Na Garagem: Ducati apresenta em Mugello moto para estrear na MotoGP em 2003

Em 30 de maio de 2002, a casa de Borgo Panigale apresentou ao mundo o ‘Projeto Desmosedici’, um investimento de € 30 milhões que marcou a entrada da marca no mundo da MotoGP. De lá para cá, os italianos acumulam um título no Mundial de Pilotos, 162 pódios e 63 vitórias

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HÁ 20 ANOS, A DUCATI APRESENTAVA AO MUNDO O PROJETO DESMOSEDICI, A MOTO COM QUE FARIA A ESTREIA NA MOTOGP, NA TEMPORADA 2003. Em 30 de maio de 2002, a montadora de Bolonha reuniu convidados para uma coletiva de imprensa no circuito de Mugello durante o fim de semana do GP da Itália para revelar um protótipo 989cc, com motor de quatro cilindros em L.

Até então, a casa de Borgo Panigale tinha feito apenas aparições esporádicas na classe rainha, ainda nos anos 1970. Em 71, a Ducati disputou o GP das Nações de 500cc, em Monza, quando Phil Read terminou em quarto, 1min42s8 atrás de Alberto Pagani, o vencedor. Giordano Mongardi, o outro piloto Ducati, foi nono, quatro voltas atrás do vencedor. Bruno Spaggiari e Sergio Baroncini, que também correram com motos da marca, abandonaram.

Há 20 anos, Ducati apresentou projeto para disputar a MotoGP (Foto: Reprodução/MotoGP)

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No ano seguinte, em Ímola, no mesmo GP das Nações, Spaggiari conseguiu um terceiro lugar, atrás das MV Agusta de Giacomo Agostini e Alberto Pagani. Paul Smart foi quarto, e Baroncini, sétimo. Mongardi não completou a disputa.

Para 2003, porém, a ambição era maior. A Ducati queria encarar a concorrência de igual para a igual e injetou uma considerável quantia de dinheiro no desenvolvimento do protótipo.

“O projeto Desmosedici é, claramente, o maior comprometimento já encarado pela Ducati nas corridas de moto”, afirmou na época Claudio Domenicali, então diretor-executivo da Ducati Corse. “Nossa meta era construir um protótipo capaz de enfrentar a oposição em seu próprio nível, explorando nosso know-how ao máximo e dando vazão a novas ideias”, seguiu.

Domenicali acrescentou que a Ducati investiu € 30 milhões [aproximadamente R$ 152,5 milhões na cotação atual] somente na temporada 2003 para buscar o objetivo de alcançar o topo da MotoGP.

“Acreditamos que construímos uma moto competitiva”, afirmou. “Nós, no entanto, já estamos prontos para fazer modificações que se mostrarem necessárias durante os testes que começam em breve”, concluiu.

Na temporada 2003, a Ducati alinhou no grid com Troy Bayliss e Loris Capirossi. A primeira vitória chegou logo na sexta etapa, no GP da Catalunha, quando o italiano venceu diante de Valentino Rossi e Sete Gibernau em Barcelona. A primeira pole tinha acontecido algumas corridas antes, ainda na terceira etapa, quando o mesmo Loris tinha cravado o melhor tempo na classificação do GP da Espanha.

No Mundial de Pilotos, Capirossi fechou o ano em quarto, com 177 pontos, 180 atrás do campeão Rossi, enquanto Bayliss foi sexto, com 128, 229 atrás. Na disputa de Construtores, a Ducati levou para casa um honroso vice-campeonato, com 170 pontos a menos que a campeã Honda, dominante na época. Naquele ano, os italianos foram melhores do que rivais como Yamaha, Aprilia, Suzuki, Proton e Kawasaki.

De lá para cá, a Ducati já soma 348 largadas na MotoGP, com 63 vitórias, incluindo a de Francesco Bagnaia no GP da Itália do último domingo, 61 poles, 66 voltas mais rápidas e 162 pódios. Nestas duas décadas desde a apresentação da Desmosedici, porém, só uma vez a marca de Bolonha levantou o troféu de campeã do Mundial de Pilotos: em 2007, com Casey Stoner.

O Mundial de MotoGP voltas às pistas na semana que vem, para o GP da Catalunha, em Barcelona. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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