Austin lista complicações e diz que ter MotoGP e F1 juntas é “possível, mas improvável”

Diretor do Circuito das Américas, Bobby Epstein avaliou que seria possível fazer um fim de semana com MotoGP e Fórmula 1 dividindo a pista, mas listou algumas dificuldades e considerou improvável um evento conjunto

Diretor do Circuito das Américas, Bobby Epstein avaliou que é possível realizar um fim de semana conjunto de MotoGP e Fórmula 1, mas “improvável”. O dirigente explicou que as complicações vão além do óbvio.

Desde que o Liberty Media adquiriu uma fatia de 86% da Dorna, a promotora do Mundial de Motovelocidade, surgiram muitas especulações sobre a possibilidade de reunir as duas categorias em um mesmo fim de semana, já que o grupo norte-americano é dono de 100% dos ativos da F1.

Falando ao GRANDE PRÊMIO, Jorge Viegas, presidente da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), avaliou que eventos conjuntos não são possíveis. “Por vários motivos, até de segurança”, apontou. Diretor-esportivo da Dorna, Carlos Ezpeleta foi menos incisivo e, à imprensa, disse “não descartar” a possibilidade.

Durante a passagem do Mundial de Motovelocidade pela pista de Austin, uma das poucas que recebe as MotoGP e F1, Epstein seguiu mais a linha de Viegas e listou as dificuldades para unir as principais séries do esporte a motor mundial.

Austin é uma das poucas pistas que recebe MotoGP e F1 (Foto: Divulgação/MotoGP)

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“Acho que existem complicações além do óbvio”, disse Epstein. “A primeira que vem a mente são apenas físicas, mas, do ponto de vista de ativação de patrocinadores, elas trazem patrocinadores diferentes, ativações e fábricas diferentes, então estaríamos abarrotados”, seguiu.

“E, além disso, teríamos de fazer muitas mudanças nas sinalizações da pista. O centro de mídia ficaria um pouco inchado. É possível, [mas] não sei se é provável”, ponderou.

O dirigente avaliou, porém, que o Circuito das Américas pode ser um dos principais beneficiados com a chegada do Liberty Media à MotoGP, já que existe uma dificuldade de atrai público para as corridas nos Estados Unidos.

“Provavelmente, estamos mais empolgados com isso do que qualquer um. A MotoGP vem para os Estados Unidos e realmente não recebe muita atenção. E, quando vai embora, isso é tudo que você ouve falar dela em outras 51 semanas”, apontou. “É fantástico que sejamos os únicos a empunhar a bandeira da MotoGP nos Estados Unidos e dar apoio à série que recebemos com comprometimento há 12 anos e em que realmente acreditamos”, continuou.

“É uma competição fantástica e só está esperando que mais pessoas descubram isso, espero que sejamos um dos maiores beneficiários dessa compra”, torceu. “Acho que eles não têm de mudar nada no esporte. Só precisam focar em colocar um pouco mais de luz sobre ele, dando visibilidade. Eles têm os meios e a habilidade”, encerrou.

MotoGP volta a acelerar entre 26 e 28 de abril, com o GP da Espanha, em Jerez, para a quarta etapa do campeonato de 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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