Desfalcada, Suzuki apresenta moto de Mir e Rins para defesa do título da MotoGP
Sem o comando de Davide Brivio, a marca de Hamamatsu apresentou as armas para a temporada 2021. A Suzuki corre com o rótulo de equipe a ser batida. Destaque maior, claro, para o surpreendente campeão mundial na temporada passada, Joan Mir
Sem grandes mudanças no seu layout, a Suzuki apresentou neste sábado (6) a nova GSX-RR para a temporada 2021 da MotoGP. Campeão vigente, Joan Mir segue com a equipe para a defesa da coroa, mas Álex Rins promete jogar mais duro para manter o título na fábrica de Hamamatsu.
Em 2020, a Suzuki deu um passo à frente considerável e fechou o ano com a melhor moto do grid. Embora o protótipo ainda tenha um desempenho mais fraco em classificação, a performance na metade final da corrida foi um dos grandes destaques do ano passado.
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Mir, porém, foi a grande surpresa, já que garantiu um espaço na Torre dos Campeões apenas no segundo ano na classe rainha do Mundial de Motovelocidade. Mais experiente da dupla, Rins começou a temporada passada e tardou a engrenar, mas uma vez que o físico permitiu, passou a ser protagonista.
Assim, se as condições físicas permitirem, a expectativa é por um duelo mais intenso entre a dupla, já que a moto é basicamente a mesma do ano passado. Por conta do impacto econômico da pandemia do novo coronavírus, a MotoGP congelou o desenvolvimento e, assim, as motos são as mesmas homologadas no início do ano passado.
O surpreendente campeão de 2020, dono de 1 vitória e um total de sete pódios em sua trajetória na categoria, se vê como o homem a ser batido, mas nem por isso se julga como favorito para a nova campanha na classe-rainha do Mundial de Motovelocidade.
“Esta nova temporada me parece empolgante, com muitos concorrentes rápidos. Mesmo tendo conquistado o título no ano passado, não me considero o favorito para esta temporada, já que acredito que ainda há muito trabalho a ser feito e grandes resultados a alcançar. Mesmo assim, entro em 2021 como o homem a ser batido e, com certeza, há alguma pressão em torno disso. Sinceramente, não me importo, vejo isso como uma coisa positiva porque a pressão sempre me deu um impulso extra ao invés de me conter”, declarou o piloto de 23 anos.
“Mais uma vez, vai ser uma temporada estranha com essa pandemia de Covid e com todas as restrições de viagem, mas espero que as coisas possam melhorar não só para nós e a família da MotoGP, mas também para todos os nossos fãs ao redor do mundo”, salientou.
“Deixei minha GSX-RR no ano passado com sentimentos muito bons. As limitações no desenvolvimento impediram grandes fases de melhoria, mas estou confiante de que o departamento de pesquisa e desenvolvimento da Suzuki e nossos engenheiros e mecânicos de pista possam encontrar alguns passos para melhorar”, complementou o campeão.
Álex Rins, terceiro colocado na temporada passada, atrás de Mir e de Franco Morbidelli, deixou claro que não vê a hora de acelerar a nova moto.
“Durante todo o inverno, estive bem ansioso para voltar às pistas. Tenho treinado bastante, mas nada supera a minha GSX-RR. Acho que este ano pode ser excelente para nós. Temos uma equipe forte e uma moto forte. Estamos mais motivados do que nunca e sabemos que nossa moto é capaz de vencer, então estamos prontos para lutar. O calendário está bastante cheio, apesar de tudo, e há muitos pilotos rápidos. Então, construir uma campanha consistente vai ser a chave do sucesso”, destacou o catalão de 25 anos.
Embora a dupla de pilotos siga inalterada, a Suzuki tem um desfalque importante em 2021, já que Davide Brivio partiu para a Fórmula 1 para atuar como diretor de corridas da Alpine. O italiano atuou na equipe desde 2013, preparando a volta ao campeonato, e foi um dos principais líderes no processo de ganho de competitividade da GSX-RR.
Apesar da perda, Hamamatsu preferiu buscar em casa um substituto e não trouxe ninguém de fora para a vaga de Brivio. Líder do projeto, Shinichi Sahara costumava compartilhar das opiniões de Davide e, por isso, entende que será possível manter a mesma linha de trabalho.
Sahara ressaltou o desejo de conquistar ainda mais em 2021 depois de um ano histórico para a Suzuki. “2020 foi uma temporada fantástica para nós, já que conquistamos o título mundial de pilotos e para a equipe. Esta temporada de 2021 vai ser desafiadora para nós porque buscamos um resultado ainda melhor do que o do ano passado, mas estou confiante de que vamos conseguir assumir esse papel importante e lutar para conquistar grandes resultados”.
O dirigente também lembrou as dificuldades proporcionadas pelas consequências da pandemia. “Em razão das restrições quanto à Covid, vai ser outra temporada muito estranha, e o congelamento do desenvolvimento do motor nos deixa com menos áreas para ajustar e trabalhar, então o nível de competição vai ser tão alto quanto no ano passado”, complementou.
O comandante do projeto da Suzuki não citou Brivio, mas lembrou que a equipe vive uma nova era no seu corpo diretivo. Portanto, mais um desafio no sentido de substituir o italiano.
“Com certeza, estamos lidando com uma nova era na nossa equipe, com a nova organização que tivemos de colocar em prática. Assim, estarei mais presente nas corridas e estarei acompanhado por todos os membros da equipe em suas respectivas responsabilidades. Desenvolvemos uma equipe madura e sólida, por isso estou totalmente confiante de que, juntos, vamos encontrar a melhor maneira de sermos eficientes e eficazes”, explicou.
“Tanto Joan Mir como Álex Rins se prepararam muito durante o inverno, chegam motivados e determinados antes desta nova temporada, por isso vamos dar nosso 100% para lhes proporcionar as melhores condições e ferramentas para um bom desempenho e lutar pelas primeiras posições”, concluiu.
A apresentação da Suzuki vem na esteira da abertura dos testes de pré-temporada da MotoGP, que começam neste sábado (6). A sessão vai até a próxima sexta-feira e terá como palco o circuito de Losail, no Catar, que também vai receber a primeira etapa da temporada 2021 no próximo dia 28, último domingo de março. Tudo com cobertura do GRANDE PRÊMIO.
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