Oliveira culpa curto circuito na moto da Aprilia por queda na Indonésia que causou fratura

Mais de dois meses após a queda no treino livre 1 do GP da Indonésia, Miguel Oliveira revelou que o tombo foi causado por um curto circuito na centralinha da Aprilia. Português lamentou que apesar do tempo curto de recuperação, tenha perdido muitas corridas

Mais de dois meses após fraturar o punho em um acidente no treino livre 1 do GP da Indonésia de MotoGP, Miguel Oliveira revelou que a queda foi causada por uma falha na moto. O português explicou que foi ejetado a Aprilia RS-GP da Trackhouse após um curto circuito na centralina o deixar sem nenhum controle eletrônico.

Miguel caiu no início dos trabalhos em Mandalika e teve múltiplas fraturas no punho direito. O piloto voltou a Portugal para operar, mas acabou de fora de cinco etapas e retornou apenas para o encerramento do campeonato, no GP Solidário de Barcelona.

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Com tantas ausências, Oliveira fechou o ano só em 15º no Mundial de Pilotos, com 75 pontos, 433 a menos do que o campeão Jorge Martín. E foi assim que o #88 se despediu das motos da Aprilia, já que, após dois anos — primeiro com a hoje extinta RNF e, depois, com a Trackhouse —, vai correr com as motos Yamaha da Pramac a partir de 2025.

“Foram dois anos em que passei muitas dificuldades, tanto técnicas quanto físicas, por causa das lesões”, disse Oliveira. “Nunca conseguimos alcançar aquilo que traçamos como objetivo. Foram dois anos difíceis na minha carreira na MotoGP, mas acho que isso, no fim, me fará um piloto mais completo e forte”, opinou.

Miguel Oliveira se machucou após falha na moto (Foto: Trackhouse)

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“Consegui me adaptar a uma moto que era muito diferente do que eu estava acostumado e também deu passos à frente com o meu estilo de pilotagem, então acho que é algo que vai me servir para o futuro”, ponderou.

No total, Oliveira esteve em apenas 15 dos 20 GPs da temporada 2024. E o melhor resultado do ano foi em Sachsenring, com um segundo lugar na sprint e um sexto no GP.

“Na Alemanha, talvez tenhamos tido nosso melhor fim de semana, porque conseguimos subir no pódio da sprint no sábado e depois, no domingo, fizemos uma corrida muito competitiva”, avaliou. “Nossa moto foi a primeira não Ducati, então também fiquei muito contente com isso”, comentou.

A Indonésia, por outro lado, marcou o pior momento da temporada, já que uma queda no treino livre 1 resultou em uma fratura no punho que deixou o piloto de Pragal fora de combate até a última etapa do ano.

“A recuperação se manteve dentro do estabelecido, são pelo menos seis semanas. O que aconteceu é que eu perdi cinco corridas muito seguidas. Parecia muito tempo, mas, na verdade, foi curto. O que acontece é que vi muitas corridas no sofá da minha casa”, indicou.

Apenas dois meses e meio após o acidente, surge a explicação para o que, na época, Davide Brivio, chefe da Trackhouse, definiu como uma “queda estranha”.

“A queda aconteceu por azar. Teve um curto circuito na centralina, o que me fez perder todos os controles eletrônicos da moto, e acabei sendo arremessado por cima do guidão”, relatou. “Quando você cai assim, não se machucar é uma questão de sorte. É um tipo de queda muito particular. Se você toca o guidão ou na hora de aterrissar no asfalto, pode ter azar. Mas consegui voltar logo para casa e operar, e tudo correu bem. Agora estou completamente recuperado”, frisou.

MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de fevereiro de 2025 para os primeiros testes de pré-temporada, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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