Chefe da Mercedes reconhece inferioridade na luta contra Ferrari e culpa inconsistência: “Essa é a nossa realidade”

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A Mercedes reconheceu que já não é mais a equipe dominante na F1. Depois de um ciclo vitorioso desde o início da nova ‘Era Turbo’, em 2014, quando conquistou três títulos do Mundial de Construtores e outros três do Mundial de Pilotos — dois com Lewis Hamilton e um com Nico Rosberg —, a mudança no regulamento técnico e também a enorme evolução alcançada pela Ferrari resultaram na grande mudança na ordem de forças do grid. Hoje, a Mercedes é quem tem de correr atrás e lutar para superar a rival, cenário inimaginável nos últimos anos prateados da F1.

 

Em seis corridas na atual temporada, a Ferrari venceu três delas, todas com Sebastian Vettel. E o time de Maranello melhorou naquele que vinha sendo seu ponto fraco de tempos atrás: o ritmo de classificação, cravando por duas vezes a primeira fila nas últimas três corridas: Vettel e Kimi Räikkönen na Rússia e a ordem inversa no último GP de Mônaco.

A Mercedes também venceu três corridas, mas duas com Hamilton e uma com Valtteri Bottas. No entanto, o W08 EQ Power+ vem apresentado bastante inconsistência, sobretudo no trato com os pneus. Particularmente, Hamilton enfrentou muitas dificuldades com os ultramacios, e isso refletiu diretamente nos resultados em Sóchi e Monte Carlo. Daí se explica um pouco a ampla vantagem de 25 pontos de Vettel para o britânico no Mundial de Pilotos até agora.

 

Seb, ao contrário, ou venceu ou terminou em segundo lugar até agora. Quando não teve condições de lutar pela vitória contra a Mercedes, fez o dever de casa e somou o máximo de pontos que pode. Quando teve um carro vencedor nas mãos, foi insuperável.

 

Toto Wolff, chefe da Mercedes, reconheceu que a nova realidade da Mercedes é a de correr por fora enquanto a Ferrari surge como a equipe a ser batida em 2017. “Gosto deste conceito de equipe inferior. Acho que temos sido desde que a temporada começou”, admitiu o dirigente austríaco, durante entrevista coletiva em Mônaco no último domingo.

 

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“Nunca tivemos os dois carros à frente durante um fim de semana. Bottas fez um bom trabalho em Sóchi, Hamilton respondeu em Barcelona, mas a inconsistência nos tem perseguido em toda a temporada. E a Ferrari é rápida em todas as condições. Essa é a nossa realidade”, disse, resignado.

 

Na tabela do Mundial de Construtores, a Ferrari já abriu 17 pontos de vantagem para a Mercedes com os 43 tentos somados em Monte Carlo, na primeira dobradinha do time de Maranello desde o polêmico GP da Alemanha de 2010. Agora são 196 pontos para os italianos, contra 179 da equipe rival.

 

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