Binder diz que “tudo continua normalmente” na MotoGP apesar de crise financeira na KTM
Brad Binder afirmou que o projeto da KTM na MotoGP segue funcionando normalmente apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pelo grupo Pierer Mobility
Brad Binder afirmou que “tudo continua normalmente” na MotoGP apesar dos problemas financeiros enfrentados pelo grupo Pierer Mobility, dono da KTM. O sul-africano considerou que a maneira de ajudar é vencendo corridas.
No início da semana, a marca austríaca anunciou que quatro dos seis diretores foram removidos do conselho do grupo em meio a uma perspectiva financeira ruim que, segundo a empresa, se deve à recessão na Alemanha e ao alto custo de vida nos Estados Unidos.
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Os problemas financeiros do grupo, porém, não são novidade, já que as ações sofreram alta desvalorização, caindo de cerca de ₣ 94 (aproximadamente R$ 615,40) em 2022 para ₣ 12 (cerca de R$ 78,60) no fechamento do pregão desta quinta-feira. Além de vendas fracas, o grupo Pierer contraiu dividas elevadas com a compra de marcas como GasGas, Husqvarna e uma fatia de 51% da MV Agusta.
As dificuldades levaram a questionamentos sobre a capacidade de o grupo Pierer Mobility manter a presença na MotoGP, mas, em entrevista ao site italiano GPOne, Hubert Trunkenpolz, executivo do grupo — o ‘T’ da sigla KTM, que significa Kronreif & Trunkenpolz Mattighofen —, garantiu que o “nosso comprometimento com a MotoGP não está em risco e nem a nossa companhia”.

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Questionado sobre a situação da KTM, Binder respondeu: “Bom, para mim, no meu entender, tudo continua normalmente”.
“E a única coisa que posso fazer é tentar vencer algumas corridas”, comentou. “Aparentemente, o que vence no domingo, vende na segunda. Então essa é a minha motivação aqui. Vamos ver o que acontece”, seguiu.
No campo esportivo, a performance da KTM não é muito mais gloriosa. A marca é a segunda colocada no Mundial de Construtores, com 326 pontos a menos que a campeã Ducati, mas não vence um GP desde o GP da Tailândia de 2022, ainda com Miguel Oliveira.
No Mundial de Pilotos, Binder ocupa a quinta colocação, mas com só 11 pontos de frente para o novato Pedro Acosta, que será promovido à equipe oficial da marca austríaca no próximo ano.
O sul-africano, contudo, não colocou como prioridade se manter à frente de Acosta, mas melhorar a posição atual, já que não é nem onde ele e nem onde a equipe quer estar.
“Para mim, é realmente simples. Bom, não só eu, mas a minha equipe inteira. Nenhum de nós quer terminar onde estamos terminando a cada fim de semana. Queremos estar muito mais na frente no grid e sinto que precisamos seguir focando no que fazemos no circuito e tirando vantagem de cada uma das voltas”, ponderou. “E, se fizermos isso, os resultados serão melhores aos sábados e domingos, e o campeonato e o resto estarão resolvidos por si só”, acrescentou.
“Então acho que é só focar no trabalho que posso fazer no momento e, claro, se puder fazer isso, o resto vai se resolver”, encerrou.
A MotoGP retorna ao circuito de Chang às 5h (de Brasília) para o treino do GP da Tailândia, em Buriram, 18ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

