Única brasileira na W Series, Tomaselli encara estreia com pés no chão: “Grid competitivo”

A pilota vai encarar um grande desafio em 2020. Garantindo uma das vagas na categoria exclusivamente feminina, já sabe que vai brigar contra adversárias bastante fortes

Bruna Tomaselli vai encarar um grande desafio em 2020. A catarinense garantiu uma das vagas para o grid da W Series e apesar de animada com a estreia, reconheceu que vai brigar contra pilotas de grande talento.

A competidora já havia tentado entrar no grid da temporada inaugural, em 2019. Entretanto, avançando na seletiva, não conseguiu assegurar uma das 20 vagas. Com isso, seguiu nos Estados Unidos e por mais um ano na USF 2000, categoria do Road to Indy.

 
Entretanto, para este ano, as coisas foram diferentes. “É meu primeiro ano na categoria, com carro novo e pistas novas. O meu primeiro objetivo é terminar o campeonato entre as 12 primeiras,  garantir a classificação para o ano seguinte”, disse com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO.
 
“Mas também, claro, quero ser competitiva e lutar por vitórias, pódios e o título. Sei da qualidade das outras pilotas que vão competir este ano e acho que terão ótimas disputas”, seguiu.
Tomaselli com Bond Muir, chefe da W Series (Foto: Reprodução)
Nesta temporada, a brasileira vai encarar fortes nomes da categoria como Jamie Chadwick, primeira campeão, Alice Powell, que também compete no Jaguar iPace eTrophy, e Beitske Veisser, vice-campeã de 2019.
 
“Conheço todas as meninas que competem lá e acho que o grid está muito competitivo. Boa parte das meninas já tem experiência com o carro e as pilotas que entraram neste ano têm boa experiência em fórmula. Isso faz o nível da categoria crescer”, opinou.
 
“Acompanhei todas as corridas ano passado e já era bem competitivo. Neste ano, eu conheço as pilotas que entraram, já andamos juntas em Almeria e sei como os tempos lá foram próximos. Em 2020, competindo com as outras pilotas juntas, será muito bom”, completou.
 
Tomaselli completou dando sua visão sobre o cenário do esporte a motor para as mulheres. “SCada vez mais se vê mulheres no automobilismo e tenho certeza que terá cada vez mais. Acho muito positivo para o esporte, pois além de estimular mais mulheres a correr, também amplia a audiência dos fãs do esporte, pelo público feminino se sentir mais representado”, apontou.
 
“Não, nunca sofri [preconceito por ser mulher]. O que acontecia quando eu competia no kart era perceber que algum piloto dificultava uma ultrapassagem ou me tirava da pista, pois sabia que era eu. O que acabavam não fazendo se era outro menino”, seguiu.
 
“Mas agora, competindo em Fórmula, isso é mais difícil de acontecer. Eu sempre falo que somos todos pilotos e, quando estamos dentro da pista com o capacete, todos estamos lá para ganhar. Eu estou lá pra fazer isso também”, concluiu. 
 
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