Bagnaia vê “melhor temporada” na MotoGP, mas assume: “Também a em que mais errei”
Dono de nove vitórias em GP nas 18 etapas disputadas até aqui, Francesco Bagnaia avaliou que faz a melhor campanha da carreira na MotoGP, mas reconheceu que 2024 é, também, o ano em que ele mais errou e caiu
Francesco Bagnaia acredita que 2024 é a “melhor temporada” da carreira dele na MotoGP. Ainda assim, o italiano não titubeia na hora de assumir que é “também aquela em que mais errei e em que mais caí”.
Restando apenas os GPs de Malásia e Comunidade Valenciana, Bagnaia é o único a ainda desafiar o líder Jorge Martín pelo título de 2024. Os dois estão separados por 17 pontos, com 74 ainda em disputa. No cenário atual, o piloto da Pramac, porém, garante o título mesmo se ficar em segundo em todas as corridas restantes, ainda que Pecco vença.
A vitória no GP da Tailândia de domingo (27), porém, foi uma reação. Bagnaia saiu da corrida sprint visivelmente abatido com o terceiro lugar, mas conseguiu dar a volta por cima, algo que creditou ao bom trabalho da Ducati.
Questionado se tinha a obrigação de vencer o GP da Tailândia, Bagnaia respondeu: “Absolutamente”.
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“Em termos de campeonato, não muito. Mas em termos de feeling, do lado mental, era muito importante — não só para mim, mas também para ele”, disse Pecco. “Então este foi um bom dia para nós de toda forma. E os 17 [pontos] de intervalo são um bom número para mim”, seguiu.
“Era um dia para fazer a diferença e, felizmente, fizemos”, avaliou. “Quero dedicar essa vitória à minha equipe. Pois, depois [do warm-up] da manhã, nós sentamos e conversamos sobre o que fazer para melhorar a situação, pois ei estava com muita dificuldade na freada. E, mais uma vez, nós conseguimos. Estou muito feliz. Não foi uma corrida fácil, pois foi muito longa e estressante, mas, assim que larguei, percebi que tinha um feeling muito bom e vi Jorge forçando muito. Mas decidi esperar mais duas voltas para ter certeza de que a traseira estava mais pronta e, assim que estava, só tentei buscá-lo de volta. Aí abri vantagem, mas estava forçando bastante. Na volta em que ele caiu, fomos só 0s2 mais rápidos no setor 3, então já tinha sido uma volta incrível e o ritmo foi superforte. Sabia que era importante terminar em primeiro e não em segundo para ganhar mais pontos para o campeonato”, frisou.
Pecco, no entanto, não quis revelar o motivo da falta de performance na corrida sprint realizada em pista seca. O italiano falou em “segredo de box” e que a equipe foi “segura demais” em alguma coisa, mas não entrou em detalhes.
A vitória de domingo foi a primeira de Bagnaia na pista da Tailândia na MotoGP. “Pois eu sempre caí, mas nunca fui rápido o bastante”, explicou.
“Há dois anos, eu estava lutando pela vitória, mas terminei a 2s do líder. O ritmo estava lá, mas não era o bastante. Hoje, desde o início, acreditei muito em tentar. E foi o melhor momento”, avaliou.
Com o nono triunfo e GPs no ano, Pecco venceu 50% das provas longas da temporada 2024. Em termos de sprint, a performance é equilibrada com Martín, com seis vitórias para cada lado. E, ainda assim, o espanhol sustenta 17 pontos de vantagem no Mundial de Pilotos.
“Esta é a minha melhor temporada, mas também aquela em que mais errei e em que mais caí”, assumiu Pecco. “Vencer era muito importante. E fazer isso no molhado me dá muita força e motivação. É preciso ganhar pontos assim, não perdê-los como ontem”, encerrou.
A MotoGP volta já no próximo fim de semana com o GP da Malásia, em Sepang, penúltima etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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