Michelin vê paradoxo e diz que equipes “terão de começar do zero” na volta à Argentina
Chefe da Michelin, Piero Taramasso apontou que, apesar de o asfalto de Termas de Río Hondo ser bem agressivo com os pneus, o pouco usa da pista faz com que a aderência seja baixa
Chefe da Michelin, Piero Taramasso acredita que as equipes terão de começar do zero na Argentina após a ausência da corrida no calendário do ano passado. O dirigente apontou para um “significativo progresso” de motos e pneus e lembrou que o asfalto, apesar de agressivo, tem pouca aderência.
A Argentina ficou de fora da programação em 2024 por causa de dificuldades financeiras, mas agora está de volta para o que pode ser a despedida de Termas de Río Hondo, já que a MotoGP avalia a possibilidade de transferir a etapa para Buenos Aires, onde o circuito passa por uma reforma.
“Este circuito é um lugar único na temporada, com um asfalto que é bem agressivo com os pneus, mas que, paradoxalmente, oferece baixa aderência por causa do uso infrequente das instalações”, disse Taramasso. “Já que faz dois anos desde a última vez que corremos aqui, nossos parceiros terão de começar do zero na hora de acertar as motos, especialmente considerando o significativo progresso feito desde a nossa última visita”, seguiu.
Taramasso apontou que, para o fim de semana, os pilotos terão disponíveis pneus dianteiros e traseiros em configuração simétrica, ainda que a pista tenha maior número de curvas para a direita. Apenas os pneus de chuva terão opção assimétrica, com os traseiros reforçados do lado direito.

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“Confiamos em nossa base de dados para determinar a alocação de pneus mais adequada, com compostos similares àqueles usados em 2023 para a dianteira”, apontou. “Em relação à traseira, selecionamos um pneu macio que é próximo ao composto do ano passado, junto com uma opção média que é um pouco mais macia para atender às necessidades dos nossos parceiros”, acrescentou.
“Tanto a dianteira quanto a traseira serão simétricos, apesar do desequilíbrio no número de curvas — cinco esquerdas e nove direitas”, frisou. “O primeiro dia de treinos será, sem dúvidas, crucial para a performance do fim de semana, mas, como sempre, estaremos lá para apoiar os nossos parceiros”, encerrou.
A MotoGP volta a acelerar entre 14 a 16 de março, para o retorno do GP da Argentina, em Termas de Río Hondo, com a segunda etapa da temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

