Gardner usa consistência para ser campeão da Moto2 e igualar feito do pai no Mundial

Após anos difíceis e de pouco brilho no Mundial, Remy Gardner é o novo campeão da Moto2 e repete um feito do pai Wayne, que levou as 500cc em 1987

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Ser filho de um campeão mundial não é das missões mais tranquilas de um jovem piloto. Cria-se toda uma pressão na busca de bons resultados, a necessidade de ser tão grande quanto o progenitor, algo que nem todos conseguem corresponder, como já vimos diversas vezes no esporte a motor. Neste domingo (14), Remy Gardner saiu finalmente das asas do pai Wayne: embora tenha terminado a prova apenas na 10ª posição, garantiu quatro pontos de vantagem sobre seu rival e companheiro, Raúl Fernández, e se consagrou como um campeão no Mundial de Motovelocidade.

Mas Remy não teve a mais tranquila das carreiras até o momento. Depois de pouco brilhos em campeonatos juniores, decidiu arriscar-se na Moto3 em 2014. No ano seguinte, finalmente fez a primeira temporada completa, mas com apenas seis pontos conquistados, não passando do modesto 30º lugar.

Enquanto muitos pensariam em desistir ou buscar uma chance em equipe melhor, Gardner saltou para a Moto2. De 2016 a 2019, sofreu demais em um campeonato equilibrado e que raramente permite o brilho de alguns pilotos em equipes menores. Tudo mudaria, no entanto, em 2020.

Remy Gardner pintou como favorito na Moto2 desde o início do ano (Foto: KTM)

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No ano passado, o australiano deu um salto de qualidade. Fez pole-position, conseguiu pódio e venceu, finalmente, na última etapa do ano, em Portimão. Parecia a virada necessária para que em 2021, na badalada Red Bull KTM Ajo, virasse postulante ao título.

Mas foi a consistência que o fez brilhar. Nas nove primeiras etapas do ano, foi oito vezes ao pódio, incluindo três vitórias seguintes na Itália, na Catalinha e na Alemanha. Outros triunfos ainda apareceriam na Grã-Bretanha e no Algarve, deixando-o a detalhes do título em Valência.

Mesmo que não tenha sido quem mais venceu neste ano — Raúl Fernández conquistou sete etapas —, Remy aproveitou-se da consistência. Foram apenas quatro etapas fora do pódio e um único abandono, quando caiu no GP das Américas. A presença constante no top-3 o fez surgir, desde o início, como favorito.

Agora, com 23 anos, Gardner pode dizer que é campeão mundial, igualando o feito do pai, Wayne, que levou o título das 500cc em 1987. A vaga na MotoGP para 2022 já está assegurada, com a Tech3 KTM, mas o mais importante para o australiano foi finalmente deixar de lado a má fase que sempre o acompanhou e provar que pode ser um vencedor, como está no DNA da família.

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