Viñales não chega e Lüthi aproveita boa largada para vencer no Japão na Moto2. Rabat fica à frente de Kallio

Tom Lüthi fez uma bela exibição de seu talento neste domingo (12) no Japão. Largando na segunda colocação, o suíço fez uma bela saída e tomou a ponta já nos primeiros metros da disputa.

Aproveitando o duelo entre os pilotos que vinham atrás, Lüthi foi escapando mais e mais e chegou a exibir mais de 2s de vantagem para o segundo colocado. Com ritmo fortíssimo, Maverick Viñales pressionou até a bandeirada, mas não conseguiu recortar a diferença e tirar o piloto da Interwetten do topo do pódio.

Saiba como foi o GP do Japão de Moto2:

 

A temperatura caiu um pouco em Motegi em relação aos dias anteriores, mas o tempo seguia bom. Na hora da largada da Moto2, os termômetros marcavam 20°C, com o asfalto chegando aos 29°C. A velocidade dos ventos estava em 10 km/h.

 

Ainda se recuperando do estrago causado pelo tufão Phanfone, o Japão acompanha a aproximação do Vongfong, que atualmente está cruzando as ilhas do sul do país.

 

O Vongfong ganhou força na última terça-feira e se tornou o mais violento tufão registrado pelos meteorologistas na temporada. A tempestade, entretanto, permaneceu por um longo tempo no mar e foi perdendo força conforme se aproximava do Japão. 

 

A passagem do Vongfong pelo arquipélago de Okinawa, no extremo sul do país, deixou um saldo de 20 feridos. 

 

Na manhã de sábado, a Agência de Meteorologia do Japão, anunciou que o Vongfong caiu da categoria de supertufão para tufão potente, mas segue muito forte, com ventos de até 230 km/h.

 

A última atualização feita pela agência colocava a região de Kanto sob aviso, o segundo dos quatro níveis de alerta. A expectativa é que o Vongfong chegue à área do circuito de Motegi na segunda-feira, já com ventos mais fracos. 

 

Igualando o recorde de poles em uma única temporada — estabelecido por Pol Espargaró em 2012 —, Tito Rabat larga na pole pela oitava vez em 2014, à frente de Tom Lüthi, que iguala seu melhor grid do ano — registrado em Brno. 

 

Completando a primeira fila, Johann Zarco aparece em terceiro. O piloto da Caterham conquistou sua única vitória no Mundial de Motovelocidade na pista de Motegi, em 2011, durante uma prova da extinta 125cc.

 

Vencedor do GP de Aragão, Maverick Viñales abre a linha seguinte, à frente de Mika Kallio, que soma três vitórias na pista do distrito de Kanto — 2005 e 2006 nas 125cc, e 2007 nas 250cc.

 

Takaaki Nagakami fecha a segunda fila, à frente de Julián Simón e Franco Morbidelli. Axel Pons tem a nona colocação, com Marcel Schrotter completando a lista dos dez primeiros colocados.

 

Na prova deste fim de semana, a Dunlop, fornecedora única dos pneus da categoria, separou os dianteiros duro, identificados por um selo preto com escrita em amarelo, e médio, com selo prata e escrita preta.

 

Para a traseira, a fabricante levou a Motegi os médios e os macios, que contam com um selo amarelo com Dunlop escrito em preto. 

 

Neste domingo, com exceção de Jonas Folger, que optou por um pneu duro na frente, os demais pilotos alinharam com um par de compostos médios.

 

Quando as luzes se apagaram em Motegi, Lüthi saiu melhor e tomou a ponta, com Zarco saltando para terceiro, à frente de Rabat, Kallio, Viñales e Simón. 

 

Nos metros seguintes, Kallio e Viñales passaram Rabat, que caiu para quinto. Correndo atrás do prejuízo no Mundial, Mika e Maverick não podiam se dar ao luxo de deixar Tito escapar na frente.

 

Riccardo Russo foi o primeiro a cair no GP do Japão. O piloto não se feriu, mas abandonou a disputa.

 

Pouco depois, Kallio passou Zarco e assumiu o segundo posto, mas foi atacado por dentro em seguida e perdeu a posição. Viñales aproveitou e também passou, assumindo o terceiro posto. O finlandês caiu para quarto, à frente de um calminho Tito Rabat. Simón tinha o sexto posto, seguido por Morbidelli, Cardús, Lowes e Schrotter.

 

Kallio não perdeu tempo e passou Viñales, colocando o piloto da Pons entre ele e seu companheiro de Marc VDS e líder do Mundial. 

 

Na ponta da tabela, Lüthi ia em carreira solo, com mais de 1s0 de vantagem para Zarco, o segundo colocado, que, por sua vez, era perseguido por Kallio.

 

Também tentando melhorar sua posição no Mundial, Maverick não esquentou a posição por muito tempo e passou Kallio para assumir a terceira colocação, Rabat seguia em quinto, 0s416 longe da briga. 

 

Enquanto os Viñales e Kallio se matavam e perseguiam Zarco, Lüthi seguia imprimindo seu ritmo forte e escapando mais e mais. Qualquer um que quisesse vencer, precisava trabalhar rápido para pegar o suíço.

 

Na quarta volta, Kallio passou do ponto no freio e permitiu a chegada de Rabat, que não se fez de rogado e colocou o companheiro de equipe para trás.

 

No mesmo giro, Sam Lowes sofreu uma queda quando brigava dentro do top-10 e abandonou a disputa. O piloto, entretanto, não se feriu.

 

Em sua melhor atuação na temporada, Simón também entrou na brincadeira e passou a pressionar Kallio pelo quinto posto. Morbidelli vinha em sétimo, ainda à frente de Cardús, Schrotter e Pons.

 

Sandro Cortese também foi dar um passeio além dos limites da pista nas voltas iniciais. No sexto giro, o germânico caiu na curva um e recebeu a ajuda dos fiscais para voltar para a pista. Mattia Pasini entrou na moda dos tombos e caiu pouco depois. O italiano foi ajudado por um fiscal, que caiu para auxiliar bem o piloto da Forward, e voltou para a pista.

 

Na ponta, Maverick ensaiou a ultrapassagem em Zarco na curva cinco, mas o Frances fechou bem a porta. Enquanto isso, Rabat vinha chegando, já pressionando Viñales pela vaga no pódio. 

 

Líder, Lüthi seguia sem receber notícias da concorrência. Na oitava volta, o piloto suíço tinha 1s904 de vantagem para Zarco, que continuava se defendendo de Viñales.

 

Na nona volta, Viñales conseguiu, enfim, passar Zarco, que acabou superado por Rabat na sequência. Neste momento, Maverick tinha 2s241 de atraso para Lüthi.

 

Sem muita demora, Kallio passou Zarco e subiu para a quarta posição. Rabat vinha 0s323 à frente. Simón era o sexto, com Morbidelli em sétimo, Cardús em oitavo, Aegerter em nono e Schrotter em décimo.

 

Restando 13 voltas para o fim da corrida, Maverick foi aumentando o ritmo e abrindo vantagem em relação a Rabat. Ao mesmo tempo, o piloto da Pons foi tirando o atraso para Lüthi.

 

Respondendo à aproximação de Viñales, Tom apartou o passo, cravou a volta mais rápida da disputa e voltou a abrir vantagem.

 

Perseguindo o líder, Viñales perdeu ligeiramente a traseira, permitindo que Rabat chegasse um pouquinho mais perto. A diferença entre os dois, no entanto, permanecia em 0s5. Kallio, por outro lado, já tinha mais de 1s de atraso para o companheiro de equipe.

 

Aos poucos, Rabat foi chegando em Viñales, que também vinha mais perto de Lüthi, que perdeu meio segundo com um erro.

 

Ainda em bom ritmo, Viñales voltou a cravar a melhor marca disputa, de novo aumentando a vantagem em relação a Rabat. Zarco vinha em quarto, à frente de Kallio, Simón, Morbidelli, Cardús, Aegerter e Pons.

 

Com o desgaste dos pneus de Lüthi, Viñales foi chegando mais e mais, levando a diferença para 1s com seis voltas para o fim. Rabat seguia acompanhando, mas com 0s848 de atraso para Mav.

 

Pouco depois, Marcel Schrotter e Axel Pons caíram separadamente. O piloto da Tech3 voltou no fundo do grid, mas o titular da Argiñano & Ginés deu os trabalhos por encerrado.

 

Dois giros depois, Viñales aparecia 0s755 atrás de Lüthi. No muro de Motegi, a Pons indicava uma diferença ainda maior para Maverick, um joguinho para fazer o espanhol forçar ainda mais. Tom, por sua vez, seguia firme e até conseguia aumentar a diferença ocasionalmente.

 

Na reta final da corrida, Dominique Aegerter sofreu uma queda, mas não se feriu. O suíço voltou em 17º.

 

Já na última volta, Maverick seguia pressionando para recortar a diferença, mas Lüthi permanecia firme, controlando bem a situação. Sem mais tempo, o suíço confirmou o triunfo, à frente do espanhol.