KTM mantém metas inalteradas para 2020 apesar da vitória de Binder em Brno
Chefe da divisão esportiva da KTM, Pit Beirer afirmou que a marca austríaca está preparada para perder as concessões que permitem mais testes e mais motores ao longo da temporada
A vitória de Brad Binder no GP da Tchéquia não mudou os planos da KTM para a temporada 2020 da MotoGP. A fábrica austríaca segue de olho em ser presença regular no top-10 e quer ao menos dois de seus pilotos brigando efetivamente entre os cinco primeiros colocados.
Chefe da divisão esportiva da marca de Mattighofen, Pit Beirer explicou que a quer ver a RC16 cada vez mais próxima dos ponteiros.
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“Nossa meta para a temporada segue inalterada: ficar regularmente no top-10 e tentar estar com um ou dois caras realmente lutando pelo top-5. Essa era a meta”, contou Beirer. “Não só um fim de semana e não porque dois ou três caras caíram. Mas porque temos a velocidade. Se conseguirmos isso nas próximas semanas, então teremos colocado o projeto em outro nível. Essa é a meta do momento, não mais pódios”, explicou.
“Tenho dois números que toda a equipe sabe que é o que eu quero saber: a distância na classificação para o primeiro colocado e a distância na corrida para o vencedor em segundos. São para esses dois fatores que olho e não para outras fábricas”, frisou. “Na MotoGP não há uma moto ruim ou um piloto ruim. É o nível mais algo. Todos estão fazendo um esforço tremendo”, ressaltou.
A vitória de Binder colocou a KTM no meio do caminho para perder concessões. O regulamento da MotoGP conta com uma série de permissões que libera o desenvolvimento mais acelerado de novas fábricas ou de construtores que não obtiveram resultados expressivos recentemente.
Essas concessões, porém, estão atreladas aos resultados: vitória vale três pontos; segundo lugar, dois; e terceiro, um. No momento em que uma fábrica chega a seis pontos, ela perde imediatamente o direito de testar ilimitadamente, passando a ter de cumprir os mesmos limites em vigor para as demais marcas. Além disso, para o ano seguinte, os pilotos de teste não podem mais trabalhar em qualquer circuito, tendo a fábrica de indicar três pistas para este tipo de atividade. No caso dos motores, o limite de unidades cai de nove para sete no ano seguinte, também estando sujeitos ao congelamento.
“As concessões, os testes e motores extras são úteis no início do projeto, mas você tem sempre a meta de ficar sem elas. Então estamos preparados para isso”, assegurou. “Ficaria feliz e assinaria imediatamente se me dissesse que sairíamos disso em breve, pois isso significaria mais pódios”, encerrou.
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