VÍDEO: Cacá se diz “injustiçado e perseguido” e revela ameaça de comissário da CBA no Velo Città

Em entrevista ao GRANDE PRÊMIO, Cacá Bueno se mostrou consternado por ter sido retirado da corrida 2 da etapa do Velo Città por uma suposta falha na luz de freio, que estava funcionando. O piloto lembrou o histórico de decisões controversas dos comissários da CBA e revelou que sua equipe foi ameaçada quando quis levar o carro #0 de volta à pista

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Minutos depois do desfecho da rodada dupla do Velo Città, Cacá Bueno falou com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO sobre a grande polêmica do último domingo (23) na Stock Car. O piloto da Cimed foi retirado da corrida 2 por conta de uma falha na luz de freio do seu carro, irregularidade alegada pelos comissários da Confederação Brasileira de Automobilismo. Contudo, o pentacampeão se defende e diz que o dispositivo estava funcionando, como corroboram as imagens da transmissão do SporTV.
 
Cacá se mostrou indignado e consternado por ter sido retirado da corrida. “Você fica muito bravo, frustrado, de uma maneira que não deu para entender”, disparou o carioca, que contou como foram os momentos que resultaram na sua exclusão da disputa.
 
A Cimed detectou que não havia falha no sistema de luz de freio e o liberou para a pista, mas o comissário de prova o chamou de volta para os boxes. Neste momento do vídeo, Cacá revela que sua equipe foi ameaçada pelo comissário. “E o comissário falou: ‘Não interessa, não vou olhar se está acendendo ou não, não liberei, não vi acender e tem de voltar para o box’. E depois ele fala para o engenheiro: ‘Melhor vocês não falarem nada, ficar quieto senão as consequências podem ser piores’”, disse.
 
Bueno lembrou o histórico de polêmicas com a CBA, como a eclosão do escândalo de mensagens de comissários em um grupo de WhatsApp, revelada no começo de 2016, na qual alguns dos membros revelaram agira de forma intencional para prejudicar Cacá.
 
“Tenho uma relação muito ruim com a Confederação, sempre tive, porque nunca fiquei quieto e nunca aceitei essas pancadas. Falar com meu engenheiro, com meus mecânicos, é falar comigo, eles são meu time. É inadmissível que ele vire e fale para a gente não falar nada porque as consequências podem ser piores. Eu me senti ameaçado, a CBA me ameaçou hoje. E não é a primeira vez que isso acontece. Foi um absurdo. Me senti ameaçado, injustiçado. Foi um negócio horroroso o que aconteceu hoje”, disparou.
 
“Eu não posso não me sentir perseguido. Hoje me senti ameaçado pela Confederação. O fato de hoje foi terrível para mim. O outro presidente não fez nada. Tomara que este presidente atual [Waldner Bernardo, o ‘Dadai’], que converso, tenho a liberdade de conversar com ele, tomara que ele tome a atitude que ele tem de tomar como mandatário da Confederação. Que ele mostre rigor, força, comando e que ele mostre atitude”, complementou.
Cacá Bueno se mostrou consternado por ter sido retirado da corrida 2 no Velo Città (Foto: Duda Bairros/Vicar/Vipcomm)

O outro lado – CBA se defende: “Os procedimentos foram corretos”
 
Por meio de nota emitida na noite do último domingo, a assessoria de imprensa da CBA listou cinco tópicos para defender o procedimento realizado no Velo Città e se posicionou a respeito do problema da luz de freio, reiterando que o problema não tinha sido solucionado. O GRANDE PRÊMIO reproduz a nota na íntegra.
 
NOTA DE ESCLARECIMENTO:
 
A Confederação Brasileira de Automobilismo vem a público ratificar que todos os procedimentos realizados na verificação do sistema de luz de freio do carro número 0 foram corretos. Ainda sobre o episódio ocorrido na tarde deste domingo, 23, no autódromo Velo Città, durante etapa da Stock Car, a entidade tem o seguinte a esclarecer:
 
1) Ao término da primeira corrida, os comissários técnicos verificaram o funcionamento das luzes de freio do carro do piloto Cacá Bueno. Foi constatado que havia problemas no dispositivo, que não estava funcionando, e solicitaram que o veículo fosse aos boxes para reparo.
 
2) Antes da checagem definitiva para liberação do retorno à corrida, Cacá Bueno saiu em direção à pista. Ou seja, SEM a autorização dos profissionais que acompanhavam a manutenção. O próprio fato de a capa de proteção da asa traseira nem ter sido retirada, demonstra que não houve o comando para a movimentação do carro.
 
3) O competidor foi novamente chamado para que se completasse o procedimento padrão após reparos de equipamentos de segurança. Assim que retornou aos boxes e o piloto abandonou a prova, o veículo foi lacrado para vistoria posterior à corrida.
 
4) Com relação a uma imagem mostrada pelo SporTV em que a luz acende com o carro nos pits, inclusive com a presença de um comissário nas proximidades, cabe esclarecer que isso não demonstra que o reparo estava concluído. Além de não ter sido realizado o procedimento padrão de checagem, naquele momento o aparelho funcionou por conta de uma ligação direta e não pelo acionamento do pedal do freio. As mesmas imagens mostram que a luz acende com a presença de um mecânico dentro do carro, ficando claro que o piloto estava fora.
 
5) Examinado pelos técnicos da CBA, com a presença de membros da equipe CRT, incluindo o chefe, Willian Lube, comprovou-se que, de fato, o dispositivo ainda não estava com funcionamento correto, o que ratifica que o piloto não deveria ter voltado para a pista. Além de não ter ocorrido a autorização necessária, o equipamento não fora consertado por completo. Essa vistoria foi gravado em vídeo e está à disposição de equipes e imprensa.
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