Farfus celebra 2º lugar em meio ao caos e admite GP de Macau “mais difícil da carreira”
Vencedor do GP de Macau em 2018, Augusto Farfus conquistou o segundo lugar em 2024 em meio ao caos climático e uma equipe completamente nova. Segundo o brasileiro, o fim de semana foi um dos mais difíceis da carreira, mas mostrou que há como competir com os times grandes
Segundo colocado no GP de Macau 2024, Augusto Farfus precisou encarar um evento completamente caótico na tradicional prova que concede o título da Copa do Mundo de GT, no último fim de semana. Com um tufão passando próximo à região, o clima se tornou completamente instável e rendeu corridas repletas de chuva, o que naturalmente gerou diversas confusões na pista.
Com muitas batidas, interrupções e mudanças climáticas, o brasileiro — que já venceu o GP de Macau em 2018, também a bordo de uma BMW — destacou o fim de semana como “um dos mais difíceis da carreira”.
“De longe, foi o fim de semana mais difícil que já tive em Macau. E um dos mais difíceis da minha carreira”, disse Farfus ao portal inglês Motorsport. “A pista estava mudando a cada atividade: muita chuva, depois pouca chuva e pista seca. Foi um fim de semana desafiador para todos, já que a previsão do tempo foi muito imprecisa devido ao tufão”, explicou.
Além das dificuldades geradas pelo clima, Farfus precisou lidar com um time que nunca conhecera pessoalmente, a KRC — que estreou justamente esse ano, tornando-se a primeira equipe de Macau a disputar a corrida na história.

Segundo ele, o desempenho do pequeno time de Macau mostra que é possível desafiar as grandes equipes, principalmente com a imprevisibilidade gerada pelo clima. Farfus aproveitou, inclusive, para destacar o apoio que a BMW deu à KRC na preparação para a prova.
“É a primeira vez que uma equipe de Macau correu na Copa do Mundo, e eu nem conhecia a equipe antes. Literalmente conheci 90% da equipe em pessoa na quinta-feira. Poderia ser um daqueles finais de semana em que você anda em último. Mas a BMW fez um trabalho fantástico com a ajuda e o apoio que nos deram”, elogiou.
“Acho que isso mostrou que com trabalho duro e um bom apoio, todas as equipes podem vencer. Com o time certo e a fabricante certa por trás, você pode chegar aqui e desafiar as grandes equipes”, analisou.
Durante a prova, Farfus andou em quarto praticamente todo o tempo, mas viu Raffaele Marciello — que liderava — ser acertado por Antonio Fuoco na curva Lisboa, já no fim da prova. Os dois ponteiros saíram da disputa pela vitória, e a liderança caiu no colo de Maro Engel. O alemão da Mercedes chegou a ser punido em 5s por uma colisão que tirou Dries Vanthoor da corrida, mas cruzou a linha de chegada com cerca de 11s de frente para o brasileiro, garantindo a vitória.
“Em uma corrida seca, provavelmente as coisas seriam menos animadas. Quando vi o clima de manhã, me perguntaram o que eu achava, e eu disse: ‘Podemos vencer ou perder’. A corrida foi uma aposta completa. Estou muito feliz por voltar para casa com o segundo lugar”, finalizou Farfus.
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