Raúl Fernández celebra papel de “cobaia” e corre na Austrália sem asas: “Estava voando”
Raúl Fernández destacou que a pista de Phillip Island permite o experimento e avaliou que a oportunidade foi útil para coletar dados para o desenvolvimento da moto do próximo ano
Raúl Fernández participou de um experimento no GP da Austrália de domingo (20). O piloto da Trackhouse correu em Phillip Island sem asas na RS-GP, mas saiu satisfeito com o que classificou como um papel de “cobaia” e avaliou que a iniciativa foi importante para coletar dados para o desenvolvimento da moto de 2025.
Por conta dos fortes ventos da pista a beira mar, a pista australiana é a única na qual os pilotos podem correr sem o pacote aerodinâmico. A equipe norte-americana, então, aproveitou a liberdade regulamentar para remover elementos da RS-GP durante a prova do fim de semana.
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“Nós tentamos ontem e correu muito bem”, disse Raúl. “Esta é a única pista no Mundial em que você pode remover as asas, por causa do vento intenso”, explicou.
Sexto no grid, Fernández fez uma largada ruim, foi engolido pelo pelotão e desceu para 13º ainda na primeira volta. O espanhol conseguiu reagir até o nono posto, mas cruzou a linha de chegada em décimo, superado por Fabio Quartararo.
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Mesmo decepcionado com o resultado, Raúl considerou o experimento positivo e saiu satisfeito com a velocidade da moto da Trackhouse.
“Correr sem as asas foi realmente bom, eu estava mesmo voando. O feeling era incrível”, destacou. “Eu nunca tinha pilotado sem asas, foi muito bom. A Aprilia [confiou em mim] e eu me ofereci como cobaia para fazer uma boa moto. Me diverti muito, fazia muito tempo que não sentia a moto assim”, contou.
“Acho que tinha ritmo para terminar em quarto. Estava alcançando o grupo à minha frente no final, então fiquei feliz com o nosso ritmo e acho que fizemos um bom trabalho”, avaliou. “Sustentamos uma diferença para o grupo de Fabio Di Giannantonio. Tínhamos o mesmo ritmo e, no final, éramos até mais rápidos”, comentou.
Raúl explicou que a ideia de correr sem asas surgiu no sábado e foi uma boa forma de coletar dados pensando no desenvolvimento para a temporada 2025.
“Nós conversamos com a equipe no sábado e decidimos fazer. E a verdade é que foi muito bom para coletarmos dados para o próximo ano”, defendeu. “Foi um pouco louco, mas tiramos algumas boas conclusões. A verdadeira pena, a coisa mais incomoda, foi perder tantas posições na largada. Basicamente, temos de entender o que temos de fazer para largar bem, pois isso é a chave na MotoGP. Temos muito wheelie e, quando isso acontece, não podemos usar a potência. Tenho de fechar o acelerador”, completou.
A MotoGP volta a acelerar no próximo fim de semana, entre 25 e 27 de outubro, com o GP da Tailândia, em Buriram, 18ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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