Lorenzo encerra jejum, bate recorde de Jerez e coloca Yamaha na pole. Márquez sai em segundo, com Rossi em quinto

Confirmando o bom ritmo apresentado ao longo de todo o fim de semana, Jorge Lorenzo conquistou a pole-position para o GP da Espanha de MotoGP com direito a recorde. 0s390 mais lento, Marc Márquez sai em segundo, com Andrea Iannone completando a primeira fila

A cobertura completa do GP da Espanha no GRANDE PRÊMIO

Jorge Lorenzo encerrou um longo jejum neste sábado (2). Longe da pole desde o GP de San Marino de 2014, o espanhol conquistou a posição de honra do grid de Jerez de la Frontera com direito a um novo recorde.
 
Apostando em uma estratégia de três ataques — inovação introduzida por Marc Márquez no ano passado —, Lorenzo foi aos boxes da Yamaha duas vezes e cravou 1min37s910 em seu último giro, batendo o #93 por 0s390.
Jorge Lorenzo faturou sua primeira pole desde o GP de San Marino do ano passado (Foto: Yamaha)
Único piloto da primeira fila com direito a usar o pneu macio na traseira, Andrea Iannone virou 0s558 mais lento que Lorenzo e ficou com o terceiro posto.
 
Em um bom fim de semana, Pol Espargaró registrou 1min38s539 e vai abrir a linha seguinte, à frente de Valentino Rossi, que foi 0s722 mais lento que o novo recorde estabelecido por Lorenzo.
 
Aleix Espargaró colocou a Suzuki para fechar a segunda fila do grid, à frente de Cal Crutchlow e Andrea Dovizioso, que vai para seu pior grid no ano. 
 
Yonny Hernández e Bradley Smith aparecem na sequência, com Danilo Petrucci e Scott Redding completando a lista dos 12 primeiros no grid.
 

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Iannone lidera último treino livre em Jerez
 
Com o sol brilhando forte em Jerez de la Frontera na tarde deste sábado (2), a temperatura seguia subindo. Na hora em que os pilotos foram para a pista para o quarto treino livre, os termômetros marcavam 30°C, com o asfalto chegando a 45°C. 
 
Andrea Dovizioso abriu a sessão na ponta, à frente de Jorge Lorenzo, Marc Márquez, Andrea Iannone, Danilo Petrucci e Valentino Rossi.
 
Com quase dez minutos de treino, Márquez sofreu uma queda na curva 1. O acidente não foi nada muito sério, mas o espanhol se preocupou em proteger a mão esquerda, operada no último sábado, após uma fratura sofrida em um treino de dirt-track.
Maverick Viñales (Foto: Suzuki)
Além de soltar a RC213V rapidamente, Marc logo colocou a mão esquerda para cima e depois protegeu a lesão com a mão direita. Ajudado pelos fiscais, Marc tentou fazer a Honda para funcionar, mas teve de voltar de carona para os boxes.
 
Com 1min39s360, Andrea Iannone assumiu a liderança, abrindo 0s224 de vantagem para Lorenzo. Dovizioso tinha o terceiro posto.
 
Depois de transcorrida quase metade da sessão, boa parte dos pilotos foi aos boxes para trabalhar nas motos. Iannone liderava, seguido por Lorenzo, Dovizioso, Márquez, Crutchlow, Petrucci, Pol Espargaró, Rossi, Aleix Espargaró e Hiroshi Aoyama.
 
Responsável pela cirurgia de Márquez, o Dr. Xavier Mir foi aos boxes da Honda para avaliar o piloto, mas o jovem bicampeão escapou ileso do acidente.
 
Restando cerca de 7 minutos para o fim da sessão, Márquez já estava de volta à pista, desta vez calçando a RC213V com um par de pneus duros.
 
Pouco depois, Bradley Smith sofreu uma queda em Jerez, mas não se feriu e voltou imediatamente para os boxes da Tech3. O britânico tinha a 18ª colocação.
 
Com 1min40s385, Maverick Viñales saltou para a nona colocação na tabela, 1s025 mais lento que Iannone, que seguia na liderança da sessão. Aleix Espargaró vinha 0s045 atrás.
 
Ao fim dos 30 minutos de treino livre, ninguém superou a marca de Andrea Iannone, que ficou com o melhor tempo, 0s224 à frente de Lorenzo. Dovizioso aparece em terceiro, à frente de Márquez, Crutchlow, Petrucci, Pol Espargaró, Rossi, Viñales e Aleix Espargaró.
Petrucci e Hernández avançam ao Q2
 
Como determinado pelo resultado combinado dos treinos livres em Jerez, foram para a pista para o Q1: Stefan Bradl, Hiroshi Aoyama, Héctor Barberá, Danilo Petrucci, Alex de Angelis, Karel Abraham, Álvaro Bautista, Maverick Viñales, Marco Melandri, Jack Miller, Eugene Laverty, Mike di Meglio, Yonny Hernández, Nicky Hayden e Loris Baz.
 
Assim que o cronômetro foi acionado, as Aprilia de Bautista e Melandi foram as primeiras a descerem o pit-lane para entrarem na pista. 
 
Hernández foi o primeiro a aparecer no topo da tabela, mas logo foi batido por Petrucci, que virou 0s100 mais rápido. Viñales vinha em terceiro, à frente de Barberá e Laverty.
 
Na sequência, Maverick virou em 1min39s603 e retomou o segundo posto, apenas 0s009 atrás do líder.
 
Na metade da sessão, os pilotos foram para os boxes em busca de novos pneus. Petrucci liderava, à frente de Viñales, Hernández, Barberá, Laverty, Bradl, Aoyama, Baz, Miller e Bautista.
 
Com o relógio cravado em 5 minutos para o fim, os pilotos deixaram os boxes para o ataque final à tabela de tempos. 
Scott Redding (Foto: Marc VDS)
Antes de abrir sua volta, Hernández praticamente estacionou na última curva de Jerez, mas entrou na pista em um ritmo um tanto lento.
 
Na sequência, Bautista anotou 1min39s612 e assumiu o terceiro posto, 0s009 atrás de Viñales, que, por sua vez, tinha 0s009 de atraso para Petrucci.
 
Com 1min39s569, Barberá assumiu a liderança, mas logo tomou 0s319 de Petrucci e caiu para segundo. Viñales, por sua vez, errou a última freada e escapou da pista, prejudicando suas chances de passar para a fase seguinte.
 
Com 1min39s427, Hernández saltou para o segundo posto, 0s177 atrás do companheiro de Pramac. Barberá era o terceiro, à frente de Viñales.
 
Assim, Petrucci e Hernández passaram para a fase seguinte, com Barberá assegurando o 13º posto do grid. Viñales larga logo atrás, seguido por Bautista, Aoyama, Laverty, Hayden, Bradl, Abraham, Baz, Miller, Di Meglio, De Angelis e Melandri.
Lorenzo bate recorde e fica com a pole em Jerez
 
Mais rápidos no Q1, Petrucci e Hernández se juntaram a Dovizioso, Iannone, Crutchlow, Smith, Pol e Aleix Espargaró, Redding, Rossi, Márquez e Lorenzo na fase final da classificação.
 
Absolutamente em forma neste fim de semana, Lorenzo foi o primeiro a deixar os boxes para iniciar o Q2. Os demais saíram todos na sequência, com Márquez sendo o último a deixar a garagem.
 
Em seu primeiro giro, Lorenzo cravou 1min38s497 e se instalou na ponta. Iannone assumiu o segundo posto, à frente de Crutchlow e Rossi. Ainda em sua primeira volta rápida, Pol Espargaró tomou o segundo posto, 0s042 atrás de Jorge.
Marc Márquez garantiu vaga na primeira fila sem analgésicos (Foto: Honda)
Com 1min38s574, Márquez apareceu em terceiro, à frente de Iannone, Crutchlow, Aleix, Rossi, Dovizioso, Smith, Petrucci, Redding e Hernández.
 
Passados os primeiros cinco minutos, Lorenzo, Iannone, Crutchlow, Rossi, Petrucci e Hernández partiram para os boxes.
 
Apesar de ter entrado cedo, Lorenzo não trocou de moto, apenas mudou o pneu de sua YZR-M1. A moto número dois, no entanto, estava pronta nos boxes para uma tentativa final.
 
A ideia de trocar de moto no Q2 surgiu com Márquez no ano passado, na mesma pista de Jerez, e foi usada pela última vez na Argentina, com o próprio Marc e Aleix Espargaró.
 
De volta à pista após uma rápida passagem pelos boxes da Yamaha, Rossi vinha em um ótimo ritmo, mas perdeu demais na última parcial e apenas conseguiu subir para a sexta posição.
 
Lorenzo, por outro lado, bateu 1min38s243 e levou sua margem na liderança para 0s296 em relação a Pol Espargaró, que tinha o segundo tempo. Márquez vinha em terceiro e não faria duas trocas de pneus.
 
Numa estratégia de três ataques, Rossi foi o primeiro a entrar nos boxes, sendo seguido por Lorenzo, Crutchlow e Aleix Espargaró.
 
Enquanto isso, Iannone registrou 1min38s468 e assumiu o segundo posto, 0s225 atrás de Jorge.
 
Rossi, que tinha saído com a moto reserva, voltou para as boxes para encontrar a titular prontinha, mas pediu para que os mecânicos trocassem o pneu da moto #2 para voltar para a pista para o ataque final.
 
Em seu sexto giro na sessão, Márquez anotou 1min38s300 e assumiu a segunda colocação, 0s057 atrás de Lorenzo. Iannone caiu para terceiro, à frente de Iannone, Pol Espargaró, Crutchlow e Rossi.
 
Com pouco mais de um minuto para o fim, Pol Espargaró abriu um ótimo giro, mas estragou a volta a terceira parcial e não conseguiu melhorar seu registro.
 
Com a bandeira quadriculada tremulando em Jerez, Aleix Espargaró subiu para quinto, 0s395 atrás de Lorenzo. Pol, por sua vez, fechou em quarto, com Crutchlow em sexto.
 
Rossi passou em 1min38s632 e ficou com a quinta colocação, 0s722 atrás de Lorenzo, que tinha acabado de romper a barreira de 1min37s.
 

MotoGP, GP da Espanha, Jerez de la Frontera, Grid de largada:

 
1
99
JORGE LORENZO
ESP
YAMAHA
1:37.910
 
2
93
MARC MÁRQUEZ
ESP
HONDA
1:38.300
+0.390
3
29
ANDREA IANNONE
ITA
 DUCATI
1:38.468
+0.558
4
44
POL ESPARGARÓ
ESP
TECH3 YAMAHA
1:38.539
+0.629
5
46
VALENTINO ROSSI
ITA
YAMAHA
1:38.632
+0.722
6
41
ALEIX ESPARGARÓ
ESP
SUZUKI
1:38.638
+0.728
7
35
CAL CRUTCHLOW
ING
LCR HONDA
1:38.714
+0.804
8
4
ANDREA DOVIZIOSO
ITA
DUCATI
1:38.823
+0.913
9
68
YONNY HERNÁNDEZ
COL
PRAMAC DUCATI
1:39.464
+1.554
10
38
BRADLEY SMITH
ING
TECH3 YAMAHA
1:39.491
+1.581
11
9
DANILO PETRUCCI
ITA
PRAMAC DUCATI
1:39.789
+1.879
12
45
SCOTT REDDING
ING
MARC VDS HONDA
1:39.825
+1.915
13
8
HECTOR BARBERÁ
ESP
AVINTIA DUCATI
1:39.569
+1.659
14
25
MAVERICK VIÑALES
ESP
SUZUKI
1:39.603
+1.693
15
19
ÁLVARO BAUTISTA
ESP
APRILIA GRESINI
1:39.612
+1.702
16
7
HIROSHI AOYAMA
JAP
HRC TEST TEAM
1:39.866
+1.956
17
50
EUGENE LAVERTY
IRN
ASPAR HONDA
1:39.974
+2.064
18
69
NICKY HAYDEN
EUA
ASPAR HONDA
1:40.025
+2.115
19
6
STEFAN BRADL
ALE
FORWARD YAMAHA
1:40.166
+2.256
20
17
KAREL ABRAHAM
TCH
AB HONDA
1:40.177
+2.267
21
76
LORIS BAZ
FRA
FORWARD YAMAHA
1:40.280
+2.370
22
43
JACK MILLER
AUS
LCR HONDA
1:40.365
+2.455
23
63
MIKE DI MEGLIO
FRA
AVINTIA DUCATI
1:40.817
+2.907
24
15
ALEX DE ANGELIS
RSM
IODA ART
1:41.108
+3.198
25
33
MARCO MELANDRI
ITA
APRILIA GRESINI
1:41.273
+3.363
 
 
 
 
 
 
 
RECORDE
JORGE LORENZO
ESP
YAMAHA
1:39.565
159.9 km/h
MELHOR VOLTA
JORGE LORENZO
ESP
YAMAHA
1:37.910
162.6 km/h
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condições do tempo
 
PISTA SECA
 
ar: 31ºC | pista: 48ºC

FOI HORRÍVEL

Há exatos 21 anos, o acidente fatal de Ayrton Senna na curva Tamburello, no circuito de Ímola, na Itália, chocava o Brasil e o mundo do esporte. O tricampeão do mundo, à época defendendo a Williams #2, morreu no auge quando buscava quebrar os recordes do pentacampeão Juan Manuel Fangio, o então maior dono de títulos da história da F1. Mais de duas décadas depois do momento que marcou — e mudou — a categoria, Bernie Ecclestone, dirigente máximo da F1, falou sobre o tema e relembrou seu carinho e, principalmente, dos fãs do esporte em relação ao piloto brasileiro

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