Bagnaia cita problema com pneus e lamenta queda “sem ângulo” em Misano: “É impossível”
Francesco Bagnaia apontou para um problema com os pneus no GP da Emília-Romanha de domingo (22). Italiano ficou sem explicação para a queda, mas falou em “trabalhar outra vez” para reagir no campeonato
Francesco Bagnaia apontou para os pneus como causa da queda que o tirou do GP da Emília-Romanha de domingo (22). O titular da Ducati reclamou por ser a segunda falha em três GPs, mas falou em “trabalhar outra vez” para reagir na classificação da MotoGP.
Bagnaia começou o fim de semana em Misano com o pé direito. Depois de liderar a sexta-feira, o italiano cravou a pole e venceu a corrida sprint, cortando a vantagem de Jorge Martín no Mundial de Pilotos para só 4 pontos. Na corrida, porém, as coisas mudaram de figura.
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Depois de uma largada acanhada, Pecco respondeu e voltou à ponta na curva 2. Dois giros mais tarde, o #1 foi superado não só por Martín, mas também por Enea Bastianini. Enquanto os dois escaparam na ponta, o campeão vigente se isolou na terceira colocação e começou a reagir apenas na segunda metade da prova, quando passou a rodar em um ritmo mais forte.
A reação, contudo, foi breve. Com sete voltas para a bandeirada, Francesco caiu e abandonou a disputa. Assistindo dos boxes, só restou ao piloto de Torino torcer para a vitória de Bastianini para reduzir o ganho de Martín em Misano.
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“Depois da largada, disse: ‘ok, posso fazer meu ritmo e controlar a diferença’”, contou Bagnaia ao site da MotoGP. “[Mas] estava perdendo muito tempo em todas as acelerações. Tinha perdido a traseira na última curva na volta de aquecimento. Aí perdi a traseira na curva 13 da primeira volta. A traseira começou a funcionar depois de 15 voltas! Uma coisa incrível”, seguiu.
Quando o pneu médio — escolhido por todos os pilotos para a traseira, com exceção de Marco Bezzecchi — começou a funcionar, Pecco começou a se recuperar, mas, com sete voltas, caiu na freada da 8 e abandonou em casa. É a segunda vez em três etapas que o #1 aponta problema nos calçados.
“Eu já estava tento alguns problemas com a dianteira bloqueando desde o início da corrida, então quando o pneu traseiro começou a ter performance depois de 15 voltas e fiz a melhor volta da corrida duas vezes seguidas, ainda tentei ser o mais cuidadoso possível, especialmente na freada”, relatou. “Comecei a forçar, mas sem usar muito a frente, pois não tinha um bom feeling com a dianteira. Eu estava freando 18 ou 20 metros antes do que na minha volta mais rápida e perdi a frente sem ângulo [de inclinação]”, continuou.
“É impossível perder a frente [desse jeito] se você está com pista seca. Tudo foi bem estranho hoje, mas aconteceu com a gente duas vezes nos últimos três GPs, então talvez aconteça com os outros na próxima”, ponderou.
Pecco, que já tinha apontado problema de pneu na sprint de Aragão, não escondeu a irritação com o desempenho dos calçados.
“Você trabalha muito duro. É o mais rápido, o mais forte. Sabe que seu potencial é vencer as corridas. E aí, por algo que está fora do seu controle, você faz resultados como este”, lamentou. “É difícil dizer que eu poderia ter terminado em terceiro, mas quando você tem potencial, quando tem ritmo e está no controle do seu ritmo e aí cai… é uma pena”, sublinhou.
“Então estou muito frustrado e irritado por isso, pois isso não pode acontecer no nosso campeonato. Mas é o que é”, acrescentou.
Com o abandono em Misano, Bagnaia viu Martín levar a vantagem na classificação do Mundial de Pilotos para 24 pontos, um desfecho que poderia ter sido ainda pior se Bastianini não tivesse derrotado o piloto da Pramac e o impedido de abrir 29 de frente.
“Vamos trabalhar outra vez como sempre. E vamos tentar vencer, mas, com certeza, às vezes precisamos de um pouco de sorte”, encerrou.
A MotoGP volta na próxima semana com o GP da Indonésia, em Mandalika, para a 15ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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