Alonso coroa temporada magistral com título e faz história para Colômbia na Moto3

Espanhol de nascimento, colombiano por opção. Aos 18 anos, David Alonso coroou uma temporada praticamente irrepreensível e conquistou neste domingo (6) o primeiro título da carreira no Mundial de Motovelocidade. Com a vitória no GP do Japão, em Motegi, o piloto da Aspar é o campeão de 2024 da Moto3.

Diferente das disputas de Moto2 e MotoGP, que seguem bastante emboladas, a competição na Moto3 foi praticamente um passeio. Em grande fase desde o ano passado — quando chegou até mesmo a sonhar com o título, mas acabou a temporada de estreia na terceira colocação —, Alonso não deu chances a ninguém.

Filho de mãe colombiana e pai espanhol, David chegou ao Japão com seis poles na temporada, nove vitórias e um total de dez pódios, acumulando 296 pontos, 97 a mais do que Dani Holgado.

Restando apenas os GPs de Austrália, Tailândia, Malásia e Comunidade Valenciana, a matemática jogava a favor de David e uma vitória simples bastava para assegurar a taça. Mas uma grande variedade de combinações de resultado também seria o bastante: Alonso tinha, apenas, de somar três pontos mais do que Holgado e não perder mais de cinco para Iván Ortolá e de sete para Collin Veijer, os outros pilotos ainda vivos na briga.

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Ao longo do fim de semana em Motegi, o #80 tentou fazer o que prometeu que faria: manter a cabeça no lugar e os pés no chão. Competitivo durante os treinos, Alonso garantiu o terceiro posto no grid, atrás apenas do pole Ortolá e de Veijer. Na corrida, depois de uma boa saída, chegou a cair para a sexta posição e cogitou esperar até a Austrália para fechar a conta, mas reagiu, buscou a vitória e assegurou a taça na primeira oportunidade.

A conquista deste domingo, além de arrematar o excelente trabalho de David no campeonato, também coloca a Colômbia no mapa do esporte. É o primeiro titulo do país no Mundial de Motovelocidade. E é também o primeiro de um sul-americano no certame desde que o bicampeonato de Carlos Lavado nas 250cc em 1986.

O titulo de Alonso é apenas o quarto de um piloto da América do Sul. Além de Lavado, que venceu as 250cc em 1983 e 1986, Johnny Cecotto foi campeão das 350cc em 1975. Os dois, porém, corriam com a bandeira da Venezuela. David é o primeiro sul-americano a vencer na classe de entrada.

Agora, o colombiano já tem passaporte carimbado para saltar para a Moto2 em 2025, onde seguirá competindo com a Aspar, a equipe que o formou desde a base e o ajudou a dominar com sucesso a Moto3.

A largada do GP do Japão de MotoGP, em Motegi, está marcada para as 2h (de Brasília) deste domingo. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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