Ogura é 2º na Tailândia e leva título da Moto2. Canet vence GP encurtado por chuva

A Moto2 tem um novo campeão. Depois de perder a primeira chance na semana passada, na Austrália, Ai Ogura aproveitou a segunda oportunidade e conquistou o título da classe intermediária do Mundial de Motovelocidade neste domingo (27). A missão na Tailândia, porém, não foi simples depois de largar na pole e encarar várias disputas na úmida pista de Buriram, terminando a corrida na segunda colocação.

A vitória na pista tailandesa com Arón Canet, que ainda tentou evitar o título de Ogura, sem sucesso. A prova, porém, foi encerrada de maneira prematura por conta da chuva no circuito de Chang, coroando mais um triunfo do espanhol na temporada 2024. O japonês da MSi ficou em segundo, com Marcos Ramírez na terceira colocação.

Piloto da casa, Somkiat Chantra fez grande corrida de recuperação e empolgou o público com diversas manobras, terminando na quarta colocação. Diogo Moreira perdeu rendimento na reta final da prova, mas ainda acabou no quinto lugar.

Izán Guevara, Albert Arenas, Jake Dixon, Manuel González e Deniz Öncü fecharam o top-10 da Moto2 na Tailândia.

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Com a conquista deste domingo, Ai Ogura é o primeiro japonês campeão no Mundial de Motovelocidade desde que Hiroshi Aoyama conquistou o título das 250cc em 2009. O titular da MSi é, também, a primeira cria da Asia Talent Cup a alcançar o campeonato do mundo.

A largada da MotoGP para o GP da Tailândia, em Buriram, está marcada para às 5h (de Brasília). O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

Saiba como foi o GP da Tailândia de Moto2:

O clima decidiu tumultuar o domingo do Mundial de Motovelocidade em Chang. O tempo virou e a chuva deu as caras de manhã, molhando o asfalto. A corrida da Moto3 acabou declarada em pista molhada, o que ativou um procedimento diferenciado que culminou na redução da prova a 2/3 da distância.

Só que a chuva parou, e quase todos os pilotos correram com slicks, com exceção de Eddie O’Shea, que não consegui ir até o fim com os pneus de chuva. Ao longo do GP, as bandeiras de chuva até foram agitadas, mas nada que alterasse as condições drasticamente.

E foi neste cenário que a Moto2 entrou na pista. Apesar da ameaça de chuva, a prova da classe intermediária foi declarada no seco, o que preservou a distância original de 22 voltas. A temperatura ambiente era de 25°C, com o asfalto chegando a 28°C. A umidade relativa do ar era de 92%, com o vento soprando a 5 km/h.

Na hora da largada, o pole Ai Ogura saiu bem e sustentou a ponta, com Arón Canet e Diogo Moreira mantendo as posições. Marcos Ramírez tentou atacar o brasileiro na curva 1, mas o #10 defendeu.

Ainda nos primeiros metros, Ogura atacou, Moreira pulou para a ponta, mas Canet foi quem ficou com a liderança. Ainda nesses primeiros metros, Arbolino e Aldeguer tiveram um contato na curva 5 e caíram.

A intensidade da prova, porém, seguiu. Canet ia na ponta, diante de Ramírez e López. Moreira desceu para quinto, enquanto Ogura desceu para a sétima colocação.

No replay, foi possível perceber que a queda de Moreira e Ogura no pelotão foi resultado do ataque de López, que acabou empurrando os dois para fora da linha rápida. A reprise do incidente da curva 5 também mostrou que foi um erro de Fermín que tirou Arbolino da prova.

Pouco depois, López errou e caiu para 13º. Assim, Darryn Binder avançou para quarto, diante de Moreira e Ai Ogura.

Na volta 4, Moreira vinha pressionando Binder pela quarta colocação. O sul-africano resistiu no primeiro ataque, mas, metros depois, não deu defesa, com o brasileiro tomando a posição. Dixon era quem vinha à frente, com uma vantagem de 0s4.

Diogo logo cortou parte da vantagem de Dixon e, mais do que isso, ganhou respiro em relação a Binder, que agora tinha de se defender da pressão de Ogura.

O #10 da Italtrans vinha em um ritmo forte e chegou a cravar a melhor volta da corrida em 1min35s778, mas foi imediatamente superado por Manuel González, que foi 0s015 mais veloz. Assim, Moreira alcançou Dixon e passou a pressionar pelo último degrau do pódio. Darryn, porém, já vinha colado atrás, trazendo Ogura junto.

Pouco depois, na volta 7, Ogura forçou a ultrapassagem para cima de Binder na curva 1, o que colocou o sul-africano para fora da pista. O irmão de Brad seguiu na prova, mas despencou para 10º. Pouco depois, um vacilo de Dixon levou ao ataque brasileiro, com Moreira tomando a terceira colocação.

Sem muita demora, Jake atacou de novo e chegou a passar, mas não manteve a trajetória e facilitou o troco do #10. Ogura, então, partiu para cima e tomou o quarto posto.

No fim da volta 8, Binder escapou na curva 8 e caiu, abandonando o GP da Tailândia.

Enquanto isso, Ramírez ia colando em Canet, tentando buscar a primeira vitoria da carreira. Atrás, Moreira era pressionado por Ogura, mas segurava a terceira colocação. Albert Arenas vinha em seguida, à frente de Izán Guevara e Jake Dixon.

Na abertura da volta seguinte, Ogura grudou em Moreira na reta e não deu defesa para o brasileiro, que foi superado pelo terceiro posto. Arenas ficou um pouco mais para trás, agora tendo de se defender de Guevara.

Uma vez em terceiro, Ogura passou a imprimir um ritmo forte, estabelecendo em 1min35s697 a melhor volta da corrida e cortando o atraso em relação a Ramírez para 1s3.

Ogura manteve um ritmo fortíssimo, melhorou ainda mais o melhor registro da corrida, atingindo a marca de 1min35s597, e se afastou mais de 1s de Moreira. O atraso em relação a Ramírez, porém, caiu por terra, com o segundo lugar do espanhol cada vez mais ameaçado.

Pressionado, Ramírez errou a freada da curva 3 na volta 14, facilitando a passagem de Ogura. O espanhol ainda tentou responder, mas o #79 não deu margem. Na ponta, a vantagem de Canet era de mais de 1s.

Ogura conseguiu baixar o atraso em relação a Canet para menos de 1s, mas, pouco depois, o piloto da Fantic voltou a abrir.

Com seis voltas para o fim, as bandeiras de chuva voltaram a ser exibidas, o que exigia um cuidado extra os pilotos e abria porta para um fim de prova antecipado.

Ogura, então, aliviou o ritmo, o que colocou Ramírez mais perto. Mas o espanhol também era cuidados com as circunstâncias. Atrás, Somkiat Chantra tinha vencido uma boa batalha com Guevara e Arenas e era o quinto. Dixon ocupava o oitavo posto.

Correndo em casa, Chantra foi cortando a margem de Moreira, se aproximando do brasileiro para brigar pela quarta colocação. O #10, porém, não se aproximava de Ramírez, que vinha mais e mais distante, a 2s9.

Com quatro voltas para o fim, Chantra já estava grudado em Moreira e aproveitou uma porta aberta para levar a torcida ao delírio e ultrapassar. Diogo tentou a resposta, mas encontrou resistência.

Com duas voltas para o fim, a chuva foi ficando mais intensa, o que resultou na bandeira vermelha. Assim, Canet venceu a corrida e Ogura faturou o campeonato.

Moto2 2024, GP da Tailândia, Buriram, Resultado final:

1	A CANET	Fantic Kalex	32:02.751	22 voltas
2	A OGURA	MSI Kalex	+2.523
3	M RAMÍREZ	American Racing Kalex	+3.276
4	S CHANTRA	Honda Team Asia Kalex	+6.213
5	D MOREIRA	Italtrans Kalex	+6.451
6	I GUEVARA	CFMOTO Aspar Kalex	+7.121
7	A ARENAS	Gresini Kalex	+7.436
8	J DIXON	CFMOTO Aspar Kalex	+7.672
9	M GONZÁLEZ	Gresini Kalex	+8.978
10	D ÖNCÜ	Red Bull KTM Ajo Kalex	+12.160
11	A LÓPEZ	SpeedUp Boscoscuro	+13.667
12	S GARCÍA	MSI Kalex	+14.050
13	A SASAKI	Yamaha VR46 Kalex	+15.382
14	F SALAC	Marc VDS Kalex	+18.690
15	J NAVARRO	American Racing Kalex	+22.097
16	M AJI	Honda Team Asia Kalex	+22.712
17	J MASIÀ	Preicanos Racing Team	+27.849
18	D FOGGIA	Italtrans Kalex	+28.668
19	Z VD GOORBERGH	RW-Idrofoglia Kalex	+31.799
20	X CARDELUS	Fantic Kalex	+32.205
21	X ARTIGAS	Forward Factory Team	+53.101
22	H VOIGHT	Preicanos Racing Team	+58.109
23	J ALCOBA	Yamaha VR46 Kalex	Abandonou
24	A ESCRIG	Forward Factory Team	Abandonou
25	D BINDER	Husqvarna Intact GP	Abandonou
26	B BALTUS	RW-Idrofoglia Kalex	Abandonou
27	S AGIUS	Husqvarna Intact GP	Abandonou
28	T ARBOLINO	Marc VDS Kalex	Abandonou
29	F ALDEGUER	SpeedUp Boscoscuro	Abandonou

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