Rossi vence batalha contra Márquez e toque na volta final para conquistar vitória no GP da Holanda

Marc Márquez apareceu forte neste sábado (27), mas Valentino Rossi estava mais do que disposto a fazer história e dar à Yamaha uma inédita sequência de seis triunfos seguidos na MotoGP. Jorge Lorenzo completa o pódio

A cobertura completa do GP da Holanda no GRANDE PRÊMIO

Os sinos da Catedral tocaram em alto e bom som. Depois de 85 anos, Assen viu sua última prova de sábado neste dia 27 e foi brindada com uma atuação de gala de Valentino Rossi e Marc Márquez, que definiram o vencedor nos metros finais.
 
Largando na ponta, Rossi fez uma bela saída, mas teve de lidar com a constante pressão de Márquez. Mais controlado que nas provas anteriores, o espanhol esperou o momento certo para o ataque e o fez na metade final da disputa.
Valentino Rossi venceu a terceira de 2015 (Foto: Yamaha)
A classificação do Mundial de MotoGP após o GP da Holanda

De tanto insistir, Marc se instalou na liderança na 20ª volta, mas Rossi conseguiu se manter por perto, procurando um espaço para passar. Três giros mais tarde, o piloto da Yamaha retomou a ponta e foi possível ouvir o grito da torcida, quase como se o piloto estivesse em território italiano.

 
Sempre combativo, Marc tratou de chegar mais uma vez, levando a corrida para um final de tirar o fôlego. Nos metros finais, Márquez colocou por dentro, mas Rossi fechou a porta, o que resultou em um toque. 
 
O italiano escapou para brita, enquanto o espanhol tratou de se equilibrar na moto para terminar a prova. Assim, Valentino cruzou a linha de chegada na frente e deu à Yamaha uma inédita sequência de seis vitórias seguidas na MotoGP – a sétima do ano.
Apagado durante todo o fim de semana, Jorge Lorenzo fez uma largada espetacular, mas nem de longe passou perto do ritmo dos ponteiros. O espanhol acabou isolado no terceiro posto e recebeu a bandeirada com mais de 13s de atraso para Marc.
 
Andrea Iannone não ficou menos sozinho e depois de se instalar no quarto posto, não teve chances de se aproximar da briga pelo pódio. Pol Espargaró precisou trabalhar duro, mas bateu Cal Crutchlow e Bradley Smith para ficar com a quinta colocação.
 
Dani Pedrosa, que sofreu um forte tombo no warm-up desta manhã e lesionou os dedos, não fez uma boa largada, mas escalou o pelotão para completar a prova em oitavo.
 
Aleix Espargaró fez o que deu, mas não conseguiu resistir aos ataques de motos mais fortes e ficou com a nona colocação, 0s513 à frente de Maverick Viñales, que fecha o top-10.
Após completar a prova, Rossi mostrou que, tal qual Johann Zarco na Moto2, também é ‘bom’ em ginástica artística. O piloto da Yamaha parou a YZR-M1 e celebrou o terceiro triunfo do ano com uma cambalhota.
 
Não satisfeito, Rossi ainda garantiu a permanência de Lin Jarvis, chefe da Yamaha, no pódio, segurando o chefe pela cintura, para que ele e Lorenzo pudessem dar no dirigente um banho de Cava.
 
Com o resultado deste sábado, Rossi chegou aos 163 pontos e aumentou para dez sua vantagem em relação a Lorenzo. Iannone tem a terceira colocação, com Márquez e Andrea Dovizioso fechando o top-10.
 
Saiba como foi o GP da Holanda de MotoGP:
 
A previsão de chuva não se confirmou e a largada para o GP da Holanda de MotoGP foi dada com pista seca. A temperatura estava na casa dos 21°C, com o asfalto atingido 30°C. 
 
Depois de um jejum de sete provas, Valentino Rossi volta à pole-position para se tornar o piloto mais velho a largar na ponta desde Jeremy McWilliams em Phillip Island em 2002. Aleix Espargaró aparece na posição intermediária da segunda fila, com Marc Márquez completando o top-3. Jorge Lorenzo, por sua vez, ocupa a oitava colocação na grelha.
 
No warm-up desta manhã, Dani Pedrosa, que tem o quarto posto no grid, sofreu uma forte queda na curva 9, mas escapou de fraturas. O #26, no entanto, sofreu contusões no polegar esquerdo e no dedo médio.
 
Álvaro Bautista também não teve muita sorte durante a sessão. O piloto da Aprilia atropelou um animal que invadiu a pista. O espanhol não teve como desviar do bichinho.
 
Para a oitava etapa da temporada, a Bridgestone separou os pneus dianteiros extramacios, macios e médios, e traseiros macios, médios e duros. 
 
Embora os compostos sejam comuns na alocação da marca japonesa, a escolha deste fim de semana causou burburinho em Assen, já que estes pneus tem um tipo de composto mais duro e não era usado desde o GP da França do ano passado. Até aqui, a Bridgestone vinha usando uma borracha mais mole no limite do pneu.
Marc Márquez não gostou muito do lance da última chicane (Foto: Honda)
No grid, apenas Márquez optou por um composto dianteiro médio, com os demais calçando a borracha branca. Na traseira, Aleix apostou no pneu traseiro macio, enquanto os demais pilotos de fábrica foram pelos compostos médios.
 
Quando as luzes se apagaram para a última corrida de sábado na Holanda depois de 85 anos, os 97.150 espectadores que lotaram Assen viram Rossi manter a ponta, comm Aleix segurando Márquez pelo segundo posto. Pol subiu para quarto, com Lorenzo saltando para a quinta colocação.
 
Sem demora, Márquez tomou o segundo posto de Aleix, que também foi ultrapassado por Pol. Quinto, Lorenzo vinha chegando.
 
Ainda o primeiro giro, Jorge engoliu Aleix e depois deixou para Pol para trás para assumir a terceira colocação. Nesse ponto, Rossi tinha 0s476 de vantagem para Marquez, que tinha 0s474 de vantagem para Lorenzo.
 
No segundo giro, a diferença entre Rossi e Márquez subiu para 0s576. A estratégia do italiano era escapar do pelotão e buscar uma vitória tranquila. Lorenzo, por sua vez, vinha tentando chegar em Márquez.
 
Mais atrás, Andrea Iannone passou os irmãos Espargaró para assumir o quarto posto. Cal Crutchlow vinha em sétimo à frente de Andrea Dovizioso, Smith, Petrucci, Viñales e Pedrosa.
 
Com a melhor volta da disputa – 1min33s739 –, Rossi ia controlando a vantagem em relação à Marquez, mas o espanhol se esforçava para reduzir enquanto chegava em Rossi.
 
Na terceira volta, a diferença entre os dois caiu para 0s160, mas Rossi logo respondeu para voltar a aumentar a diferença. Sofrendo com o motor da RC213V, Marc está usando uma versão híbrida do protótipo nipônico, como chassi do ano passado.
 
Enquanto Márquez chegava em Rossi, Lorenzo ia se afastando os ponteiros, mas já tinha mais de 3s de vantagem para Iannone, o quarto colocado. Aleix passou Pol e subiu para quinto.
 
Mais atrás, Crutchlow passou Dovizioso para assumir o sétimo posto, mas levou o troco na sequência. Smith era o nono, com Petrucci e Pedrosa na sequência.
 
No sexto giro da disputa, a diferença de Rossi e Márquez era de 0s266. Lorenzo, por sua vez, tinha 1s142 de atraso para Marc.
 
Na mesma volta, Stefan Bradl caiu na curva 11 de Assen e abandonou a corrida.
3º, Jorge Lorenzo fez uma prova um tanto isolada (Foto: Yamaha)
Mesmo virando mais rápido que Rossi, Márquez seguia apenas acompanhando, sem lançar um ataque. Com um pneu mais duro na frente, o espanhol tinha certa vantagem na freada, mas o #46 defendia bem as suas linhas.
 
Lá atrás, Pedrosa tentava reduzir o atraso em relação a Danilo Petrucci para entrar no top-10. Viñales, por sua vez, tinha 0s431 de atraso pelo #26.
 
Mais para frente, Crutchlow passou Dovizioso mais uma vez, mas, de novo, não conseguiu se manter à frente do piloto da Ducati.
 
Na ponta, Márquez chegou bem mais perto de Rossi, mas o italiano conseguiu manter a frente. O ritmo dos dois era bastante semelhante e a vantagem ficava sempre enre 0s12 e 0s27.
 
Pressionado por Crutchlow, Dovizioso atacou Pol Espargaró e subiu para a sexta colocação, 0s279 atrás de Aleix.
 
Enquanto Márquez seguia colocando em Rossi – especialmente na última chicane –, Lorenzo ficava cada vez mais distante, com 3s2 de atraso para o #93 na décima volta.
 
Sem muita demora, Dovizioso passou Aleix e assumiu a quinta colocação. Nesse ponto, o italiano tinha 1s121 de atraso para Iannone, que vinha em quarto. Pol, então, passou o irmão mais velho e se instalou em sexto. Na sequência, Cal passou a ocupar a sétima colocação.
 
Lá atrás, Pedrosa passou Petrucci e assumiu o décimo posto. Na sequência, Smith ficou para trás, com o espanhol assumindo o nono lugar. Dani machucou a mão em uma queda no warm-up.
 
Na sequência, o #26 passou Aleix e assumiu a oitava colocação. Pol vinha em sétimo, atrás de Crutchlow, que pressionava Dovizioso pela quinta posição.
 
Exatamente na metade da corrida, Rossi seguia na ponta, agora com 0s354 de vantagem para Márquez, que seguia sem atacar. O espanhol estava bem mais cauteloso que nas provas anteriores.
 
Em um fim de semana difícil – especialmente por não se adaptar aos pneus –, Lorenzo ia se afastado mais e mais da briga pela vitória, mas precisaria de uma tragédia para perder o quarto posto, já que tinha quase 6s de vantagem para Iannone, o quarto colocado.
 
No topo, Rossi e Márquez se intercalavam em quem virava mais rápido, mas o italiano ia conseguindo se manter com uma boa vantagem na Geert Timmer Bocht, o principal ponto de ultrapassagem da pista da Holanda.
 
Com dez giros para o fim, a disputa começou a esquentar, com Márquez chegando bem mais perto, mas Rossi, sempre forte na freada, não permitiu uma aproximação mais decisiva.
 
Buscando um quarto top-15 consecutivo, Eugene Laverty caiu na curva 11 e abandonou a disputa. Mais atrás, Crutchlow aparecia em quinto, 0s355 à frente de Pol Espargaró.
 
Desde que Márquez chegou na MotoGP, os fãs esperavam um longo duelo entre ele e Rossi e a despedida das provas de sábado da Holanda foi o momento perfeito para isso.
 
No 20º giro, Márquez passou Rossi por dentro na curva um, não dando chances de reação para o italiano, que tratou de seguir colocado, buscando um caminho para retomar a frente.
 
De presa a caçador, Rossi foi se mantendo próximo de Márquez, evitando que a diferença passasse muito de 0s1. Marc conseguiu levar a diferença para 0s224, mas Valentino reduziu pouco depois.
 
No final da 21ª volta, Rossi colou em Márquez na Geert Timmer, mas Marc conseguiu defender a ponta. O #46 conta com um novo chassi este fim de semana, que tornou a YZR-M1 mais fácil de guiar.
 
De novo, Rossi chegou na Geert Timmer, mas Marc escapou mais uma vez. Lorenzo, por sua vez, tinha 9s de atraso.
 
Em meados da 23ª volta, Rossi conseguiu passar Márquez por dentro, levantando a torcida. Marc tentou responder na sequência, mas ‘levou com a porta na cara’.
 
Uma vez na ponta, o multicampeão tratou de escapar, abrindo uma ligeira vantagem para o piloto da Honda.
 
Teimoso que só, Márquez respondeu e encostou de novo, levando a briga para a Geert Timmer. Marc atacou, os dois se tocaram, com Rossi escapando da pista. Ainda assim, o italiano voltou para a pista na frente e recebeu a bandeirada na frente, para o sexto triunfo consecutivo da Yamaha em 2015.

MotoGP, GP da Holanda, Assen, Final:
 
1
46
VALENTINO ROSSI
ITA
YAMAHA
40:54.037
26 voltas
2
93
MARC MÁRQUEZ
ESP
HONDA
+1.242
 
3
99
JORGE LORENZO
ESP
YAMAHA
+14.576
 
4
29
ANDREA IANNONE
ITA
 DUCATI
+19.109
 
5
44
POL ESPARGARÓ
ESP
TECH3 YAMAHA
+24.268
 
6
35
CAL CRUTCHLOW
ING
LCR HONDA
+24.373
 
7
38
BRADLEY SMITH
ING
TECH3 YAMAHA
+24.442
 
8
26
DANI PEDROSA
ESP
HONDA
+24.656
 
9
41
ALEIX ESPARGARÓ
ESP
SUZUKI
+26.725
 
10
25
MAVERICK VIÑALES
ESP
SUZUKI
+27.238
 
11
9
DANILO PETRUCCI
ITA
PRAMAC DUCATI
+29.038
 
12
4
ANDREA DOVIZIOSO
ITA
DUCATI
+29.418
 
13
45
SCOTT REDDING
ING
MARC VDS HONDA
+46.663
 
14
68
YONNY HERNÁNDEZ
COL
PRAMAC DUCATI
+49.305
 
15
76
LORIS BAZ
FRA
FORWARD YAMAHA
+52.396
 
16
69
NICKY HAYDEN
EUA
ASPAR HONDA
+56.005
 
17
19
ÁLVARO BAUTISTA
ESP
APRILIA GRESINI
+59.857
 
18
63
MIKE DI MEGLIO
FRA
AVINTIA DUCATI
+1:14.513
 
19
33
MARCO MELANDRI
ITA
APRILIA GRESINI
+1 volta
 
 
15
ALEX DE ANGELIS
RSM
IODA ART
NC
 
 
50
EUGENE LAVERTY
IRN
ASPAR HONDA
NC
 
 
6
STEFAN BRADL
ALE
FORWARD YAMAHA
NC
 
 
8
HECTOR BARBERÁ
ESP
AVINTIA DUCATI
NC
 
 
43
JACK MILLER
AUS
LCR HONDA
NC
 
 
 
 
 
 
 
 
POLE
VALENTINO ROSSI
ITA
YAMAHA
1:32.627
176.5  km/h
VOLTA MAIS RÁPIDA
MARC MÁRQUEZ
ESP
HONDA
1:33.617
174.6 km/h
RECORDE
DANI PEDROSA
ESP
HONDA
1:34.548
172.9 km/h
MELHOR VOLTA
VALENTINO ROSSI
ITA
YAMAHA
1:32.627
176.5 km/h
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condições do tempo
 
PISTA SECA
 
ar: 20ºC | pista: 30ºC

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