GUIA 2020: 7 meses após acerto, Álex Márquez estreia já rejeitado pela Honda

Campeão da Moto2 no ano passado, Álex Márquez vai debutar na MotoGP ao lado do irmão Marc na equipe oficial da Honda. O #73, no entanto, chega à classe rainha já sabendo que vai perder seu lugar para Pol Espargaró

ÁLEX MÁRQUEZ SABIA QUE SERIA DIFÍCIL, MAS ACABOU SURPREENDIDO NA CHEGADA À MOTOGP. Irmão mais novo de Marc, o #73 foi contratado pela Honda no fim do ano passado para ocupar o lugar deixado vago por Jorge Lorenzo, mas, com vínculo de um ano, tinha de provar sua capacidade para defender à permanência no time da asa dourada.

A pandemia do novo coronavírus, porém, causou uma reviravolta na carreira do jovem de Cervera. Antes mesmo de conseguir provar do que é capaz ― ou até mesmo de mostrar-se incapaz ―, Álex assistiu a Honda negociar seu lugar com Pol Espargaró.

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Na última segunda-feira (14), a Honda anunciou a chegada do caçula dos Espargaró no próximo ano, com Álex descendo para a LCR para ocupar o posto que hoje é de Cal Crutchlow.

Neste cenário, Alex entra na pista já rebaixado, mas não é por isso que as coisas ficaram mais fáceis. O #73 ainda tem uma pedreira pela frente: fazer frente ao hexacampeão da MotoGP. E isso, como vimos com Dani Pedrosa e Lorenzo, por exemplo, não é fácil nem para quem acumula uma farta quilometragem na classe rainha.

As mais variadas categorias do mundo já oferecem evidência o bastante para uma certeza: talento não tem relação com o DNA. Mas, ainda que este não fosse o caso, a trajetória de Álex já mostra que ele não é dotado do mesmo dom inato do irmão. O que não faz dele um piloto ruim, longe disso, mas existe uma diferença clara ― talvez até gritante ― na capacidade dos dois.

Apesar dos títulos de Moto3 e Moto2, a passagem pela classe do meio mostrou que o jovem espanhol precisou de um longo período de adaptação: foram cinco temporada até o título. Marc, por sua vez, ficou apenas dois anos por lá e garantiu um vice e o título.

A diferença entre os irmãos é clara, assim como a certeza de que Marc fará tudo que puder para ajudar Álex. Ainda assim, na hora do ‘vamos ver’, o mais novo estará por conta própria. Mesmo assim, ter um contrato assinado com a HRC até 2022 é um alívio e tanto.

Ao aceitar o convite da Honda, Álex zerou as variáveis e se colocou ao alcance de todos os padrões de comparação possíveis com o irmão. Por si só, isso já seria um desafio e tanto. Agora, o #73 terá de fazer o trabalho sabendo que a fábrica japonesa não o considera bom o bastante para a vaga que ocupa.

Ir para a LCR não é de tudo ruim, mas a maneira como as coisas foram feitas coloca uma barreira a mais para um piloto que já tinha desafios o bastante na estreia na classe rainha. Resta saber como Álex vai lidar com tudo isso.

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