Yamaha mostra preocupação com futuro da KTM na MotoGP: “Situação não é boa”
Massimo Meregalli, chefe da Yamaha, admitiu que está acompanhando com detalhes a grave crise financeira da KTM e lamentou a ausência de informações oficiais detalhadas sobre os muitos problemas da montadora austríaca que compete na MotoGP
A KTM vive uma grave crise financeira, com débitos no entorno de €1,8 bilhão — cerca de R$ 11 bilhões — e muita incerteza em relação ao futuro na MotoGP. A equipe mantém o desenvolvimento da moto para este ano, mas corre o risco de deixar o grid em 2026, algo que também preocupa rivais, como a Yamaha.
Massimo Meregalli, chefe da Yamaha na MotoGP, admitiu que há preocupação de outras montadoras com a crise da KTM, especialmente pela possibilidade da classe rainha do Mundial de Motovelocidade ficar com quatro motos a menos a partir do próximo ano.
“Não é uma boa situação para eles e nem para nós. O que sei é do que estou lendo, mas sofro pensando nas consequências. Eles continuam negando que vão ter problemas para correr, mas talvez eu não consiga acreditar completamente”, afirmou ao GPOne.
“Os japoneses também estão preocupados porque essa situação não é boa para ninguém. Nunca fomos informados sobre o assunto em detalhes”, acrescentou o dirigente.

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Recentemente, Massimo Rivola, CEO da Aprilia se mostrou confiante na permanência da KTM no campeonato, mas avaliou que a situação tem de servir de alerta para a MotoGP. “O aviso que temos da situação da KTM não deveria encarado com ‘ah, é azar’. Acho que deveríamos fazer alguma coisa e espero que no próximo contrato de cinco anos, a gente discuta outra vez”, pontuou.
Em uma audiência com credores na Corte Regional de Ried, na Áustria, o administrador judicial responsável pelo processo deixou a porta aberta para uma eventual saída de MotoGP, Moto2 e Moto3 com a finalidade de cortar gastos, mas a KTM insiste que seguirá nas competições. Segundo a imprensa local, são cerca de 1630 credores, sendo quase 180 bancos.
De acordo com a publicação austríaca Der Standard, o administrador judicial que cuida das finanças atualmente afirmou que a KTM é bem vista no mercado, então há potencial para economias, inclusive na área de esportes a motor e destaca que a temporada 2025 do Mundial de Motovelocidade deve ser disputada pela KTM normalmente, mas que depois a situação deve mudar, com saída das três principais categorias do campeonato.
A MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de fevereiro de 2025 para os primeiros testes de pré-temporada, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

