Chefe da Sauber crê em evolução do motor Ferrari em 2016, mas é realista: “Diferença para Mercedes é grande”

A temporada 2015 do Mundial de F1 marcou uma espécie de renascimento para a Sauber. O time de Hinwil se recuperou do pior ano de sua história quando, em 2014, passou em branco e não somou pontos no campeonato. Com a nova dupla formada por Felipe Nasr e Marcus Ericsson, a escuderia suíça somou 36 pontos e terminou em oitavo lugar no Mundial de Construtores. Boa parte desta evolução se deve ao motor Ferrari, que melhorou muito em relação ao ano anterior. Monisha Kaltenborn, chefe da Sauber, demonstrou confiança de que o mesmo pode acontecer em 2016, mas a dirigente não espera milagres e entende que a Mercedes vai continuar a ter o melhor motor da F1.

 

Em entrevista publicada pelo site norte-americano ‘Motorsport.com’, Monisha se mostrou confiante no trabalho que vem sendo desempenhado pela Ferrari para 2016.

 

“Estou confiante, eles já mostraram em 2015 o passo que eles deram”, comentou a advogada indo-austríaca que, no entanto, fez uma ressalva. “Você não espera milagre, a diferença em relação à Mercedes é muito grande, então você tem de avançar passo a passo, e você tem também de buscar a confiabilidade”, alertou.

“Mas acho que eles têm feito um trabalho muito bom e tenho todos os motivos para não ter dúvidas, ou melhor, para acreditar que eles estão avançando rumo ao próximo passo”, acrescentou a primeira mulher a chefiar uma equipe na F1.

 

Monisha entende que, embora a diferença de desempenho da unidade de potência da Mercedes em relação ao resto do grid ainda seja grande, esta é menor do que há dois anos, quando os novos motores turbo foram introduzidos na F1.

 

“Acho que as equipes que contaram com os motores Mercedes no primeiro ano, quando este motor chegou, era possível ter um benefício muito maior do que agora. Isso porque, simplesmente, as outras equipes ficaram muito para trás, mas agora já estão mais próximas. Então, sim, pode haver um benefício, mas definitivamente menor do que naquela época porque as diferenças não são mais tão grandes”, explicou.

 

“Se a Ferrari der um tipo de passo que represente alguns segundos a mais em relação ao restante, então você poderia comparar com aquela época, mas é um tipo de vantagem que nós não vamos ter”, concluiu, realista, Kaltenborn.

 

Além da Sauber, a Ferrari vai fornecer seus motores para a novata equipe norte-americana Haas e, obviamente, para o próprio time de fábrica de Maranello. A Toro Rosso também vai receber os motores italianos em 2016, mas a equipe satélite da Red Bull vai contar com a especificação de 2015, diferente dos outros times que vão ter a versão mais nova do propulsor.

 

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