabou se soltando, provavelmente uma asa.
Brad Binder até mergulhou por dentro de Fabio e tomou a posição, mas levou o troco de imediato. Mesmo sem a asa direita a M1, o #20 se recompôs e manteve o sexto posto, ainda bastante perto de Bagnaia, que já estava 1s4 atrás de Miller.
Ainda na quarta volta da corrida, Aleix Espargaró abandonou a disputa, o que resultaria provavelmente na perda do terceiro lugar do Mundial.
Pouco depois, Quartararo atacou Bagnaia de novo e tomou a quinta colocação. Mas o francês ainda tinha 1s7 de atraso para Miller, que era o quarto.
Darryn Binder e Pol Espargaró não tiveram mais sorte e caíram, abandonando o GP da Comunidade Valenciana.
Na ponta da corrida, Rins seguia liderando, mas sem muita folga em relação a Martín. Miller, por outro lado, tina acabado de tomar o terceiro posto de Marc Márquez. E Quartararo ia cortando a diferença.
Pelo replay, foi possível ver que a moto de Quartararo não foi a única danificada pelo toque de mais cedo. A Ducati de Pecco também perdeu uma asa, o que abala o equilíbrio da Desmosedici.
Álex Márquez caiu, mas chegou a voltar para a pista antes de se dirigir aos boxes e abandonar.
Com 19 voltas para o fim, Bagnaia era pressionado por Brad Binder e levou um belo susto, mas conseguiu se manter na pista. O italiano acabou perdendo a posição e ainda tinha Joan Mir chegando atrás.
Na volta 10, Marc Márquez caiu na curva 8 quando rodava em quarto, promovendo Quartararo uma posição. O espanhol não se machucou no acidente.
Aos poucos, Mir chegou em Bagnaia e passou a pressionar pela sexta colocação. A ultrapassagem veio no fim da volta 14, por dentro, mas Pecco ainda tentou devolver na reta, mas pensou melhor e optou pela prudência ao não dividir a freada da curva 1.
Miguel Oliveira era quem vinha próximo agora, chegando para disputar a sétima colocação com o líder do Mundial. Ainda que o português passasse, atrás vinha uma trinca de Ducati: Luca Marini, Enea Bastianini e Johann Zarco. Era mais seguro para Bagnaia estar com eles.
Faltando 12 giros para a bandeirada, Johann Zarco caiu, deixando um escudeiro a menos na proteção a Pecco. Logo depois, Oliveira passou Bagnaia e tomou a sétima colocação, deixando Marini atrás do líder do Mundial.
Na ponta, Rins ia se aproximando de 1s de vantagem em relação a Martín, enquanto Brad Binder tomava de Quartararo a quarta colocação. O sul-africano vinha em ritmo forte e ia para cima para brigar pelo pódio.
Na volta 19, Marini passou Bagnaia de forma limpa deixando o #63 para se proteger de Bastianini. Os dois já estão acostumados a brigar e Enea admitiu essa semana que pensa no futuro na hora de brigar com Pecco, já que não quer chegar na Ducati em 2023 em um climão.
Com seis voltas para o fim, Bastianini também passou Bagnaia, que escancarou a passagem para Enea. Agora, ele tinha 1s8 de frente para Morbidelli, que vinha em décimo.
Faltando só quatro voltas para o fim, Miller caiu na curva 11, se despedindo da Ducati com um abandono. Assim, Quartararo recuperou o quarto posto, diante de Oliveira, Marini, Bastianini e Bagnaia.
Faltando dois giros para o fim, a batalha pelo segundo posto esquentou, já que Binder chegou em Martín e passou a pressionar. O sul-africano tomou a posição do posição, já com 0s7 de atraso para Álex, que caminhava para vencer a última corrida da Suzuki na MotoGP.
Atrás, Morbidelli pressionava Bagnaia pela nona colocação. Os dois são amigos, mas Franco anda precisando de uma trégua de um ano terrível. O ítalo-brasileiro, porém, não passou, e Pecco confirmou o título da nona colocação.
MotoGP 2022, GP da Comunidade Valenciana, Ricardo Tormo, Corrida:
1 | Á RINS | Suzuki | 41min22s250 | 27 voltas |
2 | J MARTÍN | Pramac Ducati | +0.396 | |
3 | B BINDER | KTM | +1.059 | |
4 | F QUARTARARO | Yamaha | +1.911 | |
5 | M OLIVEIRA | KTM | +7.122 | |
6 | J MIR | Suzuki | +7.735 | |
7 | L MARINI | VR46 Ducati | +8.5524 | |
8 | E BASTIANINI | Gresini Ducati | +12.038 | |
9 | F BAGNAIA | Ducati | +14.441 | |
10 | F MORBIDELLI | Yamaha | +14.676 | |
11 | M BEZZECCHI | VR46 Ducati | +17.655 | |
12 | R FERNÁNDEZ | Tech3 KTM | +24.870 | |
13 | R GARDNER | Tech3 KTM | +26.546 | |
14 | T NAKAGAMI | LCR Honda | +26.610 | |
15 | F DI GIANNANTONIO | Gresini Ducati | +31.819 | |
16 | C CRUTCHLOW | RNF Yamaha | +1:28.870 | |
17 | A MÁRQUEZ | LCR Honda | +1 volta | |
18 | J MILLER | Ducati | Abandonou | |
19 | J ZARCO | Pramac Ducati | Abandonou | |
20 | M VIÑALES | Aprilia | Abandonou | |
21 | M MÁRQUEZ | Honda | Abandonou | |
22 | P ESPARGARÓ | Honda | Abandonou | |
23 | D BINDER | RNF Yamaha | Abandonou | |
24 | A ESPARGARÓ | Aprilia | Abandonou |