Ducati diz que “jamais” vai impedir ataque de equipe privada: “Eles têm direito”

Chefe da equipe de fábrica, Davide Tardozzi garantiu que a Ducati “jamais vai impedir” que uma equipe privada enfrente o time oficial na MotoGP. O dirigente destacou que a fábrica de Borgo Panigale gosta da competição interna e, se tivesse medo da disputa, não daria os melhores materiais às equipes clientes

Davide Tardozzi garantiu que a Ducati “jamais vai impedir” que uma equipe satélite enfrente o time oficial. O chefe da estrutura que abriga Francesco Bagnaia e Enea Bastianini frisou que o compartilhamento de dados e o fornecimento de material de ponta faz parte da filosofia de Gigi Dall’Igna.

A temporada 2023 ficou marcada pelo confronto entre Bagnaia e Jorge Martín. Apesar de muita gente ter ficado na expectativa por um freio no esforço da Pramac por parte da Ducati, a disputa seguiu até a última etapa, com o italiano assegurando o bicampeonato com uma vitória no GP da Comunidade Valenciana e um abandono do rival.

Além disso, o ano também viu protagonismo da Ducati, que faturou não só o Mundial de Pilotos, mas também o Mundial de Construtores. A Pramac venceu o Mundial de Equipes.

Com oito motos no grid, a Ducati adotou o compartilhamento de dados, permitindo que os pilotos tenham acesso às informações uns dos outros. Essa política, aliás, serviu para acelerar a evolução da Desmosedici, o que agradou ainda mais aos engenheiros de Borgo Panigale.

Davide Tardozzi negou medo da competição interna na Ducati (Foto: Divulgação/MotoGP)

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“Está muito claro. Nós temos oito Ducati, que são tratadas de maneira honesta, da forma que merecem e que está escrito no contrato que eles têm”, disse Tardozzi ao site inglês Autosport. “Eles podem ver todos os dados de todos os outros pilotos. Mas nunca, jamais vamos impedir uma das outras equipes de competir contra o time de fábrica”, seguiu.

“Eles têm o direito de fazer o melhor, eles têm o direito de ter todas as informações para nos vencer”, defendeu. “Aí cabe a nós ter os melhores pilotos e a melhor performance. Cabe ao time de fábrica. Gigi [Dall’Igna] é a Ducati e ele tem oito possibilidades de vencer”, observou.

Tardozzi lembrou que cabe a ele fazer com que a equipe de fábrica seja melhor dos que as clientes, mas tem de fazer isso com igualdade de condições.

“Eu sou a Ducati Lenovo, tenho duas chances de vencer a corrida. Então cabe a esta equipe bater os outros. Mas essa é a mentalidade do Gigi, é a mentalidade da Ducati, então é algo que nos pressiona a sermos cada vez melhores e fornecermos coisas melhores e as melhores motos aos pilotos”, defendeu.

Tardozzi usou o caso de Jorge Martín como exemplo de que a Ducati oferece condições iguais a todas as equipes.

“Martín não teve sequer um parafuso a menos do que nós. Ele teve exatamente o que nós tínhamos e exatamente ao mesmo tempo”, assegurou. “Nunca trouxemos uma peça nova sem ter a possibilidade de dar o item para a Pramac”, acrescentou.

Por fim, o chefe da equipe de fábrica frisou que os engenheiros estão felizes com a estratégia da Ducati, já que isso dá a eles mais opções de competitividade.

“Não tememos por nossos pilotos e a competição dentro das equipes Ducati, pois, do contrário, não daríamos motos de fábrica para a Pramac e motos vencedoras para duas outras equipes satélites”, ponderou. “Nós compartilhamos todos os dados. Se tivéssemos medo, não compartilharíamos. Damos todas as atualizações aos pilotos que merecem. Se tivéssemos medo, não faríamos isso”, insistiu.

“Temos uma abordagem diferente. Isso significa que achamos que a competição dentro da Ducati, que significa entre as equipes Ducati, aumenta o nível dentro da Ducati”, avaliou. “Ficamos felizes com esse tipo de competição interna que nós permitiu aumentar os dados. E nossos engenheiros estão realmente felizes em ter oito possibilidades, com oito pilotos, de ver o que está acontecendo com a moto”, encerrou.

MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de fevereiro de 2024, com os testes de pré-temporada na Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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