Derrocada de Ronda Rousey é análoga ao perigo de pilotos veteranos ficarem para trás em F1 ‘papa-anjo’

Na noite do último dia 30 de dezembro, Ronda Rousey voltou às luzes do UFC para a primeira luta em 13 meses - e voltou a perder de forma impiedosa. Rousey, a maior da sua geração, não soube acompanhar a evolução do esporte que praticamente criou. Numa realidade diferente da F1, os pilotos mais veteranos se veem com cada vez menos espaço frente a um grid que se torna cada vez mais adolescente

 

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A derrota acachapante de Ronda Rousey na noite do último dia 30, nocauteada num ringue do UFC em sua primeira luta em mais de um ano e após apenas 48 segundos para a brasileira Amanda Nunes, diz muitas coisas. Sobre Ronda e o esporte dela em geral. Mas jamais é uma afirmação de que Rousey é uma farsa. Rousey nunca foi uma farsa, mas se vê numa encruzilhada da qual talvez jamais saia. Depois de tornar o MMA feminino relevante com as próprias mãos, Ronda se vê uma forasteira no mundo que criou.

 

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Isso porque, como qualquer esporte bebê em pleno desenvolvimento rumo à vida adulta, tudo muda. E Ronda se viu de frente para atletas mais completas, fisicamente e tecnicamente, com diferentes tipos de preparação e uma meta acima da todas as outras: bater Ronda Rousey, a menina dos olhos do UFC e aspirante a estrela hollywoodiana. E não soube lidar com isso. As coisas que fez e como as fez são inegáveis. Ronda criou o MMA feminino e é a maior lutadora da sua geração, não importa quantas derrotas seguidas.

 
E o esporte muda rápido. Ainda com Rousey: a penúltima vitória dela foi contra Cat Zingano numa luta que durou apenas 14 segundos. A luta de Zingano que precedeu o massacre para Ronda foi uma vitória com sobras para a mesma Nunes que passou por cima de Rousey dois dias atrás. Então, é muito claro constatar, Rousey venceu as melhores e da forma como elas eram alinhadas em sua frente. Não foi construída pelo UFC, embora a organização precisasse dela – mas só entendeu este fato após o surgimento da medalhista olímpica no judô. 
Ronda Rousey (Foto: John Locher/AP)
Mas por que toda uma avaliação de MMA? Porque, embora numa situação completamente diferente de Ronda, a F1 se vê numa realidade nova e que ainda parece estranha, mas cada vez mais vai deixar de ser. Pilotos de 17, 18, 19 anos, cada vez mais novos, tomam conta do grid que agora conta nos dedos os veteranos. Só resiste na roda viva da F1 quem mostra que pode ser mais que um rostinho bonito e que pode capitanear um projeto. Com um grid de apenas 22 pilotos, a F1 não é mais um cabide de emprego para pilotos como em outros tempos.
O grid de 2017 ainda não está fechado, mas é muito difícil que Manor ou Sauber empreguem alguém acima dos 30 anos – e aqui já contamos com Valtteri Bottas na Mercedes e Felipe Massa na Williams. Dessa forma, o grid entra na temporada com Kimi Räikkönen (37), Massa (35) e Fernando Alonso (35) como os notórios veteranos. Lewis Hamilton vai completar 32, enquanto Romain Grosjean chegou aos 30 e Sebastian Vettel chega à 30ª comemoração em julho e Nico Hülkenberg em agosto. Sete pilotos, apenas isso, na casa dos 30 anos – algo que até pouco tempo atrás era a regra. Por exemplo: em 1993, dos 26 pilotos que guiaram na primeira etapa da temporada, 16 já tinham ou iriam completar 30 anos em algum momento daquele ano.
Kimi Räikkönen (Foto: Ferrari)
Os caminhos para a F1 foram encurtados desde então, trazidos do kart para a F3 Europeia, por exemplo, ou a World Series ou GP3, descartando as várias categorias nacionais que qualificavam para as categorias-satélites gerais e só depois a F1. Seis pilotos do atual grid estrearam ou vão estrear na F1 com menos de 20 anos de idade, algo impensável em outros tempos. E isso pode ser simplificado ao dizer que os seis  – contando com a estreia de Lance Stroll – estão entre os 11 mais jovens a guiar na F1 em toda a história. E Sergio Pérez (26), Daniel Ricciardo (27) e Bottas (27) são veteranos mesmo ainda tão jovens, evidenciando como eram jovens quando entraram na roda.
 
E como o esporte evolui, evoluem também as formas de preparação. A F1 e o automobilismo não são um esporte bebê, é claro, e as mudanças de regulamento do Mundial complicam mais a vida para os jovens. Além do mais, entender um carro de corrida vai além de compreender apenas o próprio corpo – e pilotos precisam fazer os dois. Há claras diferenças entre a realidade de pilotos e lutadores, assim como jogadores, corredores e nadadores. Mas também há o que pode ser comparado.

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As fórmulas de aprendizagem e os conceitos de pilotagem também podem ser ensinados de outra forma. Como Vettel e Hamilton aos 23 anos ou Alonso aos 26, cada vez campeões mais jovens podem empurrar para trás os dinossauros que se sustentam na F1 por mais de uma década. Com o carro certo, Max Verstappen certamente brigaria por um título, assim como Carlos Sainz Jr possivelmente o faria. E entre os veteranos? Massa volta com um carro que pode ser bom, mas não mostra mais a capacidade de lutar pelas primeiras posições como já foi anos atrás. Mesmo Jenson Button, aposentado no último ano, ou Räikkönen, apesar de estar numa forte Ferrari não dispõe mais da gana de outros tempos. Kimi é um grande exemplo de alguém que já ganhou muitas manchetes, mas simplesmente não é tão relevante assim nem com uma vaga na Ferrari. 

 
Dá para argumentar que Alonso, aos 35, poderia brigar pelo título se tivesse o carro certo. Mas não é esse também o trabalho de um piloto, ajudar a formar o carro certo? Fernando vai de lugar a lugar tentando encontrar, mas não chega lá. Nesse momento da carreira, é muito complicado imaginar que seja possível. 
Max Verstappen (Foto: Red Bull Content Pool)
Os jovens tomam a F1 de assalto. Claro que Hamilton e Vettel, levemente acima dos 30, não estão batidos. Neste momento, todos conseguem acelerar um carro de corrida. Mas numa F1 cada vez mais 'papa-anjo' à procura dos novinhos, a tendência é que os veteranos se vejam em problemas no que um dia foi 'sua casa'. Algo que Michael Schumacher, por exemplo, sentiu quando decidiu voltar ao jogo pela Mercedes em 2010. As coisas mudam e o tempo passa. As vitórias dos veteranos jamais se apagam e sua importância não se faz menor pelo apagar das luzes da carreira. 
 
Então, que se aprenda com Ronda Rousey a entender que os tempos mudaram, os atletas que chegam são quase outra espécie, ensinados de outra forma e com outro tipo de mentalidade. Se moldar ao novo presente é necessário. Assim como conhecer a hora de dizer adeus. 

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