Em dia de top-10 apertado na Tailândia, Ducati mostra força, Márquez tem bom ritmo e Yamaha surpreende

O primeiro dia de treinos da MotoGP em Buriram teve o top-10 separado por apenas 0s3, com 17 pilotos no mesmo segundo do líder. Andrea Dovizioso colocou a Ducati no topo da tabela desta sexta-feira (5), enquanto Marc Márquez focou no ritmo de corrida e a Yamaha surpreendeu

A MotoGP teve um primeiro dia interessante em Buriram. Correspondendo à expectativa, a Ducati apareceu mais forte depois de ver a Honda comandar os testes da pré-temporada na Tailândia, mas a surpresa ficou por conta da Yamaha, que deu uma trégua em seus problemas e abriu o fim de semana com o pé direito ― o que pode não significar lá muita coisa, já que a YZR-M1 se comporta mal especialmente aos domingos.
 
Com um total de 39 voltas nesta sexta-feira (5), Andrea Dovizioso fechou o dia no topo da tabela de tempos com 1min31s090, ligeiramente à frente de Maverick Viñales. Melhor Honda, Cal Crutchlow vem em terceiro, só 0s098 melhor que Marc Márquez, o quarto. Líder na pré-temporada, Dani Pedrosa fez o oitavo registro, 0s013 mais veloz que Valentino Rossi, o nono.
 
Na parte final do segundo treino, a maioria dos pilotos optou por lançar mão de pneus novos para buscar tempo, com exceção de Márquez, que se manteve fiel ao estilo de trabalho de 2018 e tratou de focar no ritmo de corrida. Assim, o #93 completou a sessão com um pneu traseiro macio que já tinha 20 voltas.
Andrea Dovizioso ainda quer melhora da Ducati (Foto: Michelin)
Dono do topo da tabela, Dovizioso se recusou a classificar o desempenho desta sexta-feira como um troco pela liderança da Honda nos testes coletivos e avaliou que ainda resta muito trabalho por fazer.
 
“Nós demos um bom passo nesta tarde, o feeling foi melhor do que de manhã, mas, no geral, Marc tem um ritmo diferente no momento. Ele não colocou um pneu novo no fim do treino”, apontou Andrea. “E nós estamos em dez pilotos muito próximos, então o tempo de volta ainda não é tão importante”, ponderou. 
 
“A pista é muito curta, mas nós melhoramos em relação a esta manhã. Isso era o mais importante”, frisou. “Ainda existe uma confusão por conta dos pneus traseiros, pois temos quatro opções, e temos de entender mais do que agora. Nós fizemos dois comparativos, um com pneus usados desta manhã, e o tempo de volta não foi ruim, mas ainda temos muito trabalho para fazer. Nós nunca corremos aqui, então não sabemos todos os detalhes. O que temos agora não é o suficiente, mas, com certeza, a base não é ruim”, completou.
 
Só 0s031 mais lento, Viñales tratou de conter a empolgação. Desanimado depois dos revezes recentes da Yamaha, o #25 não quer criar expectativas de jeito nenhum.
 
“Eu não vou criar nenhuma expectativa para a corrida, pois é só sexta-feira”, declarou Maverick. “Mas, com certeza, o feeling é muito mais positivo do que em Aragão, eu me sinto melhor com a moto. Nós modificamos bastante a moto do jeito que eu precisava, do jeito que eu pedi, e parece funcionar pelo menos para mim. Parece funcionar especialmente com o pneu duro”, indicou.
 
Questionado se estava usando uma moto similar àquela que usou nos testes coletivos em Chang, Viñales explicou que a Yamaha hoje trabalha em outra direção.
 
“É uma moto completamente diferente. Um peso diferente na moto”, respondeu. “Eu pilotei a moto como pedi há alguns meses para tentar ir em outra direção e, no fim, conseguimos. Acho que fizemos um TL1 e um TL2 bem sólidos. Vamos ver amanhã. Como eu disse, no momento não tenho nenhuma expectativa. Vamos ver mais amanhã”, sublinhou.
Maverick Viñales está bem pé atrás com a Yamaha (Foto: Michelin)
Fora do top-3 por apenas 0s098, Márquez ressaltou que seguiu a estratégia de focar na corrida e agora quer avançar um pouco mais no sábado.
 
“A estratégia é a que estamos empregando neste ano, com vistas para a corrida”, disse Marc. “O dia correu bem, dentro da ideia das sextas-feiras. Nós provamos o pneu médio e o macio para ver como eles se comportavam. Amanhã vamos provar o duro. Em termos de eletrônica, acho que é onde ganhamos um pouquinho mais. Estamos contentes com o acerto, mas amanhã temos de dar mais um pequeno passo”, cobrou.
 
Por fim, o #93 admitiu que ficou surpreso com o rendimento das Yamaha de Viñales e Rossi.
 
“As Yamaha me surpreenderam”, comentou. “Às vezes, elas são muito rápidas e sofrem em outras. Até amanhã, não saberemos como estão uns e outros. Maverick está rodando bem, assim como Dovi e acho que Dani [Pedrosa] também. Pelo estilo do circuito, vai ser rápido. Temos de entender onde estão os rivais”, encerrou.

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