Suzuki vê Rins ainda com chances e nega ordens em prol de Mir: “O melhor vence”

Perto de conquistar a tríplice coroa da MotoGP em 2020, Davide Brivio assegurou que a Suzuki não vai lançar mão de ordens de equipe para beneficiar Joan Mir. O dirigente reconheceu que a tática pode dar errado, mas ressaltou que prefere correr o risco

A proximidade com o título da MotoGP não resultou em uma mudança de estratégia da Suzuki em relação a ordens de equipe. Enquanto Joan Mir chega para o GP da Comunidade Valenciana com o primeiro match-point do título de 2020, Álex Rins sustenta 37 pontos de atraso, e, exatamente por isso, Davide Brivio não vai mandar o mais experiente entre seus pilotos atuar em favor do companheiro de equipe.

Assim como já aconteceu anteriormente, Brivio ressaltou que a filosofia da Suzuki é deixar a disputa ser resolvida na pista, ainda mais considerando que Rins segue matematicamente vivo na briga pelo título. Com duas corridas até o fim da temporada, restam 50 pontos ainda para serem distribuídos.

Davide Brivio prefere o risco a interferir na disputa entre Mir e Rins (Foto: Suzuki)

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“Não traçamos uma estratégia. É a nossa filosofia. Não demos ordens de equipe, pois é meio desrespeitoso. Álex ainda tem chance no campeonato”, disse Brivio ao serviço de streaming da MotoGP. “Se Fabio Quartararo ainda está na briga, Álex Rins está também”, ponderou.

Vindo do primeiro 1-2 da Suzuki em 38 anos, Brivio se mostrou satisfeito com a performance do time até aqui e destacou que os pilotos sabem que vivem um momento importante para a equipe.

“Fiquei bem feliz no último domingo e nas últimas corridas, pois eles sempre mostraram que são inteligentes e que entendem como isso é importante para a Suzuki e para a equipe”, apontou Davide. “Espero que continuem assim, mas no esporte nunca se sabe”, comentou.

“De qualquer forma, nossa abordagem não vai mudar. Antes de mais nada, a abordagem de Joan é tentar ser o melhor possível a cada domingo, foi isso que fizemos até aqui, e tenho certeza de que Álex quer tentar vencer a corrida, pois ficou muito perto na semana passada. Vamos deixá-los livres para correr, também porque estamos na disputa com os dois pilotos”, sublinhou.

Por fim, Brivio reconheceu que a abordagem expõe a Suzuki a um risco maior, mas sublinhou que esta é a maneira com que a fábrica enxerga o esporte.

“A nossa abordagem não mudou. Talvez sejamos corajosos demais, mas é disso que gostamos. Fico bem feliz com isso. No último fim de semana, com toda a polêmica sobre penalizar pilotos ou não, nós sempre dissemos que jogaríamos na pista, esportivamente. Isso é um esporte. O melhor vence”, afirmou, se referindo à punição imposta pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) à Yamaha. “Mesmo sabendo que isso pode ser perigoso, que serei criticado se algo acontecer, ok, este é o risco que queremos correr em nome do esporte”, encerrou.

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