UFMG apoia GRANDE PRÊMIO após censura da Stock Car e defende “bom jornalismo”
Em publicação nas redes sociais, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) repudiou a censura sofrida pelo GRANDE PRÊMIO e pelo repórter Bernardo Castro, que foi descredenciado da etapa de Belo Horizonte da Stock Car após apuração de batalha judicial envolvendo a organização da prova e da instituição educacional
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) utilizou as redes sociais, na manhã desta quinta-feira (15) para se solidarizar com o GRANDE PRÊMIO por conta da censura sofrida nesta semana e destacou o bom jornalismo realizado. A entidade trava um longo embate judicial com a organização da etapa da Stock Car nas ruas de Belo Horizonte, chamando a atenção para impactos sonoros da prova em locais sensíveis, como o Hospital Veterinário e os Biotérios da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O GRANDE PRÊMIO recebeu no início da tarde da última quarta-feira (14) a informação de que foi descredenciado da cobertura da corrida da Stock Car em Belo Horizonte, o chamado ‘BH Stock Festival’ neste fim de semana. O pedido fora feito pelo repórter Bernardo Castro e anteriormente aprovado, mas desfeito após uma “ordem” da organização da categoria, sob comando da Vicar.
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“A UFMG se solidariza com o GRANDE PRÊMIO e com o repórter Bernardo Castro, que foram retaliados pela Stock Car porque ousaram fazer bom jornalismo. O repórter e o veículo foram alvos de censura em razão de reportagem que descreve os impactos da corrida para a UFMG e seu entorno”, afirmou a universidade nas redes.
Tanto a área responsável pelo credenciamento quanto a assessoria de imprensa da Stock Car indicaram que o descredenciamento se deveu pela reportagem publicada em 8 de agosto, intitulada ‘Por que UFMG trava batalha contra corrida de rua da Stock Car em Belo Horizonte‘ e assinada por Bernardo e por Evelyn Guimarães, diretora de conteúdo do GRANDE PRÊMIO.
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A matéria é o mais completo e detalhado relato do embate judicial que a Universidade Federal de Minas Gerais e moradores travam contra a categoria, já que, como traz o subtítulo, “ruído dos carros pode provocar grave impacto em estudos que são desenvolvidos por pesquisadores nos prédios situados nos arredores do Mineirão, onde será montado circuito”.
A reportagem levou mais de um mês para ser publicada. Os jornalistas conversaram com reitora, docente e doutorando da UFMG, engenheiro ambiental e procurador da República, bem como a própria Stock Car, além de ouvirem dezenas de fontes.
O time jurídico do GRANDE PRÊMIO deu respaldo e levantou documentos oficiais, de conhecimento público, com ações do MPF (Ministério Público Federal) e decisões de juízes e desembargadores. A matéria, em nenhum momento, faz qualquer juízo de valor: apenas aponta os fatos que vêm ocorrendo às vésperas da realização da etapa — que, em seu mais recente ato, está garantida.
Segue pendente de decisão o pedido feito pela própria UFMG para a suspensão do ‘BH Stock Festival’ em outra Ação Civil Pública, nº 6032015-20.2024.4.06.3800. Nesta ação, a universidade, representada pela Advocacia-Geral da União (AGU), reiterou o pedido de tutela de urgência para impedir a realização do evento, citando impactos negativos já observados no Hospital Veterinário e em outras instalações sensíveis da universidade. A UFMG argumenta que a realização do evento nas proximidades de suas instalações viola as normas de poluição sonora e coloca em risco as atividades acadêmicas e o bem-estar dos animais abrigados nas suas unidades.
Às vésperas do início das atividades de pista da etapa, marcada para este fim de semana nos arredores do estádio do Mineirão, tudo ainda depende de novas deliberações nas ações civis públicas, tanto na primeira instância, quanto no Tribunal Regional Federal da 6ª Região, que avaliará os recursos apresentados.
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