Bagnaia supera dores em Misano, mas sombras de Marc Márquez e Martín tiram conforto
Ainda desconfortável pelo acidente da última semana, Pecco Bagnaia mostrou poder de reação no primeiro dia de treinos da MotoGP para a etapa de San Marino. Mesmo assim, não pode vacilar porque os rivais Jorge Martín e Marc Márquez seguem preparados para mais um ataque
O primeiro dia de treinos da MotoGP para a etapa de San Marino terminou com Francesco Bagnaia no comando. Discreto durante quase todo o treino, o piloto da Ducati achou uma grande volta nos minutos e cravou 1min30s685. Quem olha para a tabela de tempos até vê uma certa folga, mas o cenário foi muito diferente, de muito equilíbrio entre os ponteiros.
Precisando de uma reação depois do fim de semana miserável que teve em Aragão, na última prova, Bagnaia mostrou rápido poder para se reerguer diante dos rivais, mesmo com as dores que visivelmente atrapalharam seu desempenho nas primeiras atividades em Misano.
A queda nas voltas finais da etapa em Aragão, quando tocou com Álex Márquez e ficou sob a moto do rival, ainda paga seu preço no corpo do atual bicampeão da MotoGP. Bagnaia pode ter finalizado o primeiro dia na frente correndo em casa, mas não pode se acomodar e nem deve, principalmente pelas boas performances de Marc Márquez e Jorge Martín, segundo e terceiro colocados no treino, respectivamente.
“Com os remédios, vou bem melhor. Pela manhã, me assustei um pouco porque não estava nada bem, sentia muitas dores no ombro e nas costelas. Sentia como um golpe a cada mudança de direção, mas fui bem melhor de tarde”, afirmou Pecco.
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“Não estou 100%, mas pude me concentrar em pilotar, isso me dá confiança. O bom é que estamos em Misano, um circuito que conheço muito bem. Agora vou trabalhar com o fisioterapeuta, mas vou precisar de relaxantes no domingo, isso é certeza”, seguiu.
“Marc foi muito rápido desde o começo, acredito que a vitória em Aragão tenha dado muita motivação a ele. A luta será entre Martín, Marc e eu”, completou o italiano.
Jorge Martín é o atual líder do campeonato e mostrou bom rendimento. Ficou à frente na primeira sessão, o TL1, mas depois só no terceiro posto. O espanhol, porém, é uma grande ameaça aos sábados, quando costuma andar bem nas classificações e nas corridas sprint. Apesar disso, admite que ainda não encontrou o ritmo ideal em Misano.
“Me senti bem pela manhã, não conseguia acreditar na velocidade que tinha, mas durante a tarde colocamos os pneus macios e começaram os problemas. Melhoramos pouco a pouco, mas ainda precisamos encontrar coisas, só que não estou confortável”, destacou o piloto da Pramac.
Por fim, o terceiro elemento da disputa é ninguém menos que Marc Márquez. Com extenso currículo e seis títulos na MotoGP, o piloto da Gresini chega ao GP de San Marino logo depois de quebrar longo jejum de vitórias. Leve, tranquilo e mais confiante, mostrou que ainda é uma grande ameaça no grid. Dominou boa parte do treino da tarde e ainda beliscou um segundo lugar no fim, quando poucos esperavam alguma novidade.
“Buscava as sensações [na moto] que tive na Áustria e encontrei. Existem dois pilotos, Martín e Bagnaia, que estão subindo cada vez mais o nível. No momento, estamos na briga pelo pódio, mas ainda não pela vitória porque precisamos melhorar alguns pontos”, afirmou Márquez.
“O sabor especial é que venho de uma vitória, a confiança é outra. Um dos aspectos que mais me concentrei foi não exagerar”, finalizou.
A MotoGP volta a acelerar neste sábado (7), a partir de 5h10 (de Brasília), com a definição do grid de largada do GP de San Marino e Riviera de Rimini, em Misano, 13ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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