Positivo, mas barulhento: pilotos avaliam sistema de comunicação por rádio na MotoGP

Usando os fones para receberem as mensagens, nomes como Andrea Dovizioso e Álex Rins se queixaram do alto ruído externo que atrapalhou a pilotagem

A MotoGP tem realizado os primeiros testes da comunicação por rádio com os pilotos. Após pilotos usarem durante o treino coletivo da terça-feira, foram tiradas as primeiras impressões, algumas positivas, mas com uma reclamação em comum: o barulho externo.

No final de semana do GP de San Marino, Stefan Bradl foi o primeiro a ter contato com o dispositivo. Na sexta-feira, o competidor da Honda usou os fones em que recebia alertas de acidentes, bandeiras amarelas, entre outros, todos transmitidos pela Direção de Prova. Após o primeiro contato, Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, promotora do Mundial, se mostrou satisfeito.

A comunicação por rádio foi um pedido feito pelos pilotos da MotoGP durante reunião na Comissão de Segurança, especialmente após o acidente do GP da Áustria. Na época, Johann Zarco e Miguel Oliveira se embolaram e caíram, com suas motos voltando ao traçado e passando perto de acertarem Valentino Rossi e Maverick Viñales.

Então, após o teste da terça-feira, também em Misano, o sistema voltou a ser assunto. “Foi realmente apenas o primeiro teste, vamos dizer, para testar duas coisas. Um foi para saber se os pilotos ouvem as mensagens no fone de ouvido”, disse Ezpeleta.

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Pol Espargaró não conseguiu lidar com o barulho (Foto: Red Bull Content Pool)

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“E segundo foi para ver se eram distraídos pela mensagem que poderia chegar no meio da curva ou em momentos de maior concentração. Em ambos os casos, os resultados foram muito bons para os pilotos que conversamos, então nos consideramos felizes”, completou o dirigente.

Andrea Dovizioso foi um dos pilotos que deu sua visão sobre o teste. “Testamos e é bom porque o som é claro e posso ouvir o que dizem. Mas, infelizmente, precisam mudar o fone, pois parecia que não tinha protetor auricular. Então, o barulho do som era muito alto e mal podia ouvir o barulho do motor”, falou o competidor de 34 anos.

Álex Rins concordou com o italiano. “Testamos na primeira saída. É algo que precisamos continuar o trabalho um pouco, pois o projeto é novo, algo que precisa ser melhorado. Mas vamos ver. Se continuar o trabalho, pode ser uma possibilidade. Normalmente, os protetores que usamos bloqueia o barulho um pouco mais. Ouvimos quase nada de fora e com isso, parece que ouvimos mais. Para alguns pilotos, pode ser um problema”, apontou.

Por fim, Pol Espargaró pareceu o mais afetado pelos sons externos. “Infelizmente, não foi ótimo. Pude ouvir a mensagem no meu ouvido e entender o que diziam, o que é bom. Mas o problema é o bloqueio do barulho. Então, os protetores que usamos bloqueiam o som e foi muito barulhento e impossível de pilotar. Fui para a pista, mas precisei parar porque era muito barulho. Então, precisa melhorar”, encerrou.

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