FBI nega que Bubba Wallace tenha sido alvo de ato racista em Talladega

Relatório emitido pelo órgão federal aponta que o nó de forca, usado como símbolo racista, estava na garagem, usada por Bubba Wallace neste fim de semana, desde 2019 e não configura crime de ódio

O nó de forca encontrado na garagem usada de Bubba Wallace, único piloto preto do grid da Nascar, em Talladega causou enorme repercussão não apenas na categoria, mas também fora das pistas. O estado do Alabama pediu desculpas pelo caso, o heptacampeão Richard Petty, dono da equipe de Wallace, esteve presente no autódromo, e o FBI passou a investigar o caso como crime de ódio.

Nesta terça-feira (23), o órgão federal americano emitiu um comunicado informando que 15 agentes especiais estiveram em Talladega, conduzindo informações e que não há provas de que foi cometido crime racial.

De acordo com a instituição, o nó de forca já estava na garagem número quatro, usada por Wallace, antes mesmo de ela ser atribuída a ele na última semana. O FBI ainda afirmou ter um vídeo da Nascar que mostra o objeto no local em outubro de 2019.

Bubba Wallace
Garagem 4, utilizada pela RPM em Talladega (Foto: Nascar)

A Nascar também comentou o fim das investigações conduzidas pelo FBI. Em nota, a categoria norte-americana declarou que evidências fotográficas confirmam que Bubba Wallace não foi alvo de crime de ódio e que objeto estava no local antes da equipe Richard Petty Motorsport utilizar no último fim de semana.

“Apreciamos o rápido trabalho do FBI na investigação e ficamos agradecidos em informar a todos que este caso não foi intencional e nem um ato racista contra Bubba Wallace. Mantemos nosso compromisso em promover um ambiente acolhedor e inclusivo para todos que amam automobilismo”, disse a Nascar no comunicado.

A Wood Brothers Racing, equipe que utilizou a mesma garagem no ano passado, emitiu uma nota comentando sobre o depoimento de um funcionário alertando que o nó de forca estava na garagem em 2019 e que imediatamente alertou a Nascar sobre o caso para ajudar nas investigações.

O nó de forca é símbolo associado ao linchamento e morte em ataques racistas nos Estados Unidos, utilizado no passado pela Ku Klux Klan, grupo racista que atua no país. Bubba Wallace, recentemente, se colocou como voz da Nascar a favor da diversidade e pediu o fim das bandeiras confederadas nos autódromos, sendo prontamente atendido pela categoria.

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