MotoGP acerta ao ir para perto do público em lançamento da temporada 2025 na Tailândia

Evento deste domingo (9) reuniu quase todos os pilotos do grid — exceto os recém-lesionados — em Bangcoc para apresentar a temporada 2025. Em um mercado vital para a indústria, o Mundial colocou os protótipos na rua e levou os pilotos para mais perto dos fãs

A MotoGP acertou a mão com o evento de apresentação da temporada 2025. Além de desfilar com os protótipos pela rua, o Mundial de Motovelocidade aproximou dos fãs aqueles que são os donos do espetáculo: os pilotos.

No ano passado, quando o evento foi anunciado, algumas pessoas torceram o nariz. Uns temiam por um espetáculo que se convertesse no suprassumo da breguice. Outros simplesmente são mais resistentes à mudança.

No caso desse primeiro lançamento, o acerto inicial foi a escolha do local: a Tailândia. Ao invés de ficar enclausurada na Europa, onde disputa a maioria das corridas da temporada, a MotoGP levou o espetáculo a um dos maiores mercados consumidores de moto do mundo — para a alegria das fábricas — e para um país cuja paixão pelo esporte é sempre um destaque.

Além disso, a MotoGP manteve aquele hábito de se misturar à cultura local. O primeiro passo foi reunir motos e pilotos no Templo de Mármore, um importante ponto turístico de Bangcoc. Mais do que resultar em lindas fotos, a visita permitiu que os turistas ali presentes vissem de perto os protótipos e os competidores.

MotoGP levou pilotos para perto do público. E de graça (Foto: Divulgação/MotoGP)

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Depois, no caminho entre o templo e One Bangkok, onde o show principal aconteceu, as motos percorreram as ruas da cidade, mas imersas no ambiente tailandês. Nada de caminhões fechados e motos cobertas. As máquinas foram colocadas em carretinhas puxados pelos tradicionais tuk-tuks, que estavam decorados com as cores de cada uma das equipes.

Já no palco, até os chefes de equipe entraram na onda. Mesmo que nem todos sejam potinhos de carisma, eles deram conta do recado de fazer um esquenta para o que vinha a seguir.

Quando chegou a vez de os pilotos aparecerem, foram as motos de rua que surgiram como carruagens. Com o máximo de público permitido — o evento era 100% gratuito —, os pilotos deram uma volta pelo quarteirão, passando entre os espectadores e, quando desmontaram, aproveitaram para distribuir fotos e autógrafos.

Nem tudo, porém, deu certo. Algumas motos apresentaram problemas. Joan Mir precisou de uma carona de Luca Marini, já que a moto não pegou logo de cara. Enea Bastianini, por sua vez, passou um tempão desaparecido após a máquina parar no meio do caminho. Marc Márquez precisou exibir o vigor da forma física já que, após alguns zerinhos e burnouts, viu a moto apagar. A corrida perto das pessoas, contudo, agitou o público.

Sempre espirituoso, Jack Miller não perdeu a piada. Quando foi a vez de o australiano subir ao palco — antes da entrada das Ducati, aliás —, o piloto da Pramac pediu o replay de um zerinho que tinha feito e, ao fim das imagens, brincou: “Essa pelo menos chegou até a linha de chegada, diferente de Honda e KTM”.

No palco, apresentadores locais anunciavam e conversavam com os pilotos. Os três lesionados Jorge Martín, Raúl Fernández e Fabio Di Giannantonio apareceram em vídeos gravados para cumprimentar o público e convidar para o GP da Tailândia no fim do mês.

A única dificuldade talvez tenha sido a questão do idioma. O evento foi majoritariamente feito em inglês, o que dificultava a compreensão de parte do público presente em Bangcoc. Mas os apresentadores foram atenciosos ao usar a língua local para explicar ou aquecer a torcida.

Um dos destaques do evento foi o fato de todas as fábricas terem ligado uma das motos para que, sob o controle dos pilotos, o público pudesse se deliciar com o ronco dos motores.

Confira as fotos da apresentação da MotoGP na galeria do GRANDE PRÊMIO (Foto: Divulgação/MotoGP)

Nada disso, porém, teria efeito se os pilotos, que são os legítimos donos do espetáculo, não tivessem comprado a ideia. Eles entendem o esforço da MotoGP em levar o esporte mais longe, em popularizar a categoria e, assim, distribuíram sorrisos, posaram para fotos, arremessaram merchandising e ficaram perto do público o máximo que puderam.

Nem todos com a mesma desenvoltura, é verdade. Mas todos estavam ali presentes para conquistar o público. Ao que parece, funcionou.

MotoGP volta às pistas entre os dias 12 e 13 de fevereiro para o segundo teste da pré-temporada, na Tailândia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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