KTM exibe motos de Binder e Acosta cercada de dívidas e incertezas na MotoGP 2025

As apresentações para a temporada 2025 da MotoGP continuam a todo vapor, especialmente ás vésperas dos primeiros testes. Nesta quinta-feira (30), a KTM exibiu suas motos para o próximo campeonato, com presença dos pilotos Brad Binder e Pedro Acosta, mas em meio a muitas incertezas por conta da grave crise financeira que atravessa.

Em meio a todo esse caos nos bastidores, a KTM exibiu a RC16 em evento, mas sem grandes novidades no equipamento. A Red Bull continua como principal patrocinadora da equipe e em destaque na carenagem, com a pintura mantendo o tom escuro de azul e detalhes em laranja.

Os problemas de caixa da KTM foram revelados no fim do ano passado, quando a montadora enfrentou mais de 3000 reclamações de credores, sendo a maior parte de funcionários com pendências financeiras. O grupo Pierer Mobility, que comanda a companhia, conseguiu até encontrar parceiros e garantir a presença na MotoGP, mas as dívidas passaram de € 2 bilhões — cerca de R$ 12 bilhões.

Além disso, a KTM demitiu centenas de funcionários e pausou temporariamente a fabricação das motos de rua enquanto se reorganiza com a empresa que controla o processo de autoadministração. A garantia do desenvolvimento da RC16 foi bem recebida, mas o futuro da montadora segue preocupando outras marcas do grid e também a Dorna, detentora dos direitos comerciais da MotoGP. Para coroar o caos, ainda conviveu com a troca do CEO nos últimos dias.

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Tudo porque a KTM é uma das principais montadoras do Mundial de Motovelocidade, não apenas pelo atual vice-campeonato na MotoGP, mas por também ter presença atuante na Moto2 e Moto3, além de ser fornecedora de equipamento para Red Bull Rookies Cup — certame que revelou nomes como Jorge Martín, Enea Bastianini, Pedro Acosta e Johann Zarco, entre muitos outros.

Para este ano, a equipe oficial da montadora austríaca apostou nos dois principais talentos revelados nos últimos anos. Brad Binder vai para a sexta temporada consecutiva na MotoGP ao lado do time, mas espera quebrar um jejum de vitórias que já dura desde o GP da Áustria de 2021. No ano passado, foi o quinto colocado, sendo o melhor piloto sem moto Ducati, mas fez apenas um pódio — na abertura da disputa, no Catar.

A novidade, no entanto, fica por conta de Pedro Acosta. Depois de uma estreia cheia destacada pela satélite GasGas, o jovem espanhol foi promovido para o time principal da KTM. Em 2024, foi o sexto colocado na tabela, com direito a uma pole-position e cinco pódios em corridas, além de outros quatro em sprints, mas ainda busca a primeira vitória na classe rainha.

Com uma dupla forte, mas cercada de problemas na parte financeira, a KTM vai para a temporada 2025 com muitas incertezas e muita esperança de encontrar caminhos melhores, principalmente após a categórica vitória no Dakar para abrir o ano em duas rodas.

A MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de fevereiro de 2025 para os primeiros testes de pré-temporada, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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