CEO da KTM destaca reestruturação e pontua “três motivos” para sobrevivência na MotoGP
Gottfried Neumeister, novo CEO da KTM, elencou três motivos para a companhia austríaca se manter firme na MotoGP, especialmente em momento turbulento de crise financeira
A semana da KTM foi de muitas mudanças, especialmente na chefia da companhia. Stefan Pierer saiu do comando da Pierer Mobility, deixando o cargo de CEO para Gottfried Neumeister. Além disso, as dívidas com os credores passou de €2 bilhões — pouco mais de R$ 12 bilhões.
Neumeister chegou há pouco tempo na companhia e já foi promovido ao cargo mais importante em momento tão turbulento, com a empresa passando por autoadministração e buscando resolver as pendências financeiras.
“Não estou surpreso por ser escolhido como novo CEO. Encontrei o Pierer pela primeira vez há um ano e meio, concordamos que eu seria o sucessor”, afirmou o dirigente.
“A KTM não é capaz apenas de se reestruturar, mas também ser segura financeiramente. Hoje, já completamente o segundo estágio do plano de renovação dos contratos em 90 dias”, acrescentou.

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“Existem apenas três razões para a KTM estar viva: o comprometimento dos nossos funcionários, a lealdade dos clientes e a profissionalmente empresa de autoadministração. Vencer nas motos no Dakar não é apenas um sinal, mas a prova de que a KTM pode construir as melhores motos do mundo”, finalizou.
A KTM enfrenta mais de 3000 reclamações de credores, sendo a maior parte de funcionários com pendências financeiras. Nesta semana, o site italiano GPOne, afirmou que o grupo Pierer Mobility conseguiu encontrar parceiros e novos investidores que fizeram o compromisso de impulsionar em € 900 milhões — cerca de R$ 5,6 bilhões, pela cotação atual — o grupo. Tratam-se de fundos de capital privado que desejam comprar ações da KTM. Além disso, alguns dos acionistas atuais como a Bajaj Auto e a CFMoto devem aumentar seus investimentos.
Atualmente competindo na MotoGP, a KTM demitiu centenas de funcionários e planejava pausar a fabricação das motos de rua nos primeiros dois meses de 2025. Em novembro passado, a Pierer Mobility anunciou que não espera segurar o financiamento necessário à tempo, iniciando um processo de reestruturação. A montadora, no entanto, garantiu sequência na MotoGP e até mesmo o desenvolvimento da moto RC16.
A MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de fevereiro de 2025 para os primeiros testes de pré-temporada, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

