Lorenzo vê Le Mans como ponto de virada na relação com Ducati e admite que procurou Honda: “Eu fiz essa abordagem”

Jorge Lorenzo admitiu que foi ele quem procurou a Honda em busca de um lugar para 2019. O #99 contou que percebeu depois da corrida em Le Mans a intenção da Ducati de dispensá-lo e, a partir de então, passou a buscar alternativas. 

 

Anunciado no último dia 6 de junho, o acordo entre Lorenzo e Honda pegou o paddock do Mundial e a imprensa de surpresa, já que os rumores mais fortes eram de um retorno à Yamaha com uma equipe satélite.

 

Falando à imprensa nesta quinta-feira (14) em Montmeló, Lorenzo classificou como “fácil” guardar o segredo da mudança e explicou: “É só não contar para ninguém”. 

O piloto de Palma de Maiorca reforçou que seu objetivo era seguir com a Ducati, mas, depois do GP da França, percebeu que a fábrica de Bolonha não tinha o mesmo interesse.

 

“A minha meta e a minha primeira prioridade, como vocês sabem e como eu sempre disse, era fica na Ducati e terminar o que eu comecei”, frisou. “Mas foi em Le Mans que eu percebi que, talvez, a Ducati quisesse me trocar ou planejasse colocar outro piloto, então começamos a planejar outro caminho para o meu futuro. Mas, até Le Mans, eu queria vencer corridas com a Ducati e, se possível, o campeonato”, continuou. 

 

“Eu venci uma corrida, o campeonato não é impossível, mas no próximo ano, como vocês sabem, eu estarei competindo com outra fábrica”, resumiu.

 

Questionado sobre como esse acordo com a Honda aconteceu, Lorenzo admitiu que foi ele quem se ofereceu para o time de asa dourada.

 

“Como eu disse antes, até Le Mans eu só queria e pensava que continuaríamos juntos, mas depois de Le Mans, vendo de fora, a minha sensação era de que a probabilidade de que a Ducati quisesse trocar de pilotos era enorme, então, junto com o meu empresário, Albert [Valera], nós começamos a pensar em alguns projetos”, relatou. “Tenho de dizer que eu fiz essa abordagem. Eu fiz a ligação”, concluiu.

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