LCR Honda exibe motos de 2025 para duo desequilibrado formado por Zarco e Chantra
Satélite da Honda, a LCR foi a última equipe a apresentar as motos para a temporada 2025 da MotoGP. A equipe de Lucio Cecchinello vai contar neste ano com a força comprovada de Johann Zarco e a inexperiência de Somkiat Chantra
A LCR Honda fechou a temporada de apresentações da MotoGP 2025. Neste sábado (8), a equipe de Lucio Cecchinello exibiu as RC213V com que Johann Zarco e Somkiat Chantra vão disputar o campeonato deste ano. Como acontece já há algum tempo, a escuderia sediada em Mônaco mostrou dois layouts distintos, reflexo dos patrocinadores diferentes.
Aproveitando o embalo da chegada de Chantra, o primeiro tailandês a alcançar a MotoGP, a LCR levou a apresentação das motos para Bangcoc, no Honda Safety Riding Park, um centro de pilotagem da marca da asa dourada. Diferente dos demais lançamentos, o do time de Cecchinello não foi descolado do público, que fez fila para ganhar merchandising e tentar contato com os pilotos.
Como de praxe, porém, os lançamentos foram separados. Primeiro, um vídeo gravado exibiu a moto de Zarco, que mantém as cores da Castrol. A base é branca, com detalhes em verde e vermelho. Um desenho muito similar ao do ano passado.
Logo em seguida, a LCR mostrou a moto de Chantra, que igualmente segue o padrão de cores do ano passado, com o fundo branco e detalhes em vermelho.

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Para este ano, a LCR perde uma dose considerável de experiência. Takaaki Nakagami, que passou sete anos com a equipe, se aposentou e assumiu o posto de piloto de desenvolvimento da HRC. Para o lugar dele, veio Chantra, que chega à MotoGP muito mais pela força do passaporte do que propriamente por qualquer dose de talento que demonstrou nas classes de base.
Originalmente, a vaga na LCR é o destino mais provável de Ai Ogura, que fez toda a carreira ligado à Honda. Mas, de surpresa, o campeão de 2024 da Moto2 optou por assinar com a Trackhouse Aprilia e deixou o time de Cecchinello a ver navios. Sem um piloto do Japão em condições de dar o salto para a classe rainha, a posição passou a ser destinada a um piloto asiático. E foi aí que Chantra acabou selecionado.
Nascido em Chon Buri, na costa leste do Golfo da Tailândia, Chantra traz no currículo duas vitórias em seis temporadas de Moto2, além de um total de seis pódios e duas poles. Em termos campeonato, o melhor resultado veio em 2023, quando fechou o Mundial de Pilotos no sexto posto.
Fosse apenas pelos resultados, Chantra possivelmente não teria garantido o salto, mas o peso do passaporte inegavelmente conta para a vaga da LCR, que tem como patrocinador principal de metade da equipe a japonesa Idemitsu. Além disso, o sudeste asiático é um mercado potente para a MotoGP, já que países como Indonésia e Tailândia estão entre os maiores consumidores de motos do mundo.
Do outro lado da garagem, a LCR conta com Zarco, que já passou por marcas como Yamaha, KTM e Ducati e que, ano passado, foi o melhor entre os pilotos da Honda. Mesmo em meio a crise de performance da RC213V, o francês conseguiu dar alguns breves momentos de alegria em 2024.
Assim, a LCR tem um duo desequilibrado em talento e experiência, mas também em carisma, já que o grande trunfo de Chantra e o sorriso aberto e a performance desinibida que mostra sempre que tem uma câmera apontada em sua direção.

Com o discreto crescimento da Honda em termos de performance, a LCR promete ter alguns minutos sob os holofotes na conta de Zarco. Mas, do lado de Chantra, a expectativa mesmo é só por alguns momentos de brilho atrelados 100% ao carisma.
A MotoGP volta às pistas entre os dias 12 e 13 de fevereiro para o segundo teste da pré-temporada, na Tailândia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

