Miller exalta Ajo, mas isenta Guidotti por ausência da KTM na luta por título: “Bobagem”
Jack Miller elogiou o trabalho feito por Francesco Guidotti na Pramac e considerou que, com as ferramentas certas, o dirigente poderia ter feito o mesmo com a KTM. Ainda assim, australiano elogiou Aki Ajo e assumiu que não gostaria de ter o finlandês como adversário
Jack Miller saiu em defesa de Francesco Guidotti após a KTM confirmar que o atual dirigente será substituído por Aki Ajo a partir da temporada 2025. O australiano elogiou o finlandês, mas garantiu que o atual chefe da equipe de Mattighofen não pode ser apontado com responsável pela ausência da marca na briga pelo título da MotoGP.
Miller tem uma relação próxima como Ajo, já que o finlandês é empresário dele. O trato com Guidotti, porém, não é menos próximo, uma vez que eles trabalharam juntos na Pramac entre 2018 e 2020 e foram reunidos na KTM em 2023.
Relacionadas
“Obviamente, Francesco e eu temos uma relação fantástica e fico triste por ele”, disse Miller ao site da MotoGP. “Mas, ao mesmo tempo, acho que a determinação de Aki e o jeito dele trabalhar são coisas que podem nos assustar [para competir contra] no futuro. Pois sei como ele comanda o show. Sei como ele trabalha e acho que isso é necessário”, seguiu.
“Então é compreensível o ponto de vista deles. Obviamente, é decepcionante para mim, pois não queria trabalhar contra Aki, mas é assim que é. E desejo toda sorte a ele”, acrescentou.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
O australiano, porém, saiu em defesa de Guidotti e frisou que ele não pode ser responsabilizado pelo fato de a KTM ainda não ser uma postulante ao título.
“Acho isso uma bobagem completa. Francesco é um líder de equipe fantástico em termos do que ele fez com a Pramac, colocando-os basicamente na posição em que eles estão agora. E acho que, com as ferramentas certas, poderia ter feito o mesmo trabalho com a KTM”, defendeu. “Mas não era para ser e a porta giratória segue rodando”, completou.
Companheiro de equipe do #43. Brad Binder também tem uma relação antiga com Ajo, já que faturou o título de 2016 da Moto3 com a Red Bull KTM Ajo.
“Vou sentir falta de Francesco, ele é o melhor amigo de todo mundo nos boxes. Ele é um cara superlegal e fez muito por nós ao longo dos anos. Foi muito legal e eu o agradeço por isso”, disse Binder. “Por outro lado, claro, Aki é alguém com quem eu trabalhei por muitos anos e estou realmente empolgado por estar com ele outra vez. Ele faz tudo parecer supersimples, mesmo que às vezes não seja. Acho que ele será uma grande adição à nossa equipe”, opinou.
“Uma coisa em que Aki é muito, muito bom é em entender onde podemos melhorar e realmente trabalhar nos pontos e tópicos importantes”, elogiou. “E ele incrivelmente bom em lutar pelo que acredita que precisamos, pelo que precisamos para ser mais rápidos ou pelo que realmente precisamos melhorar. Então, desta perspectiva, acho que ele será ótimo”, avaliou.
Pedro Acosta, que ano que vem será titular da KTM, nunca trabalhou com Guidotti, mas, assim como Binder, também vai se reencontrar com Ajo, já que correu pela Red Bull KTM Ajo em Moto3 e Moto2.
“[Aki] é um dos melhores chefes e donos de equipe deste paddock, e acho que, com certeza, o cara que vamos precisar se quisermos realmente lutar por um campeonato”, falou Acosta. “Sabemos que Aki é frio como gelo, mas quando precisarmos de alguém para colocar o pau na mesa, ele certamente fará isso. Estou superfeliz em trabalhar com ele outra vez e super empolgado em ver como ele vai lidar com as pessoas”, encerrou.
A MotoGP volta a acelerar neste fim de semana com o GP do Japão, em Motegi, a 16ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.