2012 vê retorno dominante da BMW ao DTM e primeiras vitórias de Piquet na Nascar
O GRANDE PRÊMIO começa a retrospectiva da temporada de 2012 abordando as principais categorias do turismo internacional
A partir deste domingo (16), o Grande Prêmio vai relembrar o que de mais notável aconteceu no automobilismo no ano de 2012. E o primeiro capítulo da retrospectiva do GP aborda as principais categorias do turismo e do endurance internacionais, com destaque para os títulos conquistados pela BMW no DTM e para as primeiras vitórias de Nelsinho Piquet nas divisões nacionais da Nascar, alem da primeira temporada do reeditado Mundial de Endurance e o duelo entre os protótipos da Audi e da Toyota.
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Domínio bávaro no DTM
A BMW voltou a disputar o DTM após 20 anos em 2012, e logo de cara mostrou que chegava para brigar pelas primeiras posições: na segunda prova da temporada, em Lausitz, Bruno Spengler largou na pole-position e partiu para a vitória. A prova também viu o primeiro pódio do brasileiro Augusto Farfus na categoria.
Mas quem passou a maior parte do campeonato na primeira posição foi Gary Paffett, da Mercedes. Só que a Mercedes foi perdendo rendimento ao longo do ano e abrindo caminho para a virada da BMW e de Spengler. A montadora de Munique venceu quatro das últimas cinco provas, incluindo as últimas três, para terminar o ano com os títulos de pilotos (Spengler), equipes (Schnitzer) e marcas. O melhor estreante também foi da BMW: Farfus, que encerrou a temporada com uma vitória em Valência e duas pole-positions.
As primeiras vitórias de Piquet na Nascar
Nelsinho Piquet disputou integralmente a temporada de 2012 da Nascar Truck Series, a terceira divisão do certame norte-americano, e se destacou ao longo do campeonato. Mas o primeiro momento de glória do brasileiro veio foi na Nationwide, a segunda divisão, em 23 de junho no circuito de Road America. Fazendo uma aparição excepcional na categoria, Nelsinho largou na pole e venceu pela primeira vez nas divisões nacionais da Nascar.
De volta à Truck, o segundo semestre viu outras duas vitórias do brasileiro, as duas em circuitos ovais. Em Michigan, Piquet sobressaiu a partir de uma estratégia de economia de combustível, e em Las Vegas, faturou em uma disputa apertada até a última volta, com direito a uma bela ultrapassagem sobre Matt Crafton. Piquet ainda cravou quatro poles e largou na primeira fila em outras quatro oportunidades.
Keselowski e Penske conquistam títulos inéditos
A Penske sempre foi conhecida por seu sucesso nas competições de monopostos nos Estados Unidos, mas ninguém esperava que, antes de vencer pela primeira vez o campeonato unificado da Indy, ela fosse vencer a Nascar. Menos ainda quando, no começo deste ano, a equipe contratou Brad Keselowski para o lugar de Kurt Busch. Mas o conjunto deu a volta por cima ao longo da temporada e, quando chegou ao playoff, foi decisivo.
O #2 foi bastante constante e chegou à final, em Homestead, à frente de Jimmie Johnson. Sua tarefa ficou mais fácil quando o pentacampeão enfrentou problemas e abandonou a disputa. Aí era só conduzir seu carro até o fim para levantar a taça.
Na Nationwide o campeão foi Ricky Stenhouse Jr., e James Buescher foi quem faturou o título da Truck Series.
O renascimento do Mundial de Endurance
O Mundial de Endurance, reeditado pela FIA em 2012, ajudou a dar uma levantada na cultura das corridas de longa duração ao redor do mundo. E a melhor coisa desta temporada inaugural foi o surgimento de uma nova força para brigar por vitórias na modalidade: a Toyota.
O campeonato começou com as tradicionais 12 Horas de Sebring, vencidas pela Audi com Rinaldo ‘Dindo’ Capello, Tom Kristensen e Allan McNish. Na corrida seguinte, em Spa-Francorchamps, a montadora germânica colocou na pista seus novos carros, os protótipos híbridos e-tron quattro. Mas foi só em Le Mans, onde a montadora ganhou a companhia dos igualmente híbridos TS-030 da Toyota que os novos bólidos triunfaram, com André Lotterer, Marcel Fässler e Benoît Tréluyer – segundo triunfo consecutivo do trio em Sarthe.
Mas, apesar de ser uma novata no endurance, a Toyota não ficou atrás da Audi. Muito pelo contrário: a disputa entre as duas marcas foi bastante equilibrada no segundo semestre. A Audi venceu em Silverstone, mas acabou derrotada na primeira edição das 6 Horas de São Paulo, com o triunfo de Alexander Wurz. Até retomou o caminho das vitórias no Bahrein, porém, acabou o ano amargando segundos lugares no Japão e na China. Apesar das três vitórias, contudo, os pilotos da montadora japonesa, que ficaram de fora das duas primeiras etapas, viram uma disputa interna pelo título entre os representantes da Audi. E foram os vencedores de Le Mans os primeiros campeões da história do WEC.
A propósito, a prova paulistana, promovida pelo bicampeão mundial de F1 Emerson Fittipaldi, agradou. O primeiro evento brasileiro do WEC reuniu, segundo a organização, cerca de 30 mil pessoas ao longo do fim de semana no Autódromo de Interlagos e será reeditada em 2013 com uma alteração significativa na data: a organização decidiu trocar o sábado pelo domingo, após uma pesquisa realizada com o público e com os patrocinadores. A edição do ano que vem está marcada para o dia 1º de setembro.
Gravata borboleta é o que há
Não deu nem graça a disputa pelo título do WTCC em 2012. Durante todo o ano as manchetes quase não mudaram: Chevrolet na frente. Os três representantes da montadora, que deixará a categoria no próximo ano, foram os únicos que, em condições normais, perseguiram pole-positions e vitórias. Eles venceram até mesmo boa parte das provas de grid invertido.
A disputa interna entre Robert Huff, Alain Menu e Yvan Muller durou até a rodada dupla derradeira do calendário, em Xangai. E foi na reta final que o britânico Huff escapou um pouco na tabela de pontuação, em meio a alguns toques e punições envolvendo seus dois companheiros de equipe. No fim, Menu ficou com o vice, e o tricampeão Muller, em terceiro. O campeão dentre os pilotos que competiram pelas equipes independentes foi o húngaro Norbert Michelisz.
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