MotoGP abre fim de semana na Malásia em alta: Suzuki, Ducati, Honda e Yamaha separadas por 0s1

O primeiro dia de treinos da MotoGP terminou com as quatro principais fábricas do certame separadas por apenas 0s159. Com 1min59s608, Álex Rins registrou o melhor tempo desta sexta-feira (2), seguido por Andrea Dovizioso, Marc Márquez e Valentino Rossi

O primeiro dia de treinos da MotoGP em Sepang foi marcado pela proximidade entre as fábricas. Após 90 minutos de treinos livres, Suzuki, Ducati, Honda e Yamaha fecharam a sexta-feira (2) separadas por apenas 0s159.
 
Com o calor reinando apesar das nuvens no céu, Álex Rins estabeleceu a marca de 1min59s608 com a melhor desta sexta e garantiu a liderança da MotoGP com 0s089 de vantagem para Andrea Dovizioso, que não conseguiu melhorar na parte da tarde o registro que tinha feito pela manhã.
 
Brincando com os limites em Sepang, Marc Márquez salvou quatro quedas só na parte da tarde e fechou o dia com o terceiro tempo, 0s093 mais lento que Rins. Completando o mix de marcas no topo da tabela, Valentino Rossi ― também como tempo do TL1 ― ficou com quanto, 0s159 atrás do #42.
Álex Rins liderou o primeiro dia na Malásia (Foto: Suzuki)
Depois de uma quinta-feira marcada pelas imagens de uma das duas GSX-RR de Rins pegando fogo no pit-lane malaio, o espanhol não soube dar detalhes da extensão dos danos, mas contou que fez seu melhor tempo com a moto incendiada.
 
“É a mesma moto que incendiou”, contou Álex. “Querendo ou não, isso passa pela cabeça e eu pensei nisso quando fui para a pista”, relatou. 
 
“Sinceramente, não sei o que aconteceu, perdemos alguma coisa, mas o motor, o chassi, praticamente são os mesmos”, apontou. “Mas a verdade é que eu me assustei, pois o meu mecânico estava em cima da moto quando ela pegou fogo. Felizmente, tudo não passou de um susto”, comentou.
 
Passado o revés inicial, Rins celebrou a performance neste primeiro dia. Sexto colocado na bateria malaia de testes da pré-temporada, o #42 contou que esperava ser competitivo, ainda que tenha tido dúvidas em relação ao acerto da moto.
“A verdade é que eu estou muito feliz coma maneira como correu o dia”, afirmou. “Nos testes da pré-temporada, nós fomos rápidos aqui, então não podia ir mal. Nós mudamos muito a moto desde então e estava em dúvida se o acerto seria o adequado, mas acertamos rápido e foi muito bem”, seguiu.
 
Álex, no entanto, sabe bem o que ainda precisa evoluir: “Temos de melhorar nas freadas. No ritmo, também temos de melhorar. Ainda não temos a moto em 100%, mas estamos contentes”.
 
Só 0s08 atrás do piloto da Suzuki, Dovizioso fez uma avaliação bem positiva do dia da Ducati nas cercanias de Kualu Lumpur.
 
“Hoje foi muito bem, especialmente de tarde”, declarou Andrea. “Já tínhamos feito um bom tempo nesta tarde e sabíamos que podíamos ficar entre os dez. No TL2, nos concentramos na corrida e tentamos dois acertos. Foi um dia produtivo e nós conseguimos melhorar a moto. O ritmo é muito rápido, estou muito feliz”, sublinhou.
 
O companheiro de Jorge Lorenzo avaliou, no entanto, que seria um erro rotular a Ducati como uma moto muito forte em Sepang, já que as últimas vitórias foram conquistadas com chuva.
Marc Márquez evitou algumas quedas nesta sexta (Foto: Repsol)
“Estamos cometendo o erro de nos considerarmos muito rápidos aqui na Malásia, mas nós nunca vencemos no seco e nunca fomos muito competitivos”, ponderou. “Nos últimos dois anos, nós vencemos no molhado, enquanto que no inverno nós tivemos um balanceamento e um acerto da moto completamente do de agora. Por isso, é importante entender o nosso desempenho. Está indo melhor do que nos testes de inverno, isso mostra que nós melhoramos e que somos muito rápidos no seco. Vamos seguir trabalhando com o pneu macio na traseira, pois parece que ele está se comportando muito bem”, opinuou.
 
Terceiro na tabela, Márquez frisou que o alto número de salvadas é uma evidência de que as coisas não estão no lugar para a Honda. 
 
“Vimos na TV: quatro sustos em uma sessão, um recorde. Essas salvadas significam que não estamos no lugar”, apontou Marc. “De manhã, eu me senti melhor do que de tarde. Nós colocamos o pneu duro na frente e, com certeza, não tinha temperatura suficiente. Quando coloquei o pneu mais macio, fomos melhor. O objetivo para amanhã é tratar de não forçar tanto a roda dianteira, porque todas essas salvadas foram porque eu travo a frente”, explicou.
 
Em um primeiro dia onde as equipes andaram tão próximas, Márquez apontou Dovizioso como o dono do melhor ritmo, mas exaltou a evolução da Suzuki nesta reta final da temporada e a melhora da Yamaha desde o GP da Tailândia. 
 
“Dovizioso é mais rápido que os demais. Não me surpreende que a Suzuki vá tão rápido. A Suzuki está pronta para brigar pelo título. Desde Aragão, eles estão rodando muito bem”, elogiou. “A Suzuki vira muito bem na metade da curva. Pode ser que seu ponto menos forte seja a falta de velocidade máxima, mas a dirigibilidade dá muita tração. O bonito da MotoGP é que quatro marcar podem lutar pelo título”, comentou.
 
“A Yamaha deu um passo à frente desde a Tailândia”, opinou. “Este é um dos circuitos que temos marcados no calendário como esses em que podemos sofrer. Por isso, acho que o objetivo é o pódio”, resumiu.
 
Quarto na tabela, Rossi preferiu a cautela, mesmo notando certa evolução da Yamaha.
 
“Foi um bom dia, porque fui rápido tanto de manhã quando de tarde”, disse Valentino. “Ainda é muito cedo para saber se demos um passo à frente em relação às últimas corridas. Vamos ver no domingo depois de 20 voltas. As condições são muito diferentes das da Austrália. Lá nós trabalhamos muito depois da corrida, analisando os dados”, indicou.
 
O #46 explicou, porém, que a mudança na performance da moto é fruto do acerto da M1 e não de outros componentes.
 
“É uma questão de acerto, a moto é a mesma que na Austrália e, de fato, não teremos nada novo daqui até Valência”, contou.

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