Rossi vê evolução melhor de Honda e Ducati e prevê dificuldades para manter “terceiro lugar milagroso”

Valentino Rossi ressaltou as dificuldades da Yamaha e concluiu que Honda e Ducati fazem um trabalho melhor ao desenvolver a moto durante a temporada. O #46 considerou que é um milagre ocupar a terceira colocação no Mundial

Valentino Rossi cobrou uma melhora na evolução da Yamaha. Surpreso com a performance discreta no GP de San Marino e da Riviera de Rimini, o italiano ficou sem entender o motivo da queda de desempenho da YZR-M1 no domingo, mas avaliou que a casa de Iwata precisa atuar no mesmo nível de Honda e Ducati.
 
Rossi se classificou em sétimo para a largada em Misano, mas o desempenho mostrado no TL4 indicava que o italiano tinha chances de brigar pelo pódio. Na corrida, porém, Valentino foi cerca de 1s mais lento, enquanto Maverick Viñales e Johann Zarco também não conseguiram repetir o desempenho dos dias anteriores.
 
Rossi finalizou a corrida em sétimo, seu pior resultado desde que foi derrubado por Marc Márquez na Argentina. Viñales foi quinto, enquanto Zarco ficou em sexto.
Valentino Rossi cobrou melhor evolução da Yamaha (foto: Yamaha)
“Foi uma corrida difícil”, disse Rossi. “Foi uma grande pena não ser competitivo em Misano, em frente de todo o público. E, sinceramente, eu esperava ser mais forte, porque ontem no TL4 eu não fui tão mal”, seguiu.
 
“Mas, por alguma razão que não entendemos, hoje tudo foi mais difícil. Já no warm-up desta manhã nós tivemos muitas dificuldades. Eu, Maverick e também Zarco”, comentou. “Infelizmente, nesta tarde, mesmo em condições muito similares às de ontem à tarde, o feeling com a moto e os pneus foi pior. Mais difícil em todas as áreas. Como se eu tivesse menos aderência”, apontou.
 
“Então eu tentei fazer o máximo. Mantive alguns pontos, mas, infelizmente, não era rápido o bastante. Já na metade da primeira volta eu entendi que não era a mesma coisa do que ontem, quando fiz 1min32s9, 33s0, 33s1… 33s2 após 16 voltas. Hoje eu fui quase 1s mais lento”, apontou.
 
Calçados pela Michelin, os pilotos da MotoGP costumam apontar perda de aderência no domingo por conta do acumulo de borracha da Dunlop no asfalto resultante das corridas de Moto3 e Moto2, mas Rossi acredita que esta não pode ser a causa do revés da Yamaha.
 
“Nós falamos sobre a borracha da Moto2 há muito tempo. Antes de mais nada, não sabemos se isso é verdade. E não sabemos o motivo de algumas pistas causarem mais problemas do que outras. Mas, especialmente, o problema é só para nós”, afirmou. “Pois, na realidade, Honda e Ducati tem exatamente os mesmos tempos de volta do sábado. Então é estranho que a borracha da Moto2 só seja ruim para a Yamaha! Mas pode ser. Sinceramente, não sabemos se isso é verdade. E, se for, não sabemos o motivo”, ponderou.
 
Rossi, que tem pressionado a Yamaha por melhoras na performance da M1, destacou que nos últimos anos seus resultados têm sido piores na segunda metade do campeonato, uma evidência da falha no desenvolvimento da moto.
 
“Nas últimas três temporadas, nós começamos com um bom nível, mas, depois, durante a temporada e, especialmente, na segunda parte, parece que sofremos mais tecnicamente”, apontou. “De fato, se você olhar os meus resultados, faço muito mais pódios na primeira metade do que na segunda nos últimos três anos”, ressaltou.
 
“Então parece que Ducati e Honda são capazes de desenvolver duas motos de uma maneira melhor do que nós. Este é o problema. Eles [a Yamaha] precisam entender o motivo”, cobrou.
 
Com a performance apagada de domingo e a vitória de Dovizioso, Rossi caiu para a terceira colocação na tabela de classificação. Ainda assim, o #46 rotulou a nova posição como “um milagre”.
 
“Nós temos de permanecer concentrados e dar o máximo, porque no campeonato eu estou num terceiro lugar milagroso. Sinceramente, não entendo como”, disse sorrindo. “Pode ser muito difícil manter o terceiro lugar, mas temos essa meta e não estamos longe de Dovi. Temos mais pontos do que Lorenzo e Maverick. Então, do ponto de vista do campeonato, temos um resultado importante a alcançar”, sublinhou.
 
Com o desempenho em Misano, a Yamaha igualou a seca de 22 corridas, repetindo sua pior série, registrada entre 1997 e 1998.

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