Acosta cumpre expectativa e põe título da Moto2 debaixo do braço rumo à MotoGP

Pedro Acosta aproveitou o segundo match-point e assegurou o título da Moto2 neste domingo (12) no GP da Malásia. Conquista do espanhol vem com o rótulo de ‘eu já sabia’, já que era considerado meio que como um rito de passagem para a MotoGP

PEDRO ACOSTA JÁ É BICAMPEÃO MUNDIAL. O espanhol não deixou passar o segundo match-point e garantiu a taça de 2023 da Moto2 neste domingo (12) no GP da Malásia. Em só três anos de Mundial de Motovelocidade, o #37 já acumula duas taças.

O piloto de 19 anos chegou ao campeonato do mundo com status de prodígio. Campeão da Red Bull Rookies Cup em 2020 — em uma campanha com seis vitórias, nove pódios e três poles —, Pedro encantou na estreia da Moto3. A boa reputação já tinha sido construída na base, mas 2021 só fez fortalecer o status.

Correndo pela tradicional Red Bull KTM Ajo, Acosta venceu seis corridas, fez oito pódios e uma pole e faturou o título da classe menor do Mundial de Motovelocidade com 259 pontos.

Depois desse ligeiro pit-stop na Moto3, onde ficou uma única temporada, Pedro saltou para a Moto2. A temporada de estreia ficou marcada pela impaciência e até rebeldia de Acosta, que queria vencer de imediato e saiu falando demais.

Pedro Acosta foi implacável durante a temporada (Foto: Ajo)

Aos poucos, porém, o ‘Tubarão de Mazarrón’ entrou nos eixos. E, quando a maturidade chegou, Pedro passou a ser um perigo para a concorrência. Em um ano marcado pelo confronto entre Augusto Fernández e Ai Ogura, Acosta alcançou três vitórias, cinco pódios e uma pole, fechando o ano na quinta colocação.

Para 2023, Acosta carregou nas costas um enorme rótulo de favorito ao título. Lá atrás, na abertura do campeonato, Jack Miller chegou a brincar em uma rodada de palpites pelo título: “Alguém não apostou no Acosta?”.

Mas o ano não começou tão simples quanto parecia, já que Tony Arbolino veio disposto a atrapalhar a festa. Mais consistente no início do ano, o italiano chegou a liderar o campeonato por seis etapas, mas, aos poucos, foi derretendo e viu Acosta se afastar mais e mais.

Em Buriram, Pedro chegou dependo de uma combinação de resultados: se vencesse, o título viria com Arbolino no máximo em décimo; se fosse segundo, o rival da Marc VDS poderia ser no máximo quinto. Por pouco, a conta não fechou.

Em Sepang, porém, a chance não foi desperdiçada. Com um segundo lugar na prova malaia, o espanhol garantiu a conquista, ainda mais com o modesto 10º lugar obtido pelo rival. A conquista, enfim, estava garantida.

Pedro Acosta começou a festa do título ainda na pista (Vídeo: MotoGP)

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Agora, o jovem de 19 anos encara as últimas duas etapas da temporada em tom festivo, uma vez que não só tem o título na bagagem, mas também a passagem para a MotoGP assegurada.

O salto, aliás, dá um exemplo claro do quão bem cotado Pedro é no Mundial. Para não correr o risco de perdê-lo para uma marca rival, a KTM se meteu em um legitimo enrosco, com cinco pilotos contratados para apenas quatro vagas. Depois de muito negociar e debater, sobrou uma única alternativa: sacar Pol Espargaró e reeditar na classe rainha uma bem sucedida parceria com Augusto Fernández.

A partir de 2024, Acosta vai correr entre gigantes. E, faminto do jeito que é, não deve tardar em dar bocadas a bordo da RC16 da GasGas Tech3.

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