Rueda bate Veijer e vence 1ª na Moto3 em Aragão. Alonso sofre com pneus e fica em 4º

O GP de Aragão da Moto3, neste domingo (1), entregou dramas e reviravoltas do início ao fim. E acabou com uma vitória inédita de José Antonio Rueda, que conseguiu guardar pneus para a reta final da prova, superou os principais adversários e tornou-se o 400º vencedor diferente na história do Mundial de Motovelocidade.

Collin Veijer chegou a assumir a liderança nas últimas voltas, mas perdeu rendimento e terminou na segunda colocação. Luca Lunetta mostrou ritmo forte desde o início e garantiu um surpreendente pódio, na terceira colocação.

Depois de dominar boa parte da prova, David Alonso viu os pneus perderem performance na reta final e acabou apenas na quarta colocação. Joel Kelso foi o quinto colocado, seguido por Taiyo Furusato, David Muñoz, Xabi Zurutuza, Daniel Holgado e Matteo Bertelle.

A grande decepção da corrida ficou por conta de Ivan Ortolá. Postulante ao título e correndo em casa, o espanhol não encontrou o ritmo esperado e terminou apenas na 12ª colocação.

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A Moto3 volta a acelerar entre 6 e 8 de setembro, com o GP de San Marino e Riviera de Rimini, em Misano, 13ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

Saiba como foi o GP de Aragão de Moto3:

O domingo amanheceu parcialmente nublado em Alcañiz. E as condições de pista tampouco eram das melhores, graças à chuva que voltou a cair durante a noite e que mantinha parte do asfalto molhado. Sem warm-up para as classes menores, os pilotos iam descobrir a situação do asfalto já na corrida.

Quando os pilotos partiram para o grid, os termômetros mediam 23°C, com o asfalto chegando a 30°C. A velocidade do vento era de 3 km/h, com a umidade relativa do ar em 71%.

Na hora da largada, o pole-position David Alonso saiu muito bem e manteve a ponta sem dificuldades, com José Antonio Rueda em terceiro e Ángel Piqueras subindo para terceiro. Saindo na pista molhada, David Muñoz saiu cauteloso e despencou para sexto.

Ainda nos primeiros metros, Piqueras tomou o segundo posto, à frente de Luca Lunetta e Daniel Holgado. Quando fechou o segundo setor, ainda na primeira volta, Alonso já tinha 1s3 de frente parta o segundo colocado.

Holgado conseguiu assumir o terceiro posto, com Joel Kelso se instalando em quarto, diante de Lunetta e Adrián Fernández. Kelso, aliás, foi ao ataque e saltou para segundo, já 1s5 atrás de Alonso.

Impecável no primeiro giro, Alonso abriu mais de 1s8 de frente na liderança da corrida, com Kelso em segundo para tentar cortar a margem. Holgado vinha em terceiro, mas, pressionado, perdeu posições para Fernández e Rueda.

Fernández avançou para segundo e estabeleceu a melhor volta da corrida — 2min05s342 —, mas, mesmo assim, não conseguiu cortar muito da vantagem de Alonso, que seguia em 1s6.

Na quarta de 17 voltas, a vantagem de Alonso na liderança já roçava os 2s, mesmo com Fernández escapando de uma intensa pressão do pelotão. Taiyo Furusato vinha em terceiro, diante de Rueda, Holgado e Kelso.

Rueda logo se movimentou e passou Furusato pelo segundo posto, mas o troco não tardou a chegar. Com as condições traiçoeiras, era uma corrida muito mais cuidadosa do que o padrão da Moto3.
Na volta 5, Ángel Piqueras, que tinha caminhado para trás na corrida, caiu na curva 9. O piloto da Leopard tinha escapado da pista e, na tentativa de voltar usando um trecho de pista após a brita, acabou caindo. O espanhol não se feriu e conseguiu voltar para a corrida, mas apenas em 25º.

Furusato, então, começou a aproveitar a melhora nas condições de pista para cortar a margem de Alonso, que desceu para 1s6. Atrás, Collin Veijer fez uma bela manobra para assumir o terceiro posto, diante de Rueda e Lunetta.

Na volta seis, Furusato fez a melhor volta da corrida — 2min01s829 — e a vantagem de Alonso desceu ainda mais. O colombiano, porém, respondeu de imediato, voltando a se afastar 1s8.

Com 11 voltas ainda pela frente, Furusato recebia uma pressão intensa de Veijer e, mais preocupado em defender a posição, viu David se afastar mais de 2s. Collin conseguiu o ataque e tomou o segundo posto, de cara se afastando do japonês, mas sem cortar significativamente a margem de Alonso.

Faltando dez voltas para o fim, Tatchakorn Buasri caiu e motivou uma bandeira amarela no primeiro setor do MotorLand.

Enquanto isso, Luca Lunetta passou Furusato e assumiu o terceiro posto, já 1s7 atrás de Veijer, que vinha virando rápido, mas sem conseguir uma aproximação impressionante em relação a Alonso.

Na metade da corrida, a margem de Alonso começou a cair de maneira mais consistente. Com nove voltas ainda pela frente, Veijer agora tinha só 1s4 de atraso. E tinha registrado em 2min01s448 a melhor volta da corrida.

A diferença caiu para 1s1 quando Collin fechou o nono giro em 2min01s292, novo melhor registro da disputa. Terceiro, Lunetta tinha mais de 2s de atraso na briga pela vitória.

Em meados da décima volta, a vantagem de Alonso caiu de 1s pela primeira vez e segui baixando, graças ao ritmo mais forte de Veijer. Rueda agora era o terceiro e dono da nova melhor volta em Aragão: 2min01s193.

Na passagem seguinte, Veijer já tinha cortado quase toda a vantagem de Alonso, aparecendo a 0s3 do colombiano líder do Mundial de Pilotos. Atrás, Rueda escapou da pista e facilitou a passagem de Lunetta, mas logo se recompôs e tomou de volta a terceira colocação.

Na ponta, Veijer vinha grudado em Alonso, pressionando para passar. Com seis voltas para o fim, a Moto3 viu um novo líder pela primeira vez, com Collin tomando a ponta.

O replay aproximado da moto de Alonso mostrava o pneu traseiro bastante desgastado no lado esquerdo. Sem bom ritmo, o piloto da Aspar viu Rueda se aproximar rapidamente, logo atacando para assumir o posto. Lunetta também estava ali e logo começou a pressionar o #80.

Com cinco voltas para o fim, Lunetta também passou Alonso, tirando o líder do campeonato do pódio em Aragão. Na ponta, Veijer não conseguia escalar de Rueda, que tentou um primeiro ataque e passou, levantando a torcida espanhola. Alonso também atacou e voltou ao terceiro lugar.

Enquanto Rueda tentava escapar, Lunetta conseguiu passar Alonso mais uma vez e se afastar 0s4.

Faltando quatro voltas para a bandeirada, Rueda deu uma balançada na curva 12, mas se manteve de pé, ainda que com menos distância em relação a Veijer. Lunetta agora vinha isolado no terceiro posto.

Recomposto, José Antonio voltou a abrir, se afastando 0s7d e Veijer. Atrás, Alonso tinha Kelso tentando cortar a vantagem e chegando rapidamente.

Rueda abriu a volta final com mais de 1s de vantagem para Veijer, que também vinha confortavelmente distante de Lunetta. Alonso era o quarto, mas também com uma margem segura em relação a Kelso.

Moto3 2024, GP de Aragão, Corrida:

1	J RUEDA	Red Bull KTM Ajo	34:51.635	17 voltas
2	C VEIJER	Husqvarna Intact GP	+1.985
3	L LUNETTA	SIC58 Honda	+3.556
4	D ALONSO	CFMOTO Aspar Team	+4.492
5	J KELSO	BOE Motorsports	+8.503
6	T FURUSATO	Honda Team Asia	+13.628
7	D MUÑOZ	BOE Motorsports	+16.962
8	X ZURUTUZA	Red Bull KTM Ajo	+17.029
9	D HOLGADO	Red Bull GasGas Tech3	+17.165
10	M BERTELLE	Snipers Team Honda	+17.578
11	A FERNÁNDEZ	Leopard Racing	+19.026
12	I ORTOLÁ	MT Helmets Msi	+20.422
13	S NEPA	MTA KTM	+23.417
14	T SUZUKI	Husqvarna Intact GP	+23.532
15	J ESTEBAN	CFMOTO Aspar Team	+23.594
16	S OGDEN	Mlav Racing	+31.150
17	N DETTWILER	CIP KTM	+37.694
18	D ALMANSA	Snipers Team Honda	+37.799
19	R YAMANAKA	MT Helmets Msi	+44.457
20	R ROSSI	CIP KTM	+51.534
21	J ROULSTONE	Red Bull GasGas Tech3	+51.593
22	A ADITAMA	Honda Team Asia	+55.582
23	T BUSARI	Honda Team Asia	NC
24	F FARIOLI	SIC58 Honda	NC
25	A PIQUERAS	Leopard Racing	NC

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