WSBK decreta fim do Mundial de Supersport 300 e anuncia classe “mais potente” em 2026

A FIM (Federação Internacional de Motociclismo) anunciou nesta quarta-feira (19) a criação de uma nova classe de entrada para substituir o Mundial de Supersport 300. Categoria vai entrar em cena a partir de 2026

O Mundial de Supersport 300 será substituído a partir de 2026 como classe de entrada do Mundial de Superbike. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (19) pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo), confirmando uma decisão da Comissão de SKB.

Os detalhes da nova categoria seguem em discussão, mas a entidade reguladora do motociclismo mundial falou em motos “mais ágeis, com motores de capacidade média mais potente”.

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“O Mundial de Supersport 300 cumpriu a missão de fornecer uma plataforma sustentável e acessível para talentos emergentes para entrarem no Mundial. Construindo em cima deste sucesso, a introdução de uma nova classe mira aumentar ainda mais a relevância desportiva e comercial da categoria de entrada”, disse a FIM. “Um dos objetivos-chave dessa nova iniciativa é suavizar a progressão dos pilotos que avançam para classes maiores, particularmente para o Mundial de Supersport. Ao reduzir a diferença de desempenho entre as classes de entrada e intermediária, a meta é criar uma transição mais fluída para os pilotos, promovendo o desenvolvimento e o preparo deles para as demandas competitivas das classes maiores”, seguiu.

“Além disso, esta mudança é desenhada para atrair maior interesse de fabricantes, permitindo que eles apresentem motos que reflitam um segmento crescente de mercado. A nova classe contará com motos mais ágeis, com motores de capacidade média mais potente, cujos detalhes serão especificados pela Comissão de SBK nas próximas semanas e meses”, indicou. “Lançado em 2017, o Mundial de Supersport 300 forneceu uma plataforma global para jovens talentos, permitindo que eles mostrassem habilidade e aprendessem os meandros de uma série mundial, tornando-se rapidamente um ponto de entrada popular para aspirantes a pilotos profissionais”, frisou.

Mundial de Supersport 300 vai disputar última temporada em 2025 (Foto: Divulgação/WSBK)

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A entidade avaliou que o intervalo de tempo até a introdução da categoria que vai substituir o campeonato criado em 2017 dará tempo suficiente para a preparação das equipes e fábricas.

“A última temporada do Mundial de Supersport 300 vai acontecer em 2025, dando às equipes e fábricas um tempo amplo para preparar a transição para a nova categoria em 2026. Este período vai permitir uma mudança suave e bem coordenada, permitindo que todos os envolvidos se adaptem aos novos regulamentos técnico e esportivo”, encerrou.

O Mundial de Supersport 300 estava sob escrutínio público desde 2021, por causa da morte de dois pilotos. Dean Berta Viñales morreu em setembro daquele ano, aos 15 anos, após um acidente na etapa de Jerez. Em outubro do ano seguinte, Victor Steeman morreu em Portugal, aos 22. A morte do holandês ficou ainda mais trágica já que a mãe dele, Flora van Limbeek, morreu dois dias depois, vítima de uma parada cardíaca.

Primo de Dean Berta, Maverick Viñales atacou publicamente a categoria após a morte de Steeman e culpou a falta de potência das motos pelos acidentes.

“Na Supersport 300, o problema é que a moto pesa 180 kg, não tem velocidade e andam todas juntas. Claro que se alguém bater à frente, é impossível desviar. Não é sobre a idade, não é sobre os pilotos, é sobre as motos. Elas não têm potência, pesam como uma moto de MotoGP, os freios são uma merda, oscilam. O problema é a categoria, não os pilotos”, avisou Viñales. “Neste momento, também com a Moto3, você pode ver alguns pilotos separados, mas ainda assim todos andam juntos. Antigamente não era assim. Não era assim, e o talento era mais importante do que se a moto fosse um pouco mais rápida ou mais lenta”, acrescentou.

Na esteira das fatalidades também em outras classes menores, os Mundiais não só de Superbike, mas também de Motovelocidade alteraram a idade mínima para 18 anos.

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