Michelin nega problema de pneu em queda de Martín na Malásia: “Evidência não indica”
Depois de a Aprilia insinuar que a queda de Jorge Martín teria sido causada por uma falha de pneus, Piero Taramasso garantiu que o composto não apresentou falhas. Ainda assim, a Michelin atendeu o desejo de Massimo Rivola e confirmou que o pneu usado pelo espanhol foi fabricado há mais de seis meses
A temporada 2025 da MotoGP mal começou, mas a polêmica já está instalada. Depois de a Aprilia insinuar que a queda de Jorge Martín no primeiro dia do teste da Malásia foi resultante de um problema com o pneu, a Michelin tratou de rebater e garantir que não é isso que mostram as evidências.
Martín caiu duas vezes ao longo das 13 voltas que completou na quarta-feira (5), mas, o segundo tombo, sofreu fraturas na mão e no pé e teve de abandonar o teste. O espanhol vai precisar de cirurgia e ainda não tem data para voltar à RS-GP.
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Ainda na quarta-feira, Massimo Rivola, diretor-executivo da Aprilia, afirmou que a queda não foi causada por falha da moto e nem tampouco por um erro do piloto. “Aparentemente, aconteceu por razão nenhuma”, sugeriu.
A equipe de Noale, contudo, cobrou uma resposta da Michelin sobre a idade do pneu usado por Martín no momento da equipe. Rivola já tinha apontado que os dois tombos aconteceram com o mesmo calçado assimétrico.

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“A única coisa que pedi a Michelin foi a história do composto [traseiro]”, disse Rivola. “Não gostaria de saber que ele ficou guardado por 11 meses”, disparou.
Chefe da Michelin, Piero Taramasso reconheceu que o pneu foi fabricado no ano passado, mas descartou um problema com a peça.
“A borracha foi produzida em Clermont Ferrand [França] pouco antes do GP dos Países Baixos [disputado em 30 de junho]”, explicou Taramasso. “Ele foi levado para Assen, mas não foi usado. Ele foi guardado e trazido para cá para o teste”, continuou.
“Durante todo este tempo, ficou em um container com temperatura controlada. A evidência não indica nenhum problema”, frisou.
Na visão de Taramasso, a queda pode ter acontecido por causa da temperatura ambiente mais baixa do que o normal para a época.
“Talvez tenha sido a temperatura, que estava mais baixa que o normal, que influenciou o fato de que o pneu ainda estava frio”, indicou. “Jorge é um daqueles pilotos que, se tivesse notado algo diferente, teria pedido imediatamente uma troca de pneu, mas ele seguiu adiante e fez 13 voltas”, completou.
A MotoGP faz o primeiro teste da pré-temporada 2025 entre os dias 5 e 7 de fevereiro, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

