Retrospectiva 2020: Nos detalhes, Arenas supera rivais para conquistar Moto3

Em um classe tão equilibrada como a Moto3, Albert Arenas começou a temporada mostrando força e depois controlou a liderança para conseguir o título enquanto os adversários tropeçaram e contaram com azares em algumas provas

A Moto3 é sempre um campeonato marcado pelo equilíbrio e pela imprevisibilidade. Em 2020, vimos dez vencedores diferentes ao longo de 15 etapas, mas o título parecia encaminhado desde a primeira corrida, no Catar, antes mesmo da pandemia de Covid-19 bagunçar todo o calendário. E foi assim que Albert Arenas conseguiu se destacar.

Sim, a Moto3 começou a temporada no dia 8 de março, assim como a Moto2. Era o início da crise do novo coronavírus. Na pista, Albert Arenas conquistou a primeira de três vitórias ao longo do ano. O espanhol ainda repetiu a dose correndo em casa, em Jerez, e também na Áustria. Mas em uma classe tão equilibrada, ser regular ajuda muito a se destacar.

No total, Arenas subiu cinco vezes no pódio e, apesar de três abandonos e uma desclassificação, esteve sempre entre os primeiros quando terminou as corridas. A exceção foi justamente na última prova do ano, em Portugal, que sacramentou o título.

Albert Arenas venceu três vezes ao longo do ano (Foto: Aspar)

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Regularidade também foi o forte de Tony Arbolino, o vice-campeão, mas faltou acordar mais cedo para a disputa, mas foi vencer apenas na penúltima corrida da temporada, em Valência, para se manter na briga pelo título. O italiano ainda chegou a perder uma corrida pela Covid-19. Mesmo sem testar positivo, precisou fazer isolamento obrigatório após viajar ao lado de um passageiro doente.

Ai Ogura foi outro que ameaçou o domínio de Arenas. O japonês foi oito vezes ao pódio, abandonou uma vez e só terminou fora do top-10 em duas ocasiões — e chegou a liderar a tabela após o GP da Catalunha. Faltou, porém, o saltou final: vencer. O piloto da Honda foi até o fim do campeonato com chances de ser campeão sem uma única vitória na temporada. E fez falta, pois terminou apenas quatro pontos atrás do espanhol.

Ai Ogura quase conquistou o título sem vencer no campeonato (Foto: Reprodução)

Por fim, outro que flertou com o campeonato foi Raúl Fernández, mas a reação tardia com quatro pódios nas últimas cinco corridas — incluindo duas vitórias — não foi suficiente para amaçar os adversários. Ficou no sonho distante mesmo.

Em um campeonato tão apertado, estar sempre os primeiros ajuda, isso Arenas soube fazer, assim como conquistar importantes vitórias para depois administrar a vantagem. Com isso, tornou-se o 20º espanhol a levantar o caneca nas categorias menores do Mundial de Motovelocidade. E ganhou um espaço no grid da Moto2 em 2021, ainda na Aspar, ao lado de Arón Canet.

Em um ano tão difícil, a Moto3 sobreviveu com bons momentos antes e durante a pandemia de Covid-19. E viu uma final apertada, digna de seu constante equilíbrio, com pilotos que devem seguir em alta no Mundial por muitos anos.

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