Marc Márquez detalha recuperação e diz que está “cada vez mais próximo” de pilotar

Em um vídeo divulgado pela Honda, Marc Márquez contou que foi uma vitória poder escovar os dentes com a mão direita. O hexacampeão admitiu ansiedade de voltar a pilotar, mas destacou que seguirá fazendo as coisas com calma

Marc Márquez acredita que está mais e mais próximo de voltar a pilotar. O piloto da Honda detalhou o processo de recuperação, mas ressaltou que vai seguir as orientações médicas e voltar a subir em uma moto apenas quando estiver pronto para isso.

O hexacampeão está afastado da MotoGP desde julho do ano passado, quando caiu ainda na primeira etapa da temporada e quebrou o braço direito. Desde então, o espanhol de Cervera passou por três cirurgias e ainda não tem data para voltar, embora já tenha aparecido na lista de inscritos para o GP do Catar, etapa que abre o campeonato deste ano.

“Hoje, as sensações são boas”, disse Márquez. “Faz pouco tempo que começamos a trabalhar com a força, mas a progressão é ascendente, o que é muito importante. Fomos com muita prudência e precaução, dando passinhos pequenos, e acho que estamos em um bom caminho, embora ainda tenhamos outros passos para dar. Estou muito contente e otimista, pois vejo que estou cada vez melhor e que a evolução é boa”, seguiu.

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Marc Márquez faz duas sessões de fisioterapia por dia (Foto: Repsol)


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O irmão de Álex contou que voltar a fazer as atividades do dia a dia já foi um sinal de avanço, ainda que tenha exigido algum esforço no início.

“Fisicamente, dá para notar melhorias em coisas simples como tomar banho, lavar a cabeça e escovar os dentes, abrir e fechar uma porta… Aí, na academia, os pesos vão aumentando e a mobilidade é cada vez melhor, mas conseguir escovar os dentes pela primeira vez com a mão direita já foi uma vitória”, comentou Marc. “Isso foi uma das coisas que mais me custou. Uma vez, o médico tirou a imobilização e eu podia usar a mão direita como antes. Com os gestos do dia a dia, eu precisava me esforçar e as coisas não saiam, ficava com a mão grudada no corpo. Tudo isso foi também um exercício mental, de tentar se esforça e pensar durante as primeiras semanas que precisava usar a direita e voltar à normalidade”, contou.

“Agora as coisas estão indo muito bem. Estou cada vez melhor na academia e a diferença entre o braço esquerdo e o direito é muito menor. Fisicamente, estou no ponto em nível de cárdio e tórax, que é o mais importante. Agora estou esperando que o médico me dê alta em nível ósseo e que muscularmente eu me sinta bem para pegar uma moto, mas me sinto cada vez mais próximo”, relatou.

O titular da Honda detalhou a intensa rotina de reabilitação e reconheceu que o mais difícil é não voltar a fazer as coisas quando sente que é capaz de fazer.

“Eu acordo às 8h e, das 9 às 11h, fazemos a primeira sessão de fisioterapia e academia. Depois, como alguma coisa e vem a parte de treinamento aeróbico, que pode ser bicicleta ou correr até o meio dia. Aí como, tiro um cochilo rápido e, das 16 às 18h, faço a segunda sessão de fisioterapia e academia, nas qual trabalhamos músculos mais específicos para a moto. Aí janto e, das 19 às 21h, é meu tempo livre”, detalhou.

“Esta é a parte mais difícil, porque você vê como está e pensa que já poderia, mas é quando você precisa estar mais calmo. Fisicamente, você começa a se ver preparado, mas sei que é melhor fazer as coisas pouco a pouco. Quando me derem alta, gostaria de poder pilotar uma moto de novo antes de uma MotoGP para ver como estou. Aí voltarei o mais cedo possível, mas sempre quando estiver pronto e com força e capacidade suficientes”, frisou.

Ainda, Márquez explicou que antes de voltar a subir em uma MotoGP, quer testar motos menores para ver como se sente.

“O plano é tentar subir primeiro em uma moto menor para treinar em circuitos menores. Se estiver bem, no dia seguinte já vou tentar pegar uma moto maior, como uma CBR 1000 de rua, mas voltar a entrar em um circuito maior e sentir a velocidade de 300 km/h para voltar ao meu estilo de vida pouco a pouco”, falou.

Por fim, Marc reconheceu que gostaria de testar nos testes da pré-temporada, mas apostou no bom trabalho da Honda.

“Logicamente, eu gostaria de estar desde o início, porque os primeiros treinos da temporada são os mais importantes, porque você vem de um inverno parado, tem de voltar a ser rápido na moto, entendê-la, encontrar outra vez a sensação da velocidade. Eu teria gostado de estar lá, porque também têm todas as coisas novas, as peças novas que a Honda traz, em que trabalhou ao longo do inverno. Mas sei que estão fazendo um grande trabalho, sei que me esperam de braços abertos. E eu estou com vontade de voltar o mais cedo possível”, concluiu.

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