Michelin põe incorporação de categorias como entrave para seguir na MotoGP

Chefe da Michelin, Piero Taramasso explicou que a saída da marca da MotoGP é resultado do desejo da Dorna Sports, promotora do campeonato, de ter um único fornecedor atendendo todas as classes sob o guarda-chuvas dela

Chefe da Michelin, Piero Taramasso explicou que a não renovação do contrato de fornecimento de pneus para a MotoGP é reflexo do desejo da Dorna Sports, promotora do Mundial de Motovelocidade, de padronizar os calçados em todas as séries promovidas por ela.

A Dorna anunciou nesta quinta-feira (6) que a Pirelli vai assumir MotoGP e MotoE a partir de 2027. A empresa italiana já atendia Moto3 e Moto2 e, assim, todas as classes terão os mesmos calçados.

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Ainda que o comunicado oficial não inclua as categorias escola, Taramasso apontou que a negociação com a Dorna para renovar o contrato também envolvia atender Talent Cup e as classes da Road to MotoGP, como a Red Bull Rookies Cup, por exemplo.

“Depois de vários meses de discussões em relação à extensão do contrato da Michelin na MotoGP após a temporada 2026, a Dorna Sports decidiu selecionar um único fornecedor de pneus para MotoGP, Moto2, Moto3 e MotoE, assim como as classes anexas da Talent Cup da Ásia e da Road to MotoGP”, disse a Michelin. “Infelizmente, essa configuração não era uma opção para a Michelin, que sempre priorizou a MotoGP e a MotoE”, seguiu.

Michelin vai se despedir da MotoGP no fim de 2026 (Foto: Michelin)

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Taramasso explicou a importância da MotoGP para a Michelin como um campo de testes e destacou que a MotoE foi instrumental no campo do desenvolvimento sustentável de pneus.

“A MotoGP representa o pináculo do motociclismo e serve para nós como um importante campo de testes para todas as inovações tecnológicas. É uma plataforma onde a Michelin pode desenvolver expertise, reunir dados e estabelecer recordes em cooperação com fábricas e os melhores pilotos do mundo”, declarou. “Na MotoE, a Michelin está expandindo as barreiras tecnológicas e estabelecendo novos padrões ao incorporar mais de 50% de materiais renováveis e recicláveis nos pneus, ao mesmo tempo em que melhora constantemente a performance”, acrescentou.

“Respeitamos a decisão da Dorna e seguimos totalmente comprometidos com o nosso papel de fornecedor exclusivo de pneus da MotoGP e da MotoE para 2025 e 2026 e vamos continuar trabalhando de perto com todos os nossos parceiros”, encerrou.

MotoGP volta a acelerar entre 14 a 16 de março, para o retorno do GP da Argentina, em Termas de Río Hondo, com a segunda etapa da temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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